Ficamos em silêncio. Sem saber como começar. É como se não soubéssemos conversar. É estranho, confuso, nauseante. Estou ficando tonta de tanto segurar meu ar. Scorpius apertou tanto as próprias mãos que seus dedos estão vermelhos.

O ar que saí dos nossos pulmões é igual uma zupa. Ou uma banda formada somente de baterias.

— Eu li a carta. – Finalmente ele fala.

— Aquela carta nem era para ter sido entregue.- Respiro fundo.

— Por que? – Sua voz é indecifrável. – É mentira o que estava escrito?

— Não! É verdade tudo que está lá.

Já que chegamos até aqui. Vamos até o fim.