Mentora Russa
De volta para a base.
Levantou-se e saiu da sala em direção ao refeitório.sobre quem iria fazer "o quê", quantas músicas iriam tocar. Helena era a primeira guitarrista da banda. O segundo era Luke. Mas, neste baile ela pediu pra não tocar. Lena, depois de pegar seu lanche, sentou-se numa mesa, sozinha. Suas amigas estavam conversando com Cory, presidente do Grêmio estudantil líder da banda do colégio. Combinavam-se
Mas nada disso importa (agora). Recapitulando, depois de pousar a bandeja na mesa, pegou o celular e ligou para Coulson, usando o número da última mensagem recebida.
– Alô. - Coulson atendeu.
– Oi, Coulson, é a... agente Carter. - ela se sentiu um pouco esquisita ao falar "agente".
– Eu sei. Vi seu número. - ele respondeu em tom gentil. - Algum problema, senhorita?
– Bom... Será ( se não for incomodar), que não poderíamos nos encontrar na biblioteca aqui perto? - ela pediu.
– Posso saber porquê? - ele perguntou.
– Eu falei à minha mãe que iria para a biblioteca, então...
– Então, como não quer mentir pra sua mãe, quer que nos encontremos lá.- ele completou.
– Exatamente. - ela confirmou. - Pode ser?
– Me encontre na sessão de mistério. Sairemos pelos fundos, pra ninguém conhecido ver vocês.
– Obrigada.
– Nos vemos depois. Tchau. - ele desligou.
Ela guardou o celular no bolso.
– Posso me sentar?
Ela virou-se e viu Ben de pé com uma bandeja nas mãos. Ela deu de ombros. Ele se sentou de frente pra ela.
– Quem era no telefone? - ele perguntou tomando um gole do seu leite.
– Era a sua mãe. Falou que se não parar de ser chato, vai vir de sabe-se lá onde, e vai te dar os cascudos que não pode dar sua vida toda.- Lena respondeu irônica. Ben olhou pra baixo.
– Desculpe. Exagerei. - ele pediu olhando nos olhos dela.
– Tá bom. - ela deu de ombros.
– Não, sério! Eu fui muito...
– Ben! - ela o interrompeu. - Tá tudo bem.” Águas passadas não movem moinhos", lembra? Já passou. Deixa quieto.
– Valeu. - ele sorriu. Ela deu um pequeno sorriso de volta. - Era o Coulson,né?
– Era. Vai nos encontrar na biblioteca. - ela respondeu.
...
– Onde ele marcou de nos encontrar, mesmo? - Ben perguntou enquanto caminhavam pela biblioteca.
– Na sessão de mistério. - ela respondeu passando pela sessão de romance.
– É um tanto irônico. - ele riu. - Mas, quem que vai à sessão de mistério ?
– É por isso que ele escolheu essa sessão. Porque não tem nenhum movimento por lá. Sabe, as pessoas de hoje, não curtem muito os livros de Sherlock Holmes. - Lena falou enquanto se aproximavam da primeira prateleira com livros de mistério. Ela viu, sentado numa mesa lá no fundo, Coulson lendo
O Caso da Senhorita Canhota
Ela se aproximou. Ben estático, era puxado por ela.
– Livro interessante. Como queria que nossas missões de investigação fossem fáceis e simples como esses livros aparentam. - Coulson comentou fechando o livro. Lena pousou as mãos na mesa. E sorriu.
– Então mate essa charada: O que tem em comum entre mim, e a moça? - ela perguntou. Coulson pensou um pouco. Olhou para a capa, e para as mãos de Lena sobre a mesa. Sorriu.
– As duas são canhotas. - ele a olhou nos olhos. Ela sorriu, o que confirmou a resposta. Ele olhou para Ben, que ainda estava estático. - Você deve ser o sr Keys, eu suponho.
– Sou. - ele sussurrou.
– Então vamos. - Coulson se levantou e estendeu-lhe a mão. - Philip Coulson.
– Eu sei. - Ben falou apertando a mão do veterano. Coulson sorriu e soltou a mão do garoto que permaneceu parado na mesma posição boquiaberto. Coulson seguiu por uma porta no fim da sessão. Lena abaixou a mão de Bem que ainda estava erguida e o puxou porta a fora seguindo o homem de terno e gravata.
– Eles estão aqui. Traga o carro. – Coulson falou pelo comunicador. Virou-se para Ben e Lena. – Como vai sua amiga?
