Estava mais do que na hora de agirem em equipe. Jura Neekis, delegado responsável pelo fechamento do caso de Alice Reignfield na Inglaterra e Erza Scalet, responsável por capturar a foragida Flare Corona no Japão. Toda a polícia do Japão já havia sido co­municada sobre a perigosa Corona à solta e, sem parar, faziam buscas pelas ruas da capital e proximidades. Os noticiários logo estariam divulgando as fotos da antiga forma de Flare e sua verdadeira história. Ela já não era apenas uma louca apaixonada acusada de tentativa de assassinato, ­agora a coisa havia ido para um caminho muito mais sério.

— Essa garota... – O robusto homem sem cabelos pousa firmemente o copo de uísque que trazia à mão sobre a mesa, repleta de documentos, fotos e matérias de jornal espalhados. – Agora estou convencido. Flare Corona é realmente Alice. Me pergunto como ela conseguiu escapar sorrateiramente para fora da Inglaterra.

— E pior: se manter escondida por tanto tempo mesmo depois de conseguir fugir de seu país. – Completa Jellal, encostado ao “braço” do estofado.

— Mesmo depois de tudo... Ele ainda consegue aliados para ajudá-lo a se safar... – Diz consigo a ruiva, que parece pensar alto. Seu comentário se referia ao fato de ter acabado de descobrir quem estava a ajudar o assassino que um dia chamou de pai. – Maldito.

— Nós temos a vantagem. – Jellal se estende e dá alguns passos à frente, aproximando-se de Jura e seus homens. – Eles não sabem que já descobrimos que estão trabalhando juntos.

— Não por muito tempo... – Diz Erza em entonação firme e pensativa, com olhar voltado para baixo. – Além disso, não acho que sabemos o suficiente.

— O que quer dizer? – Jellal pergunta, confuso.

— Talvez esteja certa. – Diz Jura, que começa a entender o ponto de Erza. –Com base no perfil psicológico de Alice, ela é impulsiva e passional. Nesse caso, dificilmente seria capaz de arquitetar um plano perfeito sem ajuda de terceiros.

— E Porla foi burro o suficiente para assassinar alguém descaradamente e ser pego. – Continua a delegada. – Mais do que isso. Eu o conheço mais que ninguém. José Porla nunca foi bom usando a cabeça, e sim suas mãos. Sua especialidade é força bruta e frieza.

— Entendi. Vocês acham que existe mais alguém por trás disso. – Conclui Jellal.

— Hm. – Ela concorda. – Alguém inteligente e meticuloso o suficiente para liderar aqueles dois e dizer exatamente o que eles devem fazer.

~...~

— Aqui vamos nós... – Comenta Simon, vendo que, provavelmente, a tal ligação havia sido sobre Porla. Jellal ouve o comentário do moreno e o fita rapidamente antes de observar enquanto a Scarlet se aproxima com ar determinado.

— Simon!

— Me deixe adivinhar. – O moreno diz, expirando. Ela para na frente dos rapazes, sobrancelhas franzidas.

— É exatamente o que está pensando. As câmeras de um hotel registraram a passagem de Porla por esta rua. – Ela estende um papel com um endereço anotado. – O curioso é que ele estava dentro de um carro luxuoso. – Diz ela enquanto tenta ligar os pontos em sua cabeça. – Pelas fotos, também é blindado... Ele está quebrado demais para conseguir um carro como este. – Ela faz uma pausa antes de continuar. – Além disso... Não era ele quem estava dirigindo.

— Um motorista?... – Simon coça o queixo com sobrancelhas franzidas.

— Ou pior. Aliados. – Ela diz irritada.

~...~

— Há definitivamente uma terceira cabeça nessa quadrilha. – Ela encara os homens com olhar determinado. – Garotos, já temos tudo que precisamos! A partir de agora o que temos que fazer é—

O som da vibração do celular da delegada sobre a mesa de centro interrompe a ruiva, que cessa seu raciocínio para atendê-lo.

— Oh, Simon. – Diz a garota ao ver quem a chamava. – Novidades?

Os rapazes a encaravam com expectativa e observaram enquanto sua expressão tornou-se surpresa.

— O que disse? Você tem certeza? – Ela se agita e o clima do ambiente se torna tenso. Algo grave havia acontecido. – Estamos indo imediatamente! – Ela desliga o celular e vai em direção a sua bolsa.

