Num golpe voraz, Mil voltou ao velho quarto. O cliente, alheio a tudo.

No espelho, Mil fitou uma linda mulher num leve vestido branco; já em seus cinquenta e poucos, possuía cabelos nevados, doces olhos azuis e rugas sutis. Mil encarou-a com encanto, quase esqueceu-se do que fazia.

Olhando para o homem, notou não ter adquirido nada a respeito da mulher, exceto aparência. Normalmente, poderia dirimir utilizando o elo mental, porém, a dor continuava fresca na memória. Não, teria de usar sua própria experiência.

Mil tirou-lhe a venda. Um par de olhos dourados olharam em sua direção e arregalaram-se copiosamente.