Rapidamente eu cheguei ao local passei por todos sem dar a minima atenção tirei umas fotos com Obi que não estava muito feliz comigo e entrei antes que ele viesse falar alguma coisa, fui diretamente ao bar e pedi um uísque, vi Pepper com um vestido azul bonito aberto nas costas, ela estava com os cabelos soltos, linda como sempre, tava dançando com um garoto e a todo momento ele a fazia sorrir e eu não estava gostando disso, ia interromper a dança quando um agente sei lá do quê me abordou disse o nome gigantesco da agência que ele representava e falou que queria me interrogar falou mais alguma coisa, mas eu já não prestava mais atenção pois vi o garoto beijando o rosto de Pepper se distanciando dela e vindo em minha direção.

— Você tem toda a razão, eu vou falar com a minha assistente e nós marcamos o dia.- eu falei saindo de perto dele e encarando o garoto que pareceu não se intimidar me encarando da mesma forma, ele tinhas os olhos tão azuis quanto os de Pepper, cheguei perto sem que ela percebesse.- Você está linda.
— O que você tá fazendo aqui? Veio sozinho?- ela parecia um pouco nervosa, não estava nada parecida com a Pepper que vi minutos atrás.
— Fugindo de agentes do governo, você parece nervosa, já sei vamos dançar.- eu a puxei sem dar tempo para ela responder.- Relaxa Peps, você tá muito tensa.
— É que eu tô dançando com você e tá todo mundo olhando.
— Você não parecia tensa quando estava dançando com aquele garoto, por falar nisso quem é ele?
— Sobrinho. Meu. Richard.Quer dizer, ele é meu sobrinho filho do meu irmão o Richard.- não acreditei em nada que ela disse, mas resolvi não insistir.
— Sei... que tal tomarmos um ar?
— Ótima ideia.- nós chegamos ao terraço e ela foi direto ao parapeito apreciar a vista, rapidamente eu a imprensei contra o mesmo fazendo ela se virar ficando de frente pra mim.
— Cadê a pequena Pepper?
— Espero eu que a essa hora esteja dormindo e pare de chamar a minha filha de pequena Pepper.
— Ué, por que? Ela é você em tudo, mas eu posso mudar de pequena para mini Pepper, o que acha?- ela revirou os olhos e me deu as costas.- Acabei de me lembrar daquele baile de caridade de 1995, você estava divinamente linda.
— Divinamente bêbada você quer dizer e por favor se afaste tem gente olhando.- ela me afasta com as mãos e eu sorrio.
— Então quer dizer que se não tivesse ninguém olhando você não iria se incomodar?
— Você me entendeu, Tony.
— Vai me dizer que você não gostou daquela noite, que não pensou nela dia após dia, que se arrependeu.- eu falei sussurrando em seu ouvido e a ouvi suspirar, olhei para ela e a vi de olhos fechados sem pestanejar a beijei, ela sentiu a minha falta assim como eu também senti a dela, intensifiquei o beijo e depois de alguns segundos ela cortou.- Me diga que aquela noite foi um erro e eu juro que não tento mais nada.
— Aquela noite foi o meu melhor erro.- ela disse olhando profundamente nos meus olhos e me beijando em seguida.

(Danny)

Deixei minha mãe falando com alguns acionistas da empresa e fui em direção ao bar, acabei topando com o Stark e ele começou a me encarar e como eu também não fico por baixo o encarei da mesma forma, ele passou sem falar com ninguém indo diretamente de encontro a ela, os dois dançaram por alguns segundos até que eu vi ele arrastando ela para algum lugar eu até ia atrás, mas uma garota me chamou a atenção, ela era loira dos cabelos cacheados, olhos castanhos, era quase da minha altura e muito, muito bonita.

