Melly, A Princesa Camaleão

A volta de Ricardio: parte 2


P. O. V Jujuba

Eu fiquei desesperada! A Melly estava na beira da morte!

Se não fosse pela Kitan, ela já era!

Num gesto de rapidez, ela colocou o bico por baixo da Melly, Já que ela tinha um bico fino e grande, e conseguiu pegá-la por um triz! Ela puxou a Melly para o outro lado novamente e elas tentaram pensar em alguma coisa.

Lady então teve uma ideia: Ela voltou até o outro lado e pegou Melly também. Então levou ela ao outro lado. Só ficou a Kitan, que estava em um problema: Ela era muito alta, e só voava com as asas. Melly que estava iluminada iluminou aquele lado e ficou mais fácil o enxergar.

– Gente, tem uma alavanca aqui! – Ela falou e puxou a tal alavanca. Aquilo abaixou os espinhos e Kitan pode passar normalmente.

Aquele lado era pequeno, mas tinha uma porta, onde ao lado estava localizada a alavanca. Passamos pela porta e vimos um corredor.

P. O. V Princesa Camaleão

O corredor era tranquilo. Lady e Kitan quase começaram a passar, mas eu e a PJ as impedimos. Aquele local não me parecia um lugar seguro.

A jujuba pegou espécies de óculos vermelhos de uma mochila dela (que eu podia jurar que não estava ali antes) e deu para nós três, um ficou com ela. Quando os colocamos, pudemos ver lasers, que ao invés de serem aqueles que se passamos entre eles ativa algum tipo de alarme, eram lasers mortais, que cortavam tudo que passasse entre eles. E adivinha quem tinha que passar por esses Lasers? Parabéns, você acertou! Eu mesma.

Era uma combinação complexa de lasers. Primeiro, tive que passar por baixo de um lazer, depois eu tive que dar um pulo extra ninja pra conseguir passar no meio de... Ah, vou pular essa parte. Ninguém quer saber como eu passei de vários lasers letais sem morrer. Enfim, no fim da sala tinha uma pequena placa de metal presa a o que parecia ser uma parede. Removi ela com pouca dificuldade e dentro tinha um fiação. Arranquei tudo com minhas garras. Que foi? Não sabia que camaleões tinham garras? Melly também e cultura queridos!

Bem, quando eu arranquei as fiações, os lasers desapareceram. Isso era muito previsível. O Ricardio não estava muito criativo...

Enfim, passamos por outra porta e tiramos os óculos. Pensei que eu veria uma sala enorme com varias armadilhas e coisas estanhas, mas... Fora a parte da sala gigante, que eu acertei, não tinha... Nada! Meu sentido dizia que estava tudo bem, que eu podia seguir em frente e entrar na porta do outro lado, mas é simplesmente óbvio que eu não confiaria no meu sentido. Só se eu estivesse pensando em morrer, ou... Sei lá.

Peguei a mochila da Jujuba e fui dar uma olhada para ver se eu encontrava alguma espécie de binóculo. Essa garota é preparada!

Do outro lado da porta, tinha um salão com vários bichos e trecos que pareciam que iam nos matar em segundos. Só em sonho pro meu sentido estar certo.

– Melly, o que você viu? – Kitan falou.

– Um monte de bichos estranhos. Sinto que em algum lugar aqui tem outra saída. - Óbvio que o meu sentido estava falando o contrário.

– Como vamos passar? – Ela perguntou preocupada.

– Eu tenho uma ideia. Mas pra isso você precisa ficar voando perto.

– Qual é o plano?

– Eu vou subir as paredes e procurar por algum “piso” diferente. Provavelmente esta será a saída. – Falei confiante.

– Belo plano! Ok, vou voar por perto, se você escorregar, eu te pego.

– Exatamente isso!

Comecei a subir. Andei por um lado, andei pelo outro, escorreguei umas dez vezes, e achei uma passagem de ar. Chamei todos e entramos pela passagem. Demos varias voltas, subimos, descemos e chegamos onde os três estavam, desacordados. A Jujuba me contou que da ultima vez, Ricardio fez um corpo para ele, mas era um corpo bem vulnerável.

Dessa vez foi uma coisa muito, MUITO perturbadora: Ele fez um corpo a partir de uma das minhas peles. Ele pôs uma pele artificial e sei lá o que em baixo, mas colou escamas por cima. Aquele coração deve ser controlado pelos sentimentos do rei gelado. Eu estou com medo, com nojo e com desgosto.

Ele já ia chegando para provavelmente dar outro nó na Lady (a Jujuba me contou tudo.) Mas eu chutei a cara dele.

– Que palhaçada e essa? Fazendo corpos com a minha pele? – Falei enquanto fazia sinal para as duas “gringas” se afastarem por segurança.

– Bom, estou mostrando para as duas como sou inteligente e esperto. – Ele falou com uma cara de tarado.

– Ai minha nossa, essa sua cara me conquistou tanto que vou até quebrar essa tua costela artificial! – Falei com as mãos para o alto mas não cumpri a segunda parte. Por enquanto.

– Que tal se as duas lutarem por mim? Quem ganhar vira minha princesa.

– Que tal lutarmos contra você? Aí nós podemos quebrar esse seu corpo artificial fajuto! – A jujuba falou depois de parecer ter calculado a hipotenusa enquanto eu o respondia antes.

– Tudo bem. Se perderem, viram minhas princesas.

– Negócio fechado. – Falei confiante. – Você nem vai ver de onde surgiu o golpe. MUAH HÁ HÁ HÁ HÁ! – Tentei dar medo nele com a risada, não colou.

Começamos a luta e eu fiquei invisível. Não foi muito esperto, por que eu ainda estava brilhando. Vi que ali estava claro e tirei o bracelete. Comecei o arranhando nas costas e dando um chute onde a cara dele fica. A PJ foi arrancando a pele dele, fiz o mesmo. Aquilo já tinha me perturbado o suficiente.

Ele então socou a Jujuba a fazendo escorregar até a parede e ate dando uma batida com a cabeça de leve nela. Vi aquilo e fiquei vermelha de raiva, Literalmente.

Aí eu comecei a apelar! Eu subi naquele troço meio destruído que ele chamava de corpo e consegui fazê-lo cair. Fiquei lá socando a cara dele e pulando em cima dele. Ele ficou bem fraco.

Então, arranquei os membros dele e peguei aquele coração murcho depois. Fiz uma cara de pena pra ele, acordei a Jujuba, pegamos o Finn, o Jake e o Rei Gelado e montamos nas nossas “gringas” para sairmos dali.

Quando chegamos fora da caverna, olhei pra a cara dele com cara de pena, segurei ele com uma mão só no bracinho, o soltei e chutei ele no ar.