1

E Thomas agora observava o por do sol e seu reflexo distorcido no oceano. As águas estavam calmas, diferente da mente de Thomas. Um turbilhão de pensamentos ameaçava invadir sua cabeça, porém, ele os afastou mais uma vez. Sentia o calor de Brenda abraçada ali com ele e pensava em tudo o que passaram. Os custos para terem chegado até ali.

Isso fez uma onde tristeza domina-lo. Jamais esqueceria os amigos que perdera: Os melhores. Eles se foram. De maneiras trágicas.

Sentia-se afetado por essas lembranças. A culpa e a ansiedade de afastar seus sentimentos se misturavam e geravam um conflito, de querer evitar pensar em tudo mas se sentir culpado por evitar. Tudo isso transbordou em uma lágrima que escorreu pelo rosto de Thomas. Suspirou baixo, tentando não fazer com que Brenda percebesse a tristeza que sentia naquele momento, mas ela se mexeu assim que sentiu a lágrima tocar sua cabeça. Soltando-se dos braços de Thomas, perguntou:

—O que há de errado Tom?—Embora já soubesse o que se passava, parecia disposta a consolá-lo de qualquer maneira—Quer me contar?

—Nada... Prefiro não pensar em nada agora.

Então se olharam. Ele podia ver a angústia nos olhos dela, apesar do sorriso que expressava para reconfortá-lo. Thomas retribuiu, puxou-a para junto dele e a beijou. Depois disso, ela recostou sua cabeça no ombro dele e ele sobrepôs a sua sobre a dela, enquanto os dois observavam a despedida do sol.

Ficaram ali sentados até que Thomas, lentamente se levantou ao ouvir Minho o chamar:

—Thomas — falou Minho ofegante, enquanto se aproximava. Ele estava vindo as presas de uma espécie de clareira que haviam encontrado em meio a floresta ali próxima. O lugar era um pouco distante de onde estavam Thomas e Brenda, portanto, já era de se esperar que Minho chegasse exausto — Precisamos... nos organizar... Está anoitecendo...

Então parou ao topo do pequeno monte, fez uma pequena pausa para retomar o fôlego e continuou:

—Precisamos nos abrigar. Não é porque tudo esta mais calmo que podemos baixar a guarda... Você sabe... Vamos lá. Você pode aprender a beijar depois cara.

Thomas riu. Olhou para Brenda, que sorria também e depois tornou a olhar para Minho:

— Você não consegue ficar longe de mim, não é?

Brenda se levantou, segurando a mão de Thomas e desceram os três a caminho da floresta.