Cassandra

Aquele foi definitivamente o pior momento da minha vida, eu estava indo encontrar meu irmão para dar a ótima noticia do teste de Jason, mas acabou se transformando em uma luta contra monstros e quando achei que tinha acabado percebi que estava para morrer, mas fui salva, infelizmente salva por Gilan que não sobreviveu ao golpe que levou no
me lugar e foi horrível assistir a tudo isso bem na frente dele.

Foi tudo tão rápido eu estava lá praticamente já levando o golpe quando do nada Gilan estava se jogando por cima de mim e me derrubando para me salvar, mas assim levando aquele golpe que amassou a armadura e o fez cuspir sangue em meu rosto, depois que o ciclope caiu eu coloquei a cabeça de Gilan em meu colo e tentei falar com ele que quase engasgando com o sangue pegou uma adaga do mesmo
tamanho da minha anterior ainda na bainha que antes estava presa em sua cintura me entregou e falou:

– Irmã esta adaga representa os nossos antepassados cuide dela e use-a com cuidado eu só devia ter te entregado ela quando você completasse 15 anos, mas parece que vou ter que entregar antes não
é mesmo?- disse ele dando um leve sorriso.

– Gilan, por favor, não vá - eu disse chorando. – não vá!

– desculpa Cassie – disse ele tossindo – adeus.

Então ele fechou os olhos e me deixou segurando aquela adaga com tanta força que poderia quebrar se fosse um braço. Então Will chegou e se ajoelhou, examinou o pulso de Gilan e comprovou o que eu já sabia. Meu irmão estava morto. Logo depois Jason chegou e ficamos lá em silencio até começar a ficar meio escuro então levamos o corpo de meu irmão de volta para a cidade. Will disse que cuidaria de tudo quanto ao corpo de Gilan e saiu me deixando sozinha com Jason que tentou me consolar enquanto me acompanhava até em casa (a casa de Alyss) eu
fico calada até chegar lá e a única coisa que consigo dizer é tchau.

Depois de tomar um banho para tirar os resquícios de sangue seco de meu corpo eu me deitei e fiquei parada ainda sem conseguir acreditar no que aconteceu hoje a parte boa de ser a única aprendiza de ladina é o fato de ter privacidade quando sua mestra está em missão, só então pensei em olhar para a adaga que recebi de meu irmão quando a retirei da bainha percebi que ela parecia ter um brilho próprio a lamina era dourada, me perguntei se seria mesmo ouro na cruzeta de ferro havia de um lado feito de um metal que pensei ser prata a figura de uma coruja e do outro um pombo.

Fiquei olhando meu reflexo na lamina meus cabelos longos e castanhos bagunçados e meus olhos cinza que agora estavam inchados de tanto chorar enquanto olhava a minha própria imagem na lamina comecei a chorar novamente embainhei a adaga e enterrei meu rosto no travesseiro de penas tentando sem sucesso dormir.

Percy

Depois de desmaiar eu não tive sonho nenhum e quando acordei eu estava em uma cama coberto e ainda usando a minha toga grega parcialmente rasgada então vi que naquele pequeno e mal iluminado quarto havia uma cadeira onde tinham roupas feitas de pele e couro. Levantei-me e vesti aquelas roupas então sai silenciosamente do quarto por uma pequena porta no teto e quando sai vi o navio onde caí, mas agora era de noite. E me aproximei do homem que me levantou antes
e que estava gritando ordens para os homens que estavam remando, então ele disse que queria conversar comigo e deixou outro homem cuidando dos remadores, então abriu uma porta que levava a uma sala reservada com três cadeiras se sentou em uma e fez um sinal para que eu me sentasse e eu o fiz.

-então garoto quem é você?- ele perguntou.

Então eu respondi: Perseu um semideus. Em grego antigo e ele levantou uma sobrancelha, e só então percebi que até agora ele falava comigo em um idioma que era falado na Escandinávia, em Araluen e em alguns outros países então decidi responder no mesmo idioma: -Sou um semideus

-Um o que?

-Sou filho de um deus com uma mortal- eu disse- mais especificamente do deus dos mares.

–Njord? -perguntou ele – não imaginei que...

– Njord não, Poseidon

Então o capitão deu uma gargalhada tão alta que que meus ouvidos chegaram a doer.

–então você acredita nos gregos –disse ele entre um ataque de risos e outro- essa religião está morta há muito tempo garoto, nem imaginava que alguém ainda fosse fiel a ela.

– como assim há muito tempo? –perguntei

– hum pelo jeito você estava congelado a muito tempo- disse ele – para você ter ideia estamos no ano 643 da era cristã que é uma religião que se formou muitos anos depois da grega.

Eu fiquei paralisado e só então me lembrei do que aconteceu na minha ultima missão e enquanto me lembrava, provavelmente fiquei parado olhando para o nada porque o homem que estava a minha
frente teve que me estalar os dedos algumas vezes para me tirar de meu estado paralisado.
Então balancei a cabeça e olhei para ele que estava me perguntando como eu tinha ido parar dentro daquela geleira e eu comecei a contar sobre a minha ultima e fracassada missão.