Quando encontrei Tom, ele estava no telefone.

- Que bom que você entendeu.

E um pouco depois.

- Vou levar ela comigo.

Ela? Senti uma pontada de ciúmes, quem era ela?

- Amor? – ele disse com um sorriso de orelha a orelha

Eu gostei como ele me chamou daquilo, acho que agora eu tinha um namorado, sim.

- Oi?

- Você vai fazer alguma coisa hoje á noite?

- Não.

- Nós vamos sair pra jantar.

- Quando?

-Hoje.

- Quem era no telefone?

- Meu pai.

- O Mike me disse que vocês eram brigados

- Ele finalmente entendeu que eu não sou igual a ele, me chamou pra jantar e pediu pra eu te levar.

- Me levar?

- É, ele sabe que a gente tá junto.

- Que bom, meu amor. – chamei ele de amor.

Ele sorriu.

- Temos um ensaio pra continuar.

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- Ele vem. – disse Roberto pra sua esposa.

- E ela?

- Também.

- Você vai fazer como?

- Envenená-la.

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Chegamos no nosso galpão de ensaios novamente.

- Olá, criminosa. – disse Mike

Eu o repreendi com o olhar. Soltei então a mão de Tom e me sentei encostada na parede, ele se deitou em meu colo e eu comecei a brincar com o cabelo dele, dessa vez me certifiquei que ninguém iria entrar pela porta.

- Vamos jogar “eu nunca”?- sugeriu Mike

- Como é isso? – perguntei

- Tipo – ele tirou uma caixa do armário, com centenas de copinhos tipo shots, enfileirados dez em dez, ele tirou cinco fileiras. – cada um recebe dez copos.

- Eu vou pegar a tequila – interrompeu Rique.

- E cada um fala uma coisa que nunca fez, e as pessoas que já fizeram, viram o shot – ele continuou – e quem tomar menos tequila, ganha, entendeu?

- Entendi.

Tentei me levantar, mas aí lembrei do Tom no meu colo, ele estava dormindo.

- Acorda, amor – disse dando um beijo no nariz dele.

Ele retribuiu com um beijo em minha boca.

- Ah, não mano – disse Mike- vocês tinham prometido que iam arranjar um motel.

Então nos sentamos em roda.

- Eu nunca senti tesão por uma pessoa do mesmo sexo. – começou Mike.

Ninguém bebeu.

- Eu nunca fiz um boquete. – disse Rique.

Eu virei o primeiro copinho e senti o álcool, quente entrando nas minhas veias.

- Eu nunca fiz xixi de pé – eu disse – Também sei trapacear.

Todos beberam, exceto eu.

- Eu nunca cheirei cocaína – disse Daniel

Eu e Mike bebemos.

- Eu nunca fiz um striptease. – disse Tom soltando uma risada pelo nariz.

- AH, QUE BOM CARA! – disse Mike

E os outros começaram a rir, enquanto isso eu bebi discretamente.

- Não pense que nós não vimos você bebendo. – disse Rique.

Sorri, eu estava começando a ver tudo embaçado.

- Ninguém nunca me flagrou transando. – Mike deu início a última rodada.

Eu e Daniel bebemos. E eu comecei a rir.

- São os efeitos do álcool – disse Tom aos outros.

- Vamos deixar ela bêbada?- disse Mike.

- Eu nunca pintei as unhas – disse Rique como resposta a Mike.

Eu bebi.

- Eu nunca andei sem camisa em público. – disse eu, não tinha a menor idéia se a minha frase fazia sentido.

- Lógico que já, tenta outra.

- Eu nunca tinha jogado esse jogo antes.

Eles beberam.

- Eu nunca usei sutiã. – disse Daniel.

Só eu bebi novamente, e então eu começei a rir eles começaram a rir de mim bêbada.

- Eu nunca usei calcinha- disse Tom