Mais um dia amanheceu na famosa academia Alice, onde os estudantes tinham que se levantar cedo para irem às aulas. Como o professor naquela manhã iria faltar, [Nome] resolveu ir para o estábulo para ver como se encontrava os animais.

No meio do caminho, encontrou seu companheiro de classe, que todos os dias visitava os animais para ver se estava tudo bem com eles.

— Bom dia, [Nome]. — falou Ruka ao aproximar da garota, com um sorriso no rosto.

— Bom dia, Ruka. Está tudo bem? — perguntou [Nome], que retribuiu o sorriso que ele deu. Ruka acenou com a cabeça que estava tudo bem e ficou ao lado dela para acompanhar o ritmo da caminhada.

Os jovens têm sentimentos um pelo outro. Só que não tinham coragem de contar, porque tinham medo de perder a amizade que construíram quando se conheceram.

Durante o caminho, falaram das atividades que cada clube específico têm. O festival estava perto de chegar e havia muitas atrações, como todos os tipos de poderes que existem ali na academia.

Quando chegaram ao estábulo, repararam a agitação. Seus colegas estavam correndo de um lado para outro com baldes de água para extinguir o fogo. Muitos dos animais tinham fugido para a floresta porque entraram em pânico com os barulhos que haviam ali no momento.

[Nome] e Ruka se voluntariam para irem buscar os animais, que podiam estar feridos. Entraram na floresta de mãos dadas, ainda vendo os vestígios de fumo presentes no ar.

Começaram a chamar pelos animais. Muitos deles são pequenos e não sabiam onde podiam estar escondidos. Ruka decidiu usar o seu poder de feromona de animal, que ajudava a acalmá-los e trazer para o local exato onde ele estava.

Os animais apareceram correndo e foram na direção do garoto em pânico. O jovem começou a conversar com eles para entender o que se passava. Os coelhos saíram do colo dele e foram mostrar onde estava o amigo deles.

— Parece que Piyo ficou ferido — revelou Ruka, que levantou do chão quando terminou de falar com os coelhos.

— O que estamos esperando? Vamos socorrê-lo — comentou [Nome], que dirigiu para atrás dos coelhos que estavam esperando por eles para levar até ao pintainho.

Piyo não se encontrava muito longe de onde estavam. Ruka foi logo ter com o pintainho e viu se estava tudo bem com ele. Reparou que uma das patas estava ferida e uma das asas deve ter batido em algum ramo de árvore, porque é um pintainho mutante muito grande.

— Temos que levar Piyo para ser tratado. — contou Ruka, abraçando o filhote que estava chorando com dores.

— Sei de uma maneira mais rápida para levá-lo até o estábulo. — comentou [Nome], aproximando-se mais de Ruka e do Piyo.

— Obrigada, [Nome]. — agradeceu Ruka, com todo o seu carinho a [Nome] por ajudar a salvar os animais que ficaram com medo do incêndio.

[Nome] então começou a concentrar-se para usar o seu poder de teletransporte, para levar todos em segurança ao estábulo. Mas, notou que ainda estava na floresta e percebeu que algo de errado estava acontecendo com o seu poder. Tentou mais vez usá-lo, com outro local em mente, mas nada aconteceu.

— O que se passa, [Nome]? — perguntou Ruka preocupado, quando reparou que [Nome] estava com um aspecto diferente de antes.

— Eu não consigo usar o meu poder. — respondeu [Nome] em pânico e já com algumas lágrimas nos seus olhos.

[Nome] percebeu que seu poder podia ter realmente desaparecido e nunca mais voltaria. Não queria ir embora na academia Alice, porque não tinha nenhum familiar que quisesse ficar com ela. Os pais de [Nome] tinham morrido quando ela tinha por volta de três anos de idade. Depois daquela época, despertou o seu poder e foi assim que chegou à academia.

— [Nome] vai ficar tudo bem. Estarei sempre ao teu lado — confessou Ruka ao abraçar a jovem, que precisava naquele momento de conforto.

(…)

Ruka acompanhou [Nome] até o médico para saber a causa do poder não querer funcionar naquele momento. Mas, não tinham a certeza se tinha desaparecido completamente, por isso iriam ficar de olho em [Nome] por um mês.

Depois de um mês, se o poder de [Nome] não voltasse, iriam tomar uma decisão para ver se ela continuava ou não na academia.

Como não queria ficar triste por um mês inteiro, [Nome] decidiu que iria aproveitar os dias que restavam para fazer diversas memórias preciosas com os seus amigos e principalmente com Ruka.

Os colegas de turma de [Nome] e Ruka perceberam a aproximação dos jovens. Então, decidiram dar uma pequena ajuda ao futuro casal. Em todos os momentos que estavam juntos, os companheiros de classe os deixavam sozinhos para conversarem e terem momentos maravilhosos juntos.

— Obrigada por estar me apoiando nestes momentos difíceis. — agradeceu [Nome], sorrindo para o garoto, que fazia de tudo para os dias dela serem coloridos e cheio de vida.

— Nunca tive coragem de dizer, mas gosto de ti, [Nome]. — contou Ruka com um olhar tímido. Ficou envergonhado porque nunca pensou que iria confessar os seus sentimentos à garota.

— Não és único. Nunca mostrei os meus sentimentos, porque tinha medo de perder a tua amizade. — explicou [Nome], sentada ao lado da pessoa que gosta.

Não falaram mais nada naquele momento, os olhares de ambos diziam tudo o que eles sentiam. Aproveitaram aquele momento para ver o pôr de sol que acabou de aparecer.

Ruka tornou-se importante na vida de [Nome]. Nunca saiu do lado dela, mesmo quando seu poder não quis se manifestar. Os dias que conviveram juntos foram cheios de alegria e de esperança para nunca desistir do amanhã, que podia tornar melhor do que outro dia.

Quando menos esperava, os poderes de [Nome] finalmente regressaram e ela ficou feliz por não ter que abandonar a vida escolar que construiu ali junto dos seus amigos e do Ruka, que tornou-se o seu porto seguro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.