Mas Eu Não Me Importo.
XIV - Capítulo Final
Roberto virou o frasco de veneno no copo da direita (N/a : POR FAVOR PRESTEM MUITA ATENÇÃO: D-I-R-E-I-T-A).O efeito seria rápido, a morte da garota também. A campainha tocou, seu filho havia chegado.Filho, era estranho chamá-lo desse jeito.
Com os casacos pendurados, Roberto deu início ao jantar.
– Tragam as bebidas – ele exclamou com sua voz imperiosa.
E foi o que as criadas fizeram. Um por um, elas foram oferecendo os drinks aos convidados.
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Quando as moças trouxeram as bebidas, optei pelo copo da esquerda, que ficava em baixo do que Tom havia escolhido. A sra. Lane optou pelo copo ao lado de Tom. ( N/A pra facilitar olhem isso). O Sr.Lane então pegou o copo que restava, distraído. Foi então que vi a cena mais horrível de minha vida. O corpo do Sr. Lane caiu para frente assim que seus lábios encostaram no líquido. Eu não pude fazer nada, além de arregalar os olhos e olhar para o cadáver, pasma. Virei minha cabeça da direção de Tom, mas não haviam lágrimas em seus olhos, na verdade, ele não tinha expressão alguma. Aproximei-me dele para perguntar se ele estava bem, porém uma faca voou em meu ombro me derrubando no chão. Eu só pude gritar, nunca tinha sentido tanta dor, podia sentir a faca por dentro da minha pele.
– VOCÊ DESTRUIU A MINHA FAMÍLIA! O MEU MARIDO ESTÁ MORTO POR SUA CAUSA AGORA! – ouvi a mãe dele gritar.
– VOCÊ É COMPLETAMENTE LOUCA! PODIA TER MATADO ELA! – era a voz de Tom agora.
Então, ele se virou para mim.
– Você tá bem? – os olhos deles tinham uma preocupação que eu nunca havia visto.
– T-t-t-o ótima – menti, sentindo as lágrimas escorrem dos meus olhos enquanto tirava a faca do braço.
Então ele me pegou no colo, e quando eu imaginei que fosse sair daquele pesadelo, um homem saiu correndo por dentro dos corredores da sala e derrubou Tom, fazendo eu cair também. O homem agora segurava os braços de Tom, impedindo-o de se movimentar. Não era qualquer homem. Era o Gabriel.
– G-g-g-abriel?
Eu não obtive resposta, só vi a Sra. Lane vindo em minha direção com uma faca em mãos. Tom gritava palavrões desesperadamente
– Agora você vai morrer. – ela disse num tom de voz sinistro
– Você prometeu que não machucaria ela –disse Gabriel
E dito isso, soltou Tom, e partiu para cima de Cristiane. O meu namorado veio correndo em minha direção, e eu só conseguia chorar.
– Eu vou ligar para a polícia. – ele disse
– Não, sua mãe, não quero que ela seja presa.
–Jura? Eu quero, ela já tinha que ter sido presa há muito tempo.
Ele foi até o telefone e eu ouvi um grito. Era o Gabriel. Ela o matara. Ele tinha salvado minha vida, apesar de tudo. E agora, morto. Ouvi as sirenes da polícia e rastejei na direção de Tom, “Me abraça?” sussurrei entre as lágrimas, “e não solta, nunca mais”. E foi o que ele fez, me senti totalmente protegida ao redor de sues braços. “Eu te amo” ele sussurrou. Fomos interrompidos por uma policial familiar, aquela Susana, ele já havia me interrogado.
– Vocês precisam me acompanhar até a delegacia, lá você – dessa vez ela se dirigia apenas para mim – receberá os cuidados médicos necessários.
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–Ela confessou – nos informou a policial
– E eu achando que eles haviam mudado – resmungou Tom
– E o que o Gabriel tinha a ver com tudo isso?
– Ele era matador de aluguel, ele matou o taxista e tentou matar o Paulo. Ele era obcecado por você, achava que estava te protegendo.
– E porque ela queria me matar?
– Você realmente não lembra, não é?
– Não lembro do que? – eu disse, mas me arrependi depois de perceber como a minha frase soara ingênua.
– Na noite em que os seus pais morreram, o motorista do caminhão, transportava drogas para o Sr. Lane. E o Sr. Lane então, concluiu que você se lembrava disso.
– Eu preciso dar alguns telefonas – informei.
Cheguei ao telefone e disquei um número que eu sabia de cor.
– Fê?
– Você tá me ligando mais cedo do que esperava.
– Eu to na delegacia Fê, vem aqui eu preciso do você.
– O QUE ACONTECEU? VOCÊ TÁ BEM?
– Tô, só vem aqui.
Então, disquei outro que eu acabara decorando.
– Mike? Você pode vir aqui? O Tom tá precisando de um amigo agora.
Quando voltei a sala onde os dois estavam, Tom estava falando:
– E aquela encenação foi para que eles pudessem matá-la? O copo envenenado, era para ela? – perguntou ele
– Você entendeu.
– E a Cristiane? – ele disse como se tivesse nojo do nome dela
– Sua mãe confessou, ela provavelmente será presa. Mas como filho, você pode ir visitá-la.
–Ela não é minha mãe, e portanto eu não sou seu filho.
