Yokozawa deixou as panelas no fogo e foi para sala, enquanto esperava Kirishima terminar o banho. Pretendia fazer isso em seguida.

Hiyori usava a mesa baixa para fazer os deveres, concentrada numa lição de matemática que trouxe nostalgia ao rapaz, pelos distantes anos de escola primária. Naquela época, quando tinha a idade de Hiyo-chan, sequer imaginaria como sua vida estaria no futuro. Bem, exceto pela parte do trabalho. Nem quando pequenino fora dado a fantasias fora da realidade. Com o pé firme no chão, sabia que um emprego assalariado como aquele era o que conseguiria.

Só não imaginava que o pacote traria de brinde Kirishima e sua adorável filhinha, livrando-o do caminho rotundo ao qual estava preso, um ciclo sem fim onde repetia as mesmas coisas, os mesmos erros, alimentando esperanças por um amor que jamais seria correspondido.

“Terminei!”, Hiyori passou a juntar o material.

“Precisas de ajuda para organizar as coisas?”

“Não, Yokozawa-nii. A professora disse que já temos idade pra fazer isso sozinhos. A gente cuida das coisas na sala de aula. E temos que ajudar em casa também.”

O rapaz sorriu, um pouco orgulhoso.

Assim que ficou sozinho na sala, atrativo aroma de sabonete chegou até ele.