— Erza? – Jellal a chama, ansioso, mas ela já estava prestes a falar.

— Rogue acaba de sofrer um atentado de Flare. Simon está seguindo a ambulância que o está levando a um hospital! Ele me enviará o endereço por mensagem. – Ela checa a munição de suas armas e as enfia rapidamente na bolsa e enfia o celular no bolso traseiro da calça.

— Ela não pode ter ido longe! Precisamos vasculhar as ruas! – Diz Jura, energizado pela notícia.

— Hm. Meus garotos já foram enviados, mas ajuda nunca é demais. Você e seus homens podem seguir com as buscas à Flare e Porla. Eu seguirei com Jellal até o hospital para interrogar Sting!

— Sim. – Disseram todos ao mesmo tempo enquanto andaram rapidamente em direção à saída.

...

Cada segundo que se passava só deixava tudo mais perto de seu clímax catastrófico e inevitável. Os eventos que viriam a seguir não poderia ser imaginados nem de longe por Lucy Heartfilia, que agora vivia o êxtase do sucesso de seu desfile, que havia sido épico. A coleção inspirada nos signos do zodíaco estava em muitos sites de revistas famosos do Japão e até do exterior. Essa provavelmente havia sido o seu projeto mais bem sucedido.

— Boa noite a todos... – Diz a loira, um tanto nervosa, porém com um grande sorriso no rosto.

Logo ao seu lado, Natsu, que a observava com um sorriso singelo e uma taça de espumante não alcoólico da qual Lucy havia acabado de lhe entregar antes de ir até o microfone para discursar.

—... Gostaria de agradecer a todos por terem vindo ao baile de máscaras especial em comemoração a minha nova coleção. Todos que estão aqui são muito especiais para mim. Todos fizeram parte de alguma forma deste projeto e espero que curtam bastante essa festa! – Conclui ela pouco antes de ser aclamada pelos convidados, que aplaudiram e comemoraram com alguns gritinhos alegres.

— Vamos arrebentar na diversão essa noite, galera! – Exclama Natsu animadamente, aproximando sua boca ao microfone que Lucy segurava e erguendo a taça em direção a todos que assistiam.

Lucy ri enquanto todos continuam aplaudindo. Natsu lhe rouba um beijo enquanto a música começa e preenche o lugar, energizando o ambiente. Em meio aos convidados, uma baixinha azulada animada pulava alegremente com um sorriso no rosto assistindo o discurso da sua amiga de longa data.

— Eles não são fofos? – Diz Levy sem tirar os olhos de Natsu e Lucy.

— Eles certamente estão mais alegres que o normal. – Concorda Gajeel. – Geehe... Não é para menos. Estou surpreso por não ter ocorrido nada errado hoje.

— Parece a droga de um milagre. – Concorda Aquarius com expressão satisfeita enquanto dá um gole em sua bebida. – A garota merece toda atenção que está tendo. Certamente ficará terrivelmente famosa depois de hoje.

— É... – O pai de Gray dá um risinho e concorda. – Natsu terá que ficar esperto com todos os pretendentes que virão com toda a fama da senhora Heartfilia. – Brincou.

— Ah... Como todas que insistem em dar em cima de você, não é, meu amor? – Rebate Aquarius em tom de ironia, tornando seu rosto em direção a ele um tanto irritada. Mas Silver segura seu queixo, nem um pouco intimidado pela mudança de temperamento repentino de sua amada, e sorri.

— E são todas espantadas, com sucesso, pela minha garota malvada. – Ele encosta seus lábios nos dela rapidamente, apenas para vê-la dar um meio sorriso em resposta a sua atitude, ainda que sua expressão ainda carregasse a leve irritação de antes.

Os pombinhos finalmente se juntam ao grupo.

— Olha quem está chegando. – Diz Gajeel, de braços cruzados encarando, sorridente, enquanto Natsu e Lucy faziam seu percurso em direção a eles desviando com dificuldade dos convidados que dançavam no salão principal.

— Olá, pessoal! – Diz Lucy animada, mas um tanto envergonhada.

— Uh... Essa festa está mesmo cheia. – Comentou Natsu referindo-se ao esforço que fizeram pouco antes para chegarem até seus amigos.