– Quem? A Chris? – Lena perguntou. Coulson acenou com a cabeça. – Vai bem. Não graças a vocês.
– Desculpe. – Coulson pediu. Seu tom era sincero. Lena o fitou.
– Tá, vou pensar no seu caso. – ela falou. Coulson deu um pequeno sorriso. Um carro estacionou ao lado da calçada. Todos entraram.
Já chegavam na pista de pouso, quando Lena perguntou:
– O treinamento vai ser no quartel?
– Vai. O chefe quer ver de perto como você se sai no primeiro dia de treinamento com a agente Romanoff. – Coulson respondeu.
– Quer ver como “eu” me saio no treinamento com ela, ou como “ela” se sai treinando uma adolescente? – ela perguntou. Coulson não respondeu, apenas deu um pequeno sorriso. – Vai ver junto?
– Não, tenho uns assuntos que precisam ser tratados no Novo México. Eu só vim pra trazer vocês.- Coulson respondeu calmamente enquanto o motorista estacionava o carro na pista de pouso. Todos desceram. Situell os esperava na porta do jato. - Agente Situell. – Coulson cumprimentou enquanto eles se aproximavam.- Este é Benjamin Keys.
– Muito prazer, sr Keys.- o aeroporto de mosquitos estendeu-lhe a mão, Ben apertou sorrindo. Lena revirou os olhos.
– Se lembra da agente Carter ? – Phil perguntou.
– Como esquecer a pest... agente novata? – ele indagou. Lena espreitou os olhos enquanto todos entravam.
Já a caminho pra Washington...
– Então ... como são tratados os hackers? – Bem perguntou para Phil que estava sentado de frente para ele ao lado de Lena.
– Acho que a resposta para sua pergunta seria melhor dada pela sua mentora. – Coulson sorriu.
– Minha... mentora? – Ben indagou.- Quem ?
– Você vai descobrir. Mas respondendo à primeira; os gênios recebem tratamento especial.- Coulson falou sorrindo, e olhou para Lena que deu de ombros rindo da cara que o amigo fazia ao pensar em que tipo de tratamento especial receberia.
– Senhor, o diretor Fury deseja falar com o senhor. – Situell falou de uma porta do corredor que dava para a cabine do piloto.
– Com licença. – Phil pediu se levantando. Situell deu-lhe passagem, e Coulson desapareceu no corredor. Lena se levantou e Situell entrou no corredor.Ela o seguiu fechando a porta. Ela o imprensou contra a parede.
– Quantos vocês são? Me conta, agora! – ela segurou-lhe pelo colarinho.
– Eu não sei do que você está falando.- ele falou baixo.
– Então por que está sussurrando? – ela perguntou. Ele não respondeu. – Miserável traidor! – ela o apertou ainda mais contra a parede de forma que o deixou na ponta dos pés.
– É melhor tomar cuidado com o linguajar! Você não passa de uma novata! Uma criança que não sabe do que fala! – ele falou segurando os pulsos dela.
– Olha, eu posso não saber como derrubar um capanga, mas sei dar um bom soco em palermas.- ela retrucou serrando os dentes. – Seja lá pra quem você trabalha, não vão estar aqui pra te proteger pra sempre. Vocês vão se revelar, eu sei disso. Mas não terão tempo pra ficar te protegendo. E quando esse dia chegar, eu sugiro que abra bem esses quatro olhos. Porque eu vou tar na sua cola.
– Olha aqui, é melhor ficar fora disso. Ou vai se arrepender. Seu futuro já foi selado no momento em que decidiu aceitar o emprego. Eu posso tornar mais doloroso, portanto, se sabe oque é bom pra você, é melhor ficar fora do meu aminho. – Situell ameaçou tentando parecer o mais convincente possível.
– Isso é o que veremos, seu aeroporto de mosquitos, traidor! – ela falou.
– É uma ameaça? – ele perguntou.
– Depende do ponto de vista. – ela falou com um sorriso ameaçador no lábios.
– Situell, preciso de você na cabine do... – Coulson falou se aproximando. – Mas o quê é isso?
Lena o soltou.
– Nada, chefe. A agente Carter só estava me contando o quanto está ansiosa pro treinamento. – ele sorriu espalhando a franja de Lena soltando um : Essas crianças de hoje..., e saiu entrando na cabine do piloto. Coulson a olhou desconfiado, e ela deu-lhe um sorriso de quem apronta. Ele riu.
– Chegamos, novata.
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