– Você pode nos dar um momento? – me dirigi a policial
– Claro- ela enfim nos deixou sozinhos
Eu juntei as cadeiras e deixei que ele apoiasse a cabeça no meu colo.
– Você tá bem, amor?
–É claro, você que esta machucada, porque eu não estaria bem?
– Eles eram seus pais, amor
– Meu amor – eu gostei do efeito que o meu tinha antes da palavra- Eu parei de confiar nos meus pais, há muito tempo atrás, eu não devia ter sido burro. Você me desculpa?
– Você não tem motivos pra se desculpar, mas continua falando.
– Eu parei de gostar do meu pai, aos nove anos. Meus pais costumavam discutir muito, sabe? E eu ficava abraçado com o meu cachorro, Nox, enquanto isso. Eu nunca vou me esquecer do dia em que meu pai percebeu que os latidos de Nox junto com seus gritos e de minha mãe formavam um som insuportável. Então ele bateu a cabeça do meu cachorrinho na parede, até ele morrer.
Lágrimas se formaram no meu rosto quando eu ouvi aquilo, então aproximei meu rosto do seu e disse três palavras:
– Eu te amo.
Eu estava prestes a beijá-lo, quando ouvi barulhos vindo da recepção da delegacia.
– OLHA AQUI, NINGUÉM ME CONTA O QUE ESTÁ ACONTECENDO, E EU COMO CIDADÃ DESSE PAÍS TENHO TODO O DIREITO DE SABER. AGORA VOCÊ MÊ DE LICENÇA, QUE EU TENHO QUE ENCONTRAR A MINHA PRIMA.
E uma voz masculina:
– VAI SE FUDER TODOS VOCÊS, SEUS POLICIAS DE MERDA! EU QUERO SABER A MERDA QUE TÁ ACONTENDO AQUI! EU TENHO UM AMIGO E PRECISO FALAR COM ELE, PORRA! POLÍTICA DO QUE? NÃO ME INTERRESA A SUA POLÍTICA DE CADAS... CADRES... CADASTRAMENTO! DEIXA EU ENTRAR NESSA BOSTA LOGO.
– Hum, acho que a gente tá causando tumultos na delegacia...
– Acho melhor a gente ir lá.
Quando chegamos na recepção, Fê correu pra me abraçar,e ao notar o sangue, pirou.
– O que aconteceu, porque você tá sangrando?
Depois de um tempo observando a cena, Mike pensou muito e disse:
– Porque você ficou menstruada pelo braço?
Fernanda olhou para ele como se ele fosse retardado. Eu e Tom começamos rir. Mike parecia não entender porque ríamos.
– Eu não fiquei menstruada pelo braço, isso eu posso te garantir.
Depois de explicar tudo que havia acontecido, fomos todos pra casa.
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3 anos depois
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Acordei com a cabeça apoiada em seu peito, naquela tatuagem que eu conhecia tão bem. Eu fiz um barulho com a boca e ele puxou pra mais perto. Então o telefone do hotel tocou. Eu atendi, sonolenta.
私はあなたはあまり好き世界で最高のバンドです!あなたは私の人生です!私は泣くよ!- disse a voz do telefone.
–É, tudo isso pra você também. – respondi
Acabou que a nossa banda tinha ido pra frente, estávamos agora em uma turnê, ontem fora o último show, em Tóquio e agora iríamos para casa, pra formatura da Fê.
– Cadê o Nox? – perguntei
Nox era o nosso Lulu da Pomerânia, ele era pequeno, então eu pegava ele no colo e levava pra qualquer lugar com a gente.
– Na cama dele. Quem era no telefone?
– Eu não sei, não entendi nada.
– Ai, amor só você mesmo, viu?
– Eu sou única. – disse ironizando
– Ah, eu tenho uma coisinha pra você.
Ele saiu do closet com uma caixa da Victoria's Secret. Eu abri e encontrei um conjunto de lingerie de renda, preta.
– Porque eu tenho a impressão e que esse presente é mais pra você do que pra mim?
– Ah, isso eu não sei. – ele disse irônico
Então me pegou pela base da coluna e me deitou na cama, encaixando-se logo em cima e me beijando conforme tentava tirar a camiseta dele de mim. Quando ele conseguiu tirá-la, eu estava de lingerie ele de samba-canção, e então abriram a porta.
– Eu peguei a chave com a camareira e ... – disse Mike – EU DEVO TER ALGUM PROBLEMA, NÃO É POSSIVEL, EU SEMPRE FLAGRO VOCÊS TRANSANDO.
– A gente não tava transando – disse envergonhada.
– AINDA! – Mike completou – Casal da felicidade, temos um avião pra pegar, então se vocês quiserem deixar o sexo pra depois seria bem legal.
Nox então correu na direção de Mike, que o pegou no colo.
– Vem Nox, você não precisa ver essa putaria.
– Primeiro ele interrompe a felicidade que eu estava porque a gente ia transar, agora ele rouba o meu cachorro. – disse Tom.
Eu comecei a rir.
– Vai, se troca ex- dono do Nox, temos um avião pra pegar.
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Quando chegamos no nosso apartamento, ele me surpreendeu.
– Amor, quero te levar pra um lugar.
–Tudo bem então.
Ao chegarmos no terraço daquele prédio onde havíamos dançados juntos pela primeira vez, ele se ajoelhou, mostrou a mim uma aliança linda e perguntou.
– Casa comigo?
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