P.O.V. Davina.

Eu fui á loja de sorvete e vi o Tim com outra garota. Decidi me esconder e olhar pra ver o que iria acontecer.

E daí ele a beijou.

—Timothy!

—Davina...

—Acabou. Nunca mais olhe pra mim ou fale comigo.

Eu passei por um canteiro de flores elas estavam mortas e eu as trouxe de volta, só não percebi que tinha platéia.

—Essa foi a magia mais linda que eu já vi.

—O que? Essas coisas não existem moço.

—Moço. Eu já não sou mais moço a muito tempo.

—O que aconteceu Dada?

—Jess tava certa. E quando eu pensei que a traição dele não poderia doer mais fundo ele trouxe a vadia pro mesmo lugar em que me trouxe no primeiro encontro, sentou na mesma mesa.

—Eu sinto muito Dada. Ele é um imbecil.

—Cadê a Jess?

—Ela já foi comprar sorvete no supermercado. Vamos pra casa, tomar sorvete e assistir aquele filme que você gosta. O com a Grace Kelly.

—Não é a Grace Kelly. É a Audrey Hepburn.

—Isso. Vamos na locadora buscar. Daí, depois que você chorar tudo o que tem pra chorar vamos pro shopping compra tudo o que a gente tem direito, depois vamos sair pra dançar e mostrar pra esse idiota tudo o que ele perdeu.

—É uma ótima ideia.

—É sim, sabe vamos pular a parte do chorar. Ele não merece as minhas lágrimas.

—É isso ai! Vou ligar pra Jess.

P.O.V. Kol.

Aquela foi a magia mais linda que eu já vi. E o contexto só a tornava mais linda, aquela menina tinha sido traída pelo namorado, estava chateada, triste e ainda assim em meio a sua dor ela fez as flores mortas voltarem a vida.

Eu chorei com aquela magia tão linda.

—Kol.

—Olá Elijah.

—Está chorando irmão?

—Se tivesse visto o que eu vi também choraria.

-E o que você viu?

—Uma magia linda. Tão linda.

—Magia? Magia de bruxa?

—Sim. Mesmo estando sofrendo ela fez as flores voltarem á vida.

—E essa tal bruxa que fez essa magia tão linda tem nome?

—Ouvi a outra chamar ela de Dada.

—Dada?

—Com certeza um apelido.

—E pra que nomes esse apelido serve?

—Daniela, Dafne, Dalila.

Uma outra vem correndo, atravessando a rua.

—Ei! Dada.

—O que? Quem você pensa que é pra me chamar de Dada?

—Essa ai tem garras.

Ela ajoelhou diante do canteiro de flores e sentiu.

—Foi ela com certeza.

A menina sacou o celular.

—Sarah, cadê vocês?

—Estamos no shopping Jess. Parece preocupada.

—Eu tava. Senti uma coisa ruim, ela tá melhor?

—Tá brincando? Ela tá ótima.

—Encontro vocês na loja da Victória?

—Sempre. To chegando ai então.

Ela assoviou e entrou num táxi.

—Ei garota!

—O que?

—Qual é o seu nome?

—Jessica.

—E porque te chamam de Dada?

—Não chamam. Chamam a minha irmã de Dada.

Ela riu e entrou no táxi.

—Irmã?

—Elas são gêmeas irmão.

P.O.V. Davina.

Estávamos fazendo compras no shopping eu, a Sarah e a Jessica quando eu vejo aquela figura, eu tinha repintado meu cabelo odiava ser loira.

—O que foi Dada?

—Fiquem aqui.

—Ei! Você.

—Eu?

—É. Não tá me seguindo tá?

—Queria saber o seu nome.

—Porque?

—Eu sou Kol.

—Davina.

—Davina? Sabia que esse seu nome vem de divina?

—Sabia. Bom, agora que você sabe o meu nome pode me deixar em paz.

—Ta tudo bem ai Dada? Ele tá te incomodando?

—Deixa pra lá Sarah.

—Ai, se relar na minha irmã eu meto a mão na sua cara mané!

—Vem Sarah a Jess tá esperando a gente.

A menina fez cara de brava pra mim, daí se virou e elas foram embora.

—Temos que comprar vestidos de arrasar.

Ela dava pulinhos e batia palminhas. Davina deu risada e disse ainda rindo:

—Ai Sarah só você.

—Olha só ela tá rindo!

Elas passaram a tarde experimentando vestidos, elas tiraram fotos de todos os vestidos que experimentaram. E saíram cheias de sacolas, com perfumes, vestidos, calças, cremes, bolsas e um monte de cacareco.

—Ele ainda tá atrás de nós?

—Tá. Vamos chamar a polícia.

—Acho que é demais, ele não fez nada com a gente.

—Ainda né?

—É. Relaxa, não acho que ele vá fazer alguma coisa com a gente.

—Eu to preocupada é com você Dada. Foi atrás de tu que ele veio.

—Acha que ele é sei lá, tipo um tarado ou coisa assim?

—Sei lá Dada. Não conheço ele.

—Ele me viu. Viu eu fazendo magia.

—Ele sabia?

—Sabia.

—Ele é um de vocês?

—Não. Ele é outra coisa, a energia mais parecida com a dele que eu já senti foi a daquele seu tio.

—Acha que eles são iguais?

—Não. Esse é mais forte, mais negro.