Meu Príncipe Arrogante

Nenhuma doença idiota nos separa!


Paro com meus pensamentos desnecessários, quando vejo um homem, provavelmente era o médico.

Levantei-me rapidamente daquela cadeira que já estava me deixando desconfortável e fui em direção ao médico, quando German viu o que acabara de fazer fez o mesmo.

Ambos estávamos desesperados por uma noticia da Violetta, o médio chegou em nossa frente e foi formal, nos cumprimentou coisa e tal, falou seu nome que a propósito é Antônio, mas eu não estava com saco para formalidades, o que mais importava era como estava o estado de saúde da minha pequena.

–Como está a Violetta? –Pergunto impaciente.

–Bom, passamos o dia fazendo exames, pois não é normal Violetta ter tantas quedas de pressões, e então exames em ci... –O suspense estava me deixando angustiado, então corto a fala do médico.

–Mas e agora? Ela está bem?

–Calma León, vamos ver o que o médico ter para nos informar. –Fala German colocando uma de suas mãos em meu ombro. Dou um suspiro longo e olho para o médico, com uma aflição se corroendo dentro de mim.

–...Violetta agora está bem, mas eu tenho uma noticia péssima para dar a vocês.- O médico da um pausa e olha para baixo, esse ato me da um nó na garganta, minha saliva some, e começo a perder o meu controle de gravidade, mas minha curiosidade não me deixava cair ou coisa do tipo. O médico deu um papel que estava em sua mão para German, o pai de Violetta estava com os olhos marejados, quando terminou de ler me entregou a folha e logo após colocou a mão sobre o rosto.

Peguei aquela folha, havia várias palavras difíceis o que incapacitou de entender o estado de Violetta. O médico percebendo a minha dificuldade, pegou a folha e falou:

–León, a Srt. Castillo esta com leucemia.

O que? Não conseguia acredita o que acabara de ouvir, simplesmente perdi o chão, não era possível, o médico devia ter errado alguma coisa, aquilo não estava certo!

Instantaneamente começou a cair lágrimas sobre minha face, eu sei, eu posso ser um menino orgulhoso, que acha que homem chorar é algo fora de questão, mas que se dane o meu orgulho!

–Doutor, isso está errado, Violetta sempre foi uma garota saudável, rica em saúde, isso esta errado, é impossível!

–Sr. Vargas, o câncer é uma doença que se espalha rapidamente e é silenciosa, acredite nenhum de nós gostaria de saber que Violetta tem essa doença, mas simplesmente aconteceu. –O médico fala tentando me consolar, missão impossível. –Ela pediu para ver o seu namorado... –O médico fala, mas German acaba interrompendo a sua fala.

–Ele não est..

–Sou eu! Onde ela está? –Falo causando uma expressão confusa na face de German.

–Ela está no quarto 303.

–Obrigada! –Falo quase que correndo em direção ao elevador. Coloco o numero do andar e me olho sobre o espelho que tinha dentro daquela caixa mecânica, deixei cair lágrimas livremente, não, não podia acreditar, só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto, aquilo não era realidade, Meu Deus! Tudo o que aconteceu entre nós, as brigas, os beijos, tudo! Não podia ser, eu estava incrédulo. Parecia que o elevador não andava, os segundo estavam parecendo horas, tudo o que eu era capaz de fazer era olhar o meu reflexo, vendo o meu rosto avermelhado e inchado todo molhado de lágrimas que não se cansavam de cair. Quando a porta do elevador se abre, saio correndo procurando o quarto em que Violetta estava.

–303! –Falo abrindo a porta rapidamente, Violetta estava pálida e com uma face cansada, mas mesmo assim não deixava de ter aquele sorriso perfeito estampado nos lábios.

Ela estava olhando para janela, observando o vento bater contra as folhas das árvores, quando percebe a minha presença, fala:

–Sabia que ia se declarar como meu namorado! –Ela fala dando um sorriso lindo. Não podia expressar meus sentimentos apenas corri ate o seu leito e dei um abraço forte, ela respondeu da mesma maneira. Não fui capaz de me conter, mais lágrimas caíram sobre minha face e percebi que Violetta também chorava, aquilo de destruía por dentro.

Desfiz o abraço e Violetta limpou as minhas lágrimas e pousou a palma de sua mão na minha bochecha e então disse:

–Ei, não fica assim está tudo bem, “Leucemia” é só um nome qualquer como “Torrada” e “Macarrão”. –Ela fala dando uma risada fraca. Retribuo o sorriso e faço um sinal negativo com a cabeça.

–Olha só, eu devia estar te consolando e parece que estamos fazendo ao contrário.

–Pois é. –Ela fica cabisbaixa. –León, eu posso te contar um segredo? –Violetta levanta a cabeça e me olha com os olhos marejados.

–Claro, me conte tudo o que você quiser. – Falo colocando um mexa do seu cabelo para trás de sua orelha.

–Eu estou com medo... –Seus olhos libertam todas as lágrimas que insistiam em cair, isso era doloroso tanto pra mim quanto pra ela, ela me abraça forte e chora de soluçar, nunca tinha visto ela tão fraca, mesmo conhecendo ela desde criança.

[...]

As horas acabaram passando e, obvio, German, Angie, Francesca e Camila vieram visitar a Vilu, menos Eduardo, porra! Que tipo de namorado é esse?

Agora, estava apenas eu e Violetta, a sós, assistindo um programa de televisão qualquer, a única coisa que realmente importava é que estávamos abraçados, como se fossemos um só e, nomes inúteis como “leucemia” nos atormentou.