— Vocês estavam terrivelmente fofos. Mal posso acreditar que isso finalmente está acontecendo. Em pensar que ensaiamos tanto para esse momento. – Comenta Levy.

— Oh my... Tem razão, estou tão aliviada por tudo ter corrido bem! – Diz Lucy.

— Me admira muito que o salamander não tenha tropeçado nenhuma vez. – Provoca Gajeel. – Teria sido engraçado. Geehee.

— Ói, seu desgraçado, o que quer dizer com isso? Por acaso queria que eu caísse durante o desfile? – Irrita-se o rosado.

— Claro que não. – Reponde o segurança calmamente. – Poderia ter caído agora também. – Sorri ironicamente.

— Rrgg... Você é mesmo um—

— Já chega com esse circo! – Diz Aquarius irritada.

— A Aquarius tem razão. -Diz Levy cruzando os braços. – Além disso você disse que iria se comportar hoje, senhor Redfox. Nada de provocações, ironias, sorrisos amarelos ou “vamos embora”. – Ela faz bico.

— Tch. – Ele desvia o olhar.

— Tudo bem, esse titã malformado só está com inveja porque sou um modelo ainda mais famoso agora. – Diz Natsu, que arranca uma gargalhada sarcástica do moreno.

— Hahahaha... É. O conceito de feiura vai ser atualizado agora que sua cara estará estampada em várias revistas.

Os dois não iriam parar com a picuinha tão cedo, mas isso não acabou com o clima amigável que ainda era predominante entre eles.

Algumas horas passam.

A festa não podia estar mais agitada. Estava em seu auge nas músicas e na diversão. Mas o que mais estava em seu auge eram os pés inchados de Lucy. A loira estava agrupada com seus amigos em uma das várias mesas do salão, obviamente ocupando a mesa mais distante da música e do movimento.

— Deus, eu não aguento mais... Minhas pernas estão quase dormentes. Logo, logo, não conseguirei sequer me levantar sem cair depois de alguns passos. – Diz ela esparramada sobre a cadeira.

— Lucy-san, pensei que já estivesse sem os sapatos.. – Comentou Juvia, encarando os pés da loira.

— É, estou, mas minhas pernas não param de seguir para a falência total. – Ela massageia a testa. – Arh.... Uma grávida não pode mesmo ter um momento de glória, não é...

— Que isso, amiga, se anima! – Tenta animá-la Levy. – Além disso, você já teve seu momento de glória. Ou será que ter a melhor coleção temática dos últimos tempos e suas roupas estampadas nos maiores sites de entretenimento ainda é pouco para a senhora? – Ironiza a azulada, apoiando a mão na cintura.

— É isso aí, não seja uma gorducha ingrata. – Reafirmou Aquarius.

— G-Gorducha... – Repete Lucy com expressão frustrada.

— Aquarius-san, por favor, não chame a Lucy de gorducha... – Diz Juvia preocupada.

— Tudo bem, tudo bem... – Aquarius procura algo a sua volta. – Talvez seja melhor procurarmos os garotos para irmos embora.

Os rapazes haviam se separado das garotas e estavam conversando e bebendo em outro ambiente.

— Por sorte as crianças já foram para casa com Virgo. – Completou a assistente de Lucy.

— Ir embora? Será?... Sinto que mal pude curtir minha própria festa. – Lamentou a estilista.

— Do que está falando, estamos há quase 4 horas aqui, Lucy! Quer fechar o salão e ajudar os serviçais com a limpeza depois também? – Ironizou Aquarius, tirando risos de Levy e Juvia. Lucy se rendeu e também riu.

— Acho uma ótima ideia. Já deu por hoje, não é, mocinha? Esses bebês aí também devem estar querendo silêncio para poderem dormir. – Disse Levy tocando a barriga de Lucy.

— Quer saber, vocês têm razão. Acho que eu curti até demais a noite de hoje... Meninas, obrigada por virem. Foi tudo mágico. – Disse Lucy maravilhada e com um sorriso.

— Até parece que íamos perder. – Disse Juvia.

— Bom, eu vou atrás dos nossos homens, garotas. Alguém precisa carregar nossas bolsas até a saída, estou certa? Eu volto logo. – Disse Aquarius saindo após pedir que as meninas ficassem ali até sua volta, para não se perderem.

