Com muito esforço recobrei a consciência, Anny chamou seu namorado William (ou Bill como nós o chamávamos) para me ajudar, quando olhei para eles ambos estavam brancos, imediatamente ele correu a cozinha e me trouxe um copo de água e eu tomei calmamente como se uma dessas goladas me desse a resposta que eu procuro.

— Você vai contar a ele?
— E eu vou dizer o que? Tony, lembra daquela noite que bebemos e transamos? Pois é, eu não esperava e como há 3 meses eu não tinha nada com ninguém tava pouco me fodendo para o anticoncepcional, não liguei para o mínimo de prevenção e não usei camisinha, agora tô grávida!
— E o que você vai fazer?
— Vou cuidar do meu filho sozinha, oras!
— Pelo amor de Deus, Pepper, essa criança é filho de um dos caras mais ricos do mundo!
— Mas eu não vou dizer! O que você faria Bill se você fosse bilionário e uma mulher que você ficou uma única vez chegasse e dissesse que estava grávida?- ele coçou a cabeça e tentou iniciar um argumento, mas seu jeito e sua cara me diziam aquilo que eu penso e que provavelmente Tony pensará também.- Não quero que meu filho cresça sofrendo rejeição do pai, não quero que ele seja olhado de lado pelas pessoas por que acham que ele é fruto de um golpe da barriga, eu vou criá-lo sozinha.
— Tá bom espertalhona, mas eu tenho dois questionamentos para você. Primeiro, o que você vai fazer para justificar a sua ausência? Sim, por que se você chegar lá e disser que tá grávida Tony vai somar que esse 1+1 foi igual a 3. Segundo, e se ele ou ela quiser saber quem é o pai, o que você vai dizer?
— Eu ainda tenho tempo para bolar o que vou dizer sobre minha ausência. E quanto a ele ou ela eu direi a verdade só que no tempo certo.
— Já vi que não vou conseguir te convencer do contrário.
— Não, não vai.
— Tudo bem, mas eu quero ser madrinha dele ou dela.
— Vocês serão não se preocupem.- eu sorri tanto para ela quanto para Bill. Eu estava decidida antes de ir trabalhar iria ao médico e depois pensaria no que fazer.

Eu estava radiante tinha acabado de ouvir o coraçãozinho dele me assustei no começo por que estava muito rápido, mas o doutor Raymond disse que era normal, eu já estava apegada a ele ou ela disso eu não tinha dúvidas e agora meu próximo passo era achar uma saída para meu sumiço repentino.

— Tony, precisamos conversar.- eu disse nervosa.
— O que foi, Potts? Parece que viu um fantasma.
— Eu preciso de uma licença.
— Licença pra quê?
— Meu pai tá fazendo um tratamento e minha mãe não pode cuidar dele sozinha.
— Por que você não paga alguém?
— Por que ele é meu pai, Tony, ele cuidou de mim quando eu precisei, nada mais justo que eu faça isso por ele também.
— E de quanto tempo é essa licença?
— 11 meses.- falei sem graça.
— 11 meses? Que tratamento é esse que seu pai tá fazendo?- ele parecia exaltado.
— Câncer.- coitado do meu pai.- É por isso que vai demorar tanto.- ficamos discutindo o tempo da licença por alguns minutos até que os pais dele entraram na sala para saber o motivo da discussão, eu expliquei e eles se comoveram com a história, mas a mãe dele me encarava com um olhar desconfiado presumi que fosse coisa da minha cabeça e nós entramos em um acordo, trabalharia até o 4º mês de gestação que era quando minha barriga começaria a crescer e depois poderia tirar minha licença voltando a trabalhar quando o bebê tivesse 3 meses, bom de um problema eu tinha me livrado que era enganar a família do pai do meu bebê, agora vinha o segundo enfrentar a minha.

(Tony)

Pepper era uma mulher e tanto, depois de tantas tentativas finalmente eu consegui dormir com ela, ela era incrível e tinha um corpo espetacular me entendia, me ouvia e sempre me aconselhava mesmo que eu não pedisse ou seguisse, eu gosto dela, mas não tô pronto pra ficar com alguém, e além do quê ela escolheu esquecer e eu devo fazer o mesmo não quero magoá-la eu jamais me perdoaria por isso, ela vai trabalhar comigo por mais 3 meses antes de encarar essa licença e isso vai me dar o tempo que eu preciso pra esquecer aquela noite.

