Mil segurou a cabeça de Félix permitindo-lhe chorar. Ficaram assim por horas ou talvez minutos. Não saberiam dizer. Nem queriam.

― Obrigado ― Félix sussurrou, de repente. Mil notou um recém-chegado brilho sutil em seus olhos. ― N-não v-você, mãe… Você, de verdade. Acho que ― ele riu, surpreso. ― pode ter salvado minha vida.

Mil encarou os crepins de Félix.

― Não tenho uma vida realmente minha, apenas habito fragmentos de vidas alheias através de emoções, então não consegui vê-lo… esqueça, não vou chateá-lo com lamúrias.

― Não. Eu quero ouvir, porém… talvez devesse fazer isso como você mesmo.