...

Um homem alto e elegante, portanto em seu rosto uma máscara inteiramente branca e lisa que lhe cobrem boa parte da face, deixando apenas parte do queixo e bochecha amostra, caminha lentamente através das pessoas. Ele se aproxima de um dos garçons e lhe entrega uma cédula ao sussurrar-lhe algo ao ouvido. Logo após, caminha para o lado oposto.

O caminhar, ligeiramente suspeito, do elemento desperta curiosidade em alguém que, acidentalmente, pôs seus olhos em sua direção na mesma hora.

— Ói, Salamander. – Uma voz grave e rouca ressoa.

— Hm? – Responde o rosado, desviando o olhar subitamente.

— Para onde olha tanto? Não está tentando flertar com outras garotas, está? – Questiona Gajeel em tom irônico.

— O que? O cabeça de vento tá paquerando garotas? Ói, desgraçado, o que pensa que está fazendo? – Grey se altera e agarra Natsu pelo colarinho, que o empurra.

— Grey, eu juro que, se me encostar novamente, te parto a fuça! – Esbraveja o rosado. – Além disso, não é nada disso, seus panacas. – Ele desvia os olhos mais uma vez em direção ao homem estranho que vira, mas já não havia rastro.

— O que te deu, então? – Pergunta Gajeel.

— Vocês não notaram nada estranho? – Pergunta Natsu seriamente. Gajeel e Grey se entreolham. Natsu realmente falava sério.

— Como assim “estranho”? – Pergunta Gajeel. Havia um princípio de tensão em sua voz.

— Não sei. É como se alguém estivesse observando a gente.

— Não sei se percebeu, mas há inúmeros fotógrafos aqui, seu burro. Obviamente estão nos observando todo o tempo para tirar fotos. – Disse Grey.

— Não, não é isso... É outra coisa. – Disse Natsu, firmemente, encarando o lugar donde vira o estranho, segundos atrás. – Eu vi um cara mascarado agindo de forma estranha ainda há pouco.

— Por isso olhava tão fixamente? – Perguntou Grey de braços cruzados.

— Hm. – Natsu confirmou. – Ele não estava acompanhado de ninguém ou apenas dançando... Era como se tivesse algo para fazer... – O rosado pensava consigo em voz alta.

— Relaxa, esse cara podia apenas estar procurando o banheiro ou algo do tipo. – Concluiu o amigo, mas Gajeel também estava um tanto pensativo e alerta.

— Não sei, não. – O rosado e Gajeel se olham. Os dois vieram da mesma vida. Se havia algo que ambos aprenderam com a vida nas ruas, foi identificar uma situação perigosa.

— Você viu aonde foi esse tal cara estranho, Natsu? – Perguntou Gajeel.

— Ah, qual é, Gajeel. Você não vai cair na pilha do Natsu, não é? O cara podia estar fazendo qualquer coisa! – Contrariou-se, Grey.

— Nunca é demais checar. Certo, Salamander? – Respondeu o segurança.

Natsu estava apontando a direção onde avistou o indivíduo quando Aquarius chegou e o interrompeu.

— Aí estão vocês. – Os rapazes a encaram. – Vamos embora, Lucy está exausta e não para de reclamar, e se eu tiver que ouvir mais uma coisa sobre pernas inchadas ou dor na coluna, eu juro que... – A garota nota a tensão nas expressões dos garotos. – Que bicho mordeu vocês? – Ela olha em volta. – E onde está o Silver?

— Ele já deve estar voltando. Foi apenas atender uma ligação. – Disse Grey.

— E essas caras de enterro? – Perguntou desconfiada.

— Não é nada, Aquarius-san, só estamos... Cansados. – Respondeu Natsu.

— Não vem com essa, o Silver está paquerando outra garota, não é isso? É melhor falarem logo, ou faço picadinho de vocês todos! – Esbravejou a moça.

Ao menos isso a despistou. Era melhor que as meninas não soubessem sobre a suspeita de Natsu.

— Quer saber, eu irei atrás de Silver. – Disse Gajeel.

— Eu também vou. – Disse Aquarius indo em direção a Gajeel, mas Natsu a segura.

— É melhor irmos até Lucy, Aquarius-san. Não quero deixa-la esperando muito mais tempo. Depois você conversa com o Silver... – Disse o rosado.

— Juvia e Vikky também estão lá. Elas precisam descansar, não temos tempo para brigas. – Disse Grey.

Aquarius bufa.

Levou um tempo, mas conseguiram convencer a garota leva-los até as meninas. Gajeel iria se certificar de que o tal sujeito fosse mesmo apenas alguém em busca do banheiro mais próximo. É melhor que fosse só isso.

...

A loira parece um tanto mais relaxada enquanto Juvia massageia seus pés.

— Juvia, você realmente não precisa fazer isso por tanto tempo, já me sinto melhor. – Diz Lucy, um tanto constrangida.

— Tudo bem, deve ser incômodo ter uma barriga tão grande, não é? – Disse ela sorrindo. Lucy ri.

— É verdade... Mas afinal, onde estão esses garotos que não chegam logo...

— Não duvido que estejam arrumando alguma confusão. – Brincou Levy.

— Com licença. – Disse um dos garçons, se aproximando de Levy.

— Hm? – Todas encaram o rapaz enquanto Levy o responde. – Sim, posso ajudar?

— Alguém a chama para ir até o jardim, na saída traseira do salão. – Diz o garçon.

— No jardim? – Levy estranha. – Mas quem mandou falar isso?

— Não disse o nome. Era um homem alto e de cabelos longos.

—... Só pode ser o Gajeel... – Diz Juvia.

— E ele... Disse o que desejava? – Pergunta Levy desconfiada.

— Apenas disse que precisava falar algo importante. – A garota fica pensativa.

— Porque ele simplesmente não veio até nós. – Comenta Levy, virando-se para Juvia e Lucy, que parecem tão confusas quanto ela.

— Com licença, preciso voltar ao trabalho.

Sem esperar a resposta de Levy, o garçon dá as costas e desaparece no meio das pessoas.

Aquilo era muito estranho. Levy estava desconfiada, ela sabia que Gajeel não costumava mandar recados, mas aquele era realmente um ambiente lotado. E se ele quisesse realmente falar algo importante sem que ninguém soubesse? E se fosse uma armadilha para separá-la dos demais? Levy estava ansiosa e com medo por um momento.

... Mas decidiu se arriscar. Ela iria até o tal jardim na parte traseira do salão. Seja lá o que fosse, era melhor acabar com isso de uma vez. Ela não iria viver a vida toda se escondendo.

Mesmo contra a vontade de Lucy e Juvia, ela foi. Alguns minutos depois Aquarius chega com Grey e Natsu.

— Aquarius-san! Finalmente! – Exclama Juvia.

— Nossa, pelo visto, demoramos, mesmo. – Diz Natsu ao ver a apreensão nos rostos das meninas.

— Ué... Onde está Levy? – Pergunta Aquarius.

— Ela foi se encontrar... Com Gajeel... – Disse Levy, preocupada.

— Hm? O Gajeel? Mas ele estava com a gente o tempo todo, apenas nos separamos porque ele foi chamar o pai do Grey... – Estranhou o rosado. Juvia e Lucy se olham, ainda mais preocupadas.

— Alguma coisa não está batendo nessa história. – Disse Aquarius.

— Gente, por favor. Me digam exatamente o que aconteceu com Levy. – Perguntou Natsu com expressão séria.

...

A rapper já estava no local indicado pelo garçon. Não havia muitas pessoas por perto. Ela olhou em volta tentando achar o tal homem de cabelos longos. No fundo, Levy achava pouco provável que fosse mesmo Gajeel.

A garota anda mais um pouco, mas não encontra ninguém que a esteja esperando. Talvez aquilo não tivesse passado de uma brincadeira.

— Que estranho. – Fala em voz baixa enquanto dá uma última olhada no lugar antes de voltar ao baile.

Olá, Vikky.

A garota dá um pequeno pulo e vira-se rapidamente para encarar a dona da voz que ouvira. E esta lhe era bem familiar.

— Flare. – Diz Levy, com expressão irritada.

A ruiva, que estava mascarada e vestia um sobretudo preto, a encarava com um sorriso sinistro.

Levy não estava com medo. Pelo contrário, depois de tudo que Flare havia feito, seria bom, mesmo, passar alguns minutos a sós com ela para resolverem seus problemas cara a cara. Chegou a hora do acerto de contas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.