Prólogo

Quando nos deixamos levar por uma situação ou por algo acabamos fazendo o que achamos certo, mas logo se descobre que o que foi feito é ou era errado. Demorei a entender isso...

Como diz o ditado "a males que vem para o bem", mas não se sabe ao certo se isso é verdade porque como coisas ruins podem ser boas?

Minha vida não era ruim, não era mesmo, sempre tive tudo o que quis e com certeza isso me deixou arrogante, convencido talvez um pouco esnobe até; minha família é francesa, a maior parte pelo menos, e não é o que se diga de uma família perfeita, meus pais se divorciaram há alguns meses, eu acho que são cerca de dois e não tenho idéia do motivo, os dois nunca disseram a meus parentes maternos que eu existia isso até mais ou menos sete meses quando meus pais tiveram uma discussão seria e eles mudaram muito e por causa do descontrole enquanto minha mãe conversava com meu avô materno pela internet já que toda família de minha mãe esta na França, minha família francesa acabou descobrindo, então eu acho que já esperava por algo do gênero, então se suportaram por mais ou menos cinco meses e depois caiu a bomba. Isso foi só o inicio de uma pancada de problemas, como por exemplo, minha guarda, além claro da divisão de bens, apesar de que meu pai disse que não quer nada e que tudo que tem ali é meu e de minha mãe.

Jonathan, meu pai, sempre foi uma pessoa seria, grossa, meio impaciente, mas isso nunca prejudicou nosso relacionamento pai e filho. Minha mãe Jeanne Mary Dolavich também era seria, a típica mulher de negócios e me amava muito apesar de que para a maioria das pessoas não parece, às vezes até eu me pergunto se isso é mesmo verdade. Eu nunca a abandonaria...

Tudo começou a mudar quando quase todo o divorcio estava resolvido e minha guarda também estava no mesmo caminho, mas ai minha mãe disse que assim que eu fizesse treze anos iríamos para França, acho que ela queria cortar toda relação com meu pai.

Eu protestei quanto a isso, perguntei a ela como seria minha vida com meu pai... Ela disse que não ia impedir-me de velo e que nosso relacionamento não iria mudar, ela prometeu, eu acreditei, não quis protestar, Jeanne era uma mulher de palavra e nunca descumpriria uma promessa.

Foi assim durante alguns dias depois que meu pai voltou para sua casa, talvez eles já planejassem bem antes se divorciar já que Jonathan comprou uma casa pouco tempo depois da briga.

Minha vida era tão confusa...