— Pensei que só eu era quem tava tomando suco aqui.- ela me falou sorrindo.
— Tava começando a pensar a mesma coisa até lhe ver. Prazer, Daniel, mas todos me chamam de Danny.- eu falei estendendo a mão para ela.
— Margaret, mas todos me chamam de Maggie e o prazer é todo meu.
— Deixa eu adivinhar, tá acompanhado teu pai.
— Meu avô, na realidade, ele é um dos acionistas mais antigos das Indústrias Stark e você?
— Minha mãe, ela trabalha nas Indústrias Stark.
— Quem é ela? Já fui lá algumas vezes, quem sabe eu não a conheço.- eu hesitei um pouco antes de responder, mas lembrei que na empresa todos sabiam que minha mãe tem dois filhos então acho que não faria mal ela saber quem era.
— Virginia Potts.- ela fez um cara de surpresa com a minha resposta, mas logo voltou ao normal.
— Você tem os olhos iguais aos dela.
— Todo mundo diz isso, me sinto o Harry Potter às vezes. Você parece com seu pai, mas tem os olhos da sua mãe.- eu falei tentando imitar qualquer personagem do Harry Potter fazendo ela sorrir.
— E quem é seu pai?
— Ele morreu há alguns anos, era um fuzileiro.- eu respondo e ela fica sem jeito por conta do rumo e confesso que aquela tristeza que eu tento manter longe bateu um pouco, então mudei de assunto.- Agora eu entendo o lado do Sr. Stark.- chamar o Stark de senhor é tão estranho quanto seria chamá-lo de pai.
— Como assim?
— Minha mãe sempre reclama que ele nunca aparece nessas "festas" por que diz que é muito chato, agora eu entendo ele.- ela sorriu e fez um gesto com a cabeça no intuito de que eu olhasse para trás, quando virei vi que era o Stark que vinha em nossa direção.
— Como diz o meu avô quando aparece a pessoa que estamos falando, ele não morre tão cedo.- eu rio com o que ela disse e rapidamente ela fez a constatação óbvia.- Nossa, parece que eu tô te vendo mais velho, com os cabelos pretos e olhos castanhos... pai é quem cria, não é?- eu não respondi apenas dei uma piscadinha e acho que ela entendeu pois não insistiu no assunto.- Essas músicas estão me dando sono.- eu ri novamente e pude ouvir uma risada baixa do Stark já que ele estava ao meu lado, tirei o celular do bolso e invadi o sistema de Playlist da festa (tá aí uma das vantagens de se ter as músicas coordenadas por um computador e não por uma banda) e fiz da Playlist do meu celular a mesma da festa, a música parou e logo a maioria das pessoas começaram a olhar para o teto e uma música eletrônica começou a tocar algumas pessoas ficaram confusas outras seguiam o ritmo da música.
— De nada.
— Foi você? Como você conseguiu?
— Um mágico nunca revela seus truques.
— Sinto lhe decepcionar Mister M, mas você sabe que logo, logo eles vão tirar essa música.
— Não conte tanto com isso, as músicas que vão tocar é da Playlist do meu celular, ou seja, só para quando eu sair da festa.
— Valeu, moleque.- disse o Stark e eu virei para encará-lo, eu até ia falar com ele, mas aí uma loira chegou lhe mostrou alguma coisa, eles tiveram uma pequena discussão e ele saiu com a cara fechada.
— O que aconteceu entre o Sr. Stark e aquela mulher?
— Sei lá, deve ser alguma namorada dele.- nós ficamos conversando por alguns minutos até que eu vi uma certa ruiva, de vestido azul aberto nas costas indo em direção a saída da festa e com cara de poucos amigos.
— Aquela não é a sua mãe?
— É sim, deve ter acontecido alguma coisa, olha só, me espera aqui que eu volto já, não sai daqui.- saí correndo atrás dela e não demorou muito para que eu a alcançasse, como eu não ia gritar mãe a puxei pelo braço.- Mãe, o que houve?- perguntei baixinho.
— Levei um bolo, um toco, um... um... sei lá mais o que se usa para isso!
— De quem?
— Do Tony!- quando ela falou isso eu revirei os olhos.- Ele me disse que ia vir pegar uma bebida para nós dois e me deixou lá plantada, na certa esperando que eu criasse raiz!
— Eu sabia que aquela vodka martini com 3 azeitonas era pra você. Olha, a senhora sabe que eu não sou de defender o Stark, mas ele realmente foi no bar buscar algumas bebidas, só que aí chegou uma loira mostrou alguma coisa para ele e ele saiu com a cara fechada, acho que o nome dela é Cath... Catherine.
— É Cristine.
— É esse nome aí mesmo.
— O que será que ela mostrou a ele?
— Eu não sei, mas a senhora vai embora agora?- ela balançou a cabeça afirmando que sim. Droga!
— Tá certo, mas antes de irmos preciso me despedir de uma pessoa.
— Te espero lá fora.- ela me disse e eu assenti, corri de volta para o bar onde estava Maggie sentada em um banquinho segurando meu celular.
— Achei que você ia me dar um toco.
— Eu não faria isso.
— O que houve com a sua mãe?
— Não está se sentindo bem e por isso eu tenho que ir.
— Oh, que pena!
— Eu vou fazer uma coisa, mas não fique com raiva está bem?- ela assentiu e eu a beijei e o bom foi que ela retribuiu.
— Você beija bem.
— Só por isso vai ganhar outro.- lhe dou mais um beijo e a vejo sorrir quando nos afastamos.- Eu tenho que ir.
— Danny, o celular.
— Fique com ele, pelo menos eu vou ter uma desculpa pra te ver.
— E como eu vou te encontrar para te devolver?
— Mande uma mensagem para o celular da minha mãe.- eu disse e a beijei novamente ela sorriu e eu fui atrás da minha mãe, quando cheguei ela tava "conversando" com a tal da Catherine está na cara que as duas não se bicam, passei pelo meio delas pegando pela mão da minha mãe e a levando dali, deixando a Catherine falando sozinha.

(Tony)

Depois que vi as fotos que a Catherine me mostrou meu sangue ferveu eu havia dito e decretado que a divisão de armamentos estava fechada, mas mesmo assim ainda autorizam o embarque de armas.

— Você sabia disso?- eu perguntei mostrando as fotos para Obi.
— Melhor se acalmar, Tony.
— Eu não autorizei isso, você sabe...
— Quer saber, fui eu quem deu a ideia de tirar da presidência e antes eu do que qualquer acionista.- ouvi aquilo e fiquei com mais raiva ainda, peguei meu carro e fui para casa averiguar os fatos.

Descobri que além de estarem agindo pelas minhas costas estavam repassando as armas para os mesmos terroristas que me sequestraram, consegui reconhecer alguns inclusive, ajustei o repulsor das minhas luvas e como estava sem tempo de testar acabei testando nos vidros da oficina satisfeito com o meu feito sai dali e fui fazer as coisas a minha maneira.

Resgatei alguns aldeões das mão dos terroristas e destruí as armas que ele possuíam, estava voando tranquilamente quando dois caça começaram a me perseguir provavelmente a mando de Rhodes que a propósito estava me ligando.

— Tony, aconteceu um incidente bem perto de onde nós te achamos você tem alguma coisa a ver com isso?
— Eu não.
— O que você tá fazendo? Parece cansado.
— Correndo, pera aí.- desviei de um míssil que atiraram em mim, estava tentando sumir do campo de visão deles para que não tivesse um acidente, só que tava meio difícil aí resolvi falar para o Rhodes.- Rhodes, sou eu!
— O que? Eu não tô te entendendo.
— Sou quem você está tentando derrubar.- ele ficou em silêncio.- Rhodey, você ainda está aí?
— Como você fez isso?
— Não importa, só cesse o ataque.
— Não dá, Tony, não posso, você invadiu o espaço aéreo restrito eles vão te derrubar de qualquer jeito.
— Que tipo de amigo é você? Me resgata de um sequestro, mas tenta me matar logo depois? Quer saber, eu me viro.- encerrei a chamada e foquei no meu problema, causei um estrago por que sem querer acabei derrubando um caça, mas isso é o de menos resolvi o meu pequeno problema e voltei a ligar para o meu amigo.- Pronto, resolvido.
— Cara, você é louco, tá me devendo um caça você sabe, né?
— O piloto tá bem?
— Está, mas e quanto ao acidente o que eu digo?
— Aquele blá blá blá de exercício simulado.
— As pessoas não acreditam mais nisso, Tony.
— Até parece. Rhodey, você sabe dizer se a Pepper tem irmão?
— Tem, só não lembro o nome.
— É Richard?
— Se não me engano é esse, por que?
— Nada não, curiosidade. Ele tem um filho, né?
— Acho que sim, um dia ouvi a Pepper falando sobre sobrinhos, mas por que? Tá trabalhando no senso populacional também?
— Não, palhaço, é que eu a vi no baile com um rapaz e ela me disse que era sobrinho dela, aí fiquei curioso.
— Medo de perder pra concorrência?
— É um garoto, Rhodes, ele tem idade pra ser filho dela e nós dois sabemos que a Pepper não é nenhuma papa anjo.- ele riu do outro lado da linha e eu me lembrei do beijo de ontem.