Passar todos esses meses sem ela foi mais difícil do que eu pensei, então eu fazia de tudo para não ficar em casa a noite, sempre ia a uma balada e acabava na cama de alguma super modelo ou qualquer outra mulher que me chamasse a atenção e a deixava pela manhã com algum bilhetinho estúpido, meus pais não aprovavam meu estilo de vida e eu não dava a mínima queria apenas esquecê-la mesmo que fosse só por uma noite.

Hoje ela volta para a empresa, nunca pensei que ficaria assim por uma mulher e sinceramente eu não sei o que me puxa tanto para ela, talvez seja o modo como ela me trata ou como ela se porta, ela me deixou no dia seguinte e nem sequer comentou sobre esse dia, perdi as contas de quantas vezes quis uma mulher assim, mas lá no fundo eu sei que tem algo mais, não vou tentar um relacionamento com ela por que sei que não honraria um compromisso e não quero perdê-la, mas vou fazer de tudo para deixá-la perto de mim e nunca mais deixá-la sumir por tanto tempo.

— Olha só quem resolveu dar o ar da graça.- eu disse assim que a vi, ela estava estranha, estava mais reluzente, o seios maiores do que eu me lembrava (e olha que eu me lembro bem), mais corada, mais bonita, mas ela tinha um semblante triste.
— Oi, Tony, é bom te ver também.- ela falou distraída me abraçando.
— Como é que tá o seu pai?
— Meu pai? O que é que tem o meu pai? Ah, sim, está ótimo obrigada por perguntar.
— O que você tem? Tá meio lé lé.
— Nada, é que eu deixei meu...pai sozinho.
— Seu pai tem quantos meses? Deixa de besteira tua mãe tá com ele qualquer coisa ela te avisa e vamos trabalhar.- eu sabia que a única coisa que a distraia era o trabalho.
— Desde quando você gosta de trabalhar?
— Eu não gosto, mas o meu pai tá me enchendo o saco por causa de relatórios e eu preciso de ajuda com alguns.
— Me esqueci de que estava falando com Tony Stark.
— Haha! Bem vinda de volta, Potts.

(Pepper)

Deixar meu pequeno em casa foi mais doloroso do que eu imaginei, ainda me lembro da vez em que eu fui ao ginecologista e descobri o sexo do bebê.

Flashback On


— Já pensou em um nome para o bebê, Srta. Potts?- me perguntou ele passando o gel na minha barriga de 6 meses.
— Eu tô pensando em alguns.- ele passou aquele negocinho que eu esqueci o nome pela minha barriga mostrando o meu bebê ele já estava se formando, já era possível ver o seu rosto, os bracinhos e as perninhas.
— Tem algum palpite ou preferência?
— Eu tenho palpite de que é menina, mas não tenho preferência, vou amá-lo independente de ser menino ou menina.
— Quanto ao seu palpite, sinto decepcioná-la, mas está errado é um menino.- imediatamente meus olhos encheram de lágrimas, será que ele seria parecido com o Tony? Teria aqueles olhos castanhos tão lindos?
— Um menininho?- eu perguntei e o médico afirmou, eu fiquei tão emocionada, tão feliz que até esqueci do resto.
— Srta. Potts, o exame já acabou.
— Oh, sim.- eu disse me levantando daquela cama e limpando aquele gel da minha barriga.
— Recomendo que a senhora coma alimentos que contenha omega 3, peixe, por exemplo, tome suco natural e de vez em quando faça alguns exercícios.- eu assenti e agradeci saindo dali feliz da vida com o meu pequeno.

Flashback Off

Estava tão preocupada e com saudade dele que vivia distraída no trabalho sendo chamada atenção algumas vezes por causa disso, quando deu a hora de ir embora eu passei por Tony e seus pais igual a um furacão desesperada para chegar em casa para poder ter Danny em meus braços de novo.

— Vai tirar o pai da forca, Pepper?- perguntou Tony, sempre zombeteiro.
— Não Tony, mas tô louca para ir pra casa.
— Tem alguém te esperando é?- continuou ele no mesmo tom.
— Tem e eu estou atrasada.
— Como é o nome dele posso saber?- perguntou mudando a expressão.
— Daniel.- eu respondi sorrindo e saindo dali.

Fui pra casa o mais rápido que eu pude, não queria passar mais um segundo longe dele e mesmo que eu tenha o deixado com Bill e Anny eu sentia que ele estaria mais seguro comigo, poder abraçar aquela coisinha linda de bochechas rosadas e olhos azuis era algo maravilhoso.