— Bom, eu tenho uma declaração a fazer, te vejo mais tarde.- ele finalizou a ligação e eu segui voando para casa dessa vez sem interrupções. Estava no meio do processo de retirada da armadura quando Pepper entrou na oficina, ela me encarava espantada e eu estava sem saber o que dizer.
— Ai meu Deus! Tony, o que é isso?
— Não faz essa cara, já me viu fazendo coisa pior.
— Você está bem?
— Estou, não precisa se preocupar.- falei fingindo pouco caso e imediatamente ela fechou a cara se virou, subiu as escadas e foi embora.- Ei, pra onde você vai?- eu perguntei gritando e tenho certeza que ela me ouviu já que os vidros a prova de som da oficina estavam quebrados.
— Não lhe interessa!- foi o que ela me respondeu, antes de ir embora.
— JARVIS, Pepper ainda está aí?
— A Srta. Potts acaba de deixar a mansão.
— Merda! Ai! Olha só, eu construí isso aqui pra ser indolor.- depois que Pepper foi embora eu passei a trabalhar no conserto da armadura. Se tem uma frase que irei levar comigo para o resto da vida é "confie, desconfiando", depois que eu vi aquelas fotos e Obi me disse aquilo eu desconfiei e resolvi investigar acabei descobrindo o quão grande filho de uma puta ele é e quase perdi a minha vida e a de Pepper por isso.- Sou um super herói.
— Não é, não.- ela prontamente me responde enquanto passa maquiagem para cobrir o hematoma.
— Sou sim, tenho até uma namorada que sabe minha identidade secreta.- digo em um tom vitorioso e ela para o que faz e aproxima seu rosto do meu.- Vai me dizer que não pensou pensou naquela noite?
— Que noite?
— A noite do baile, Pepper, não dê uma de esquecida.- eu digo hipnotizado por seu olhar e acho que ela consegue elevar esse grau de hipnose quando deu aquele sorriso pra mim.
— A noite que você me beijou e me deixou plantada, é essa que você não quer que eu esqueça?- ela questiona e todo o clima do momento se vai.- Também achei que fosse.
— Sr. Stark- o agente sei lá qual da agência sei lá da onde interrompeu.- Aqui está seu álibi para o evento de ontem.
— Uhum, tá certo, é hora do show.- digo animado e ela pega o meu paletó e me ajuda a vesti-lo.- Pep, posso compensar o meu vacilo hoje à noite.
— Não, obrigada, tenho mais o que fazer hoje à noite, mas se você quer me agradar só faça o que está nesses cartõezinhos aí.
— Ah, Potts, sempre fugindo da diversão.
— Sr. Stark.- o homem me chama e eu reviro os olhos.
— Já vou, querida, já vou.- atravesso a porta e sigo para o púlpito, comecei o meu discurso e até iria dizer o que estava escrito ali, mas depois de um pensamento que predominou na minha mente, do meu pequeno desentendimento com aquela repórter e de ter sido chamado a atenção por Rhodes, eu resolvi mudar e pela primeira vez na minha vida encarar de frente alguma coisa, eu sabia da verdade e agora o mundo também sabe que eu sou o Homem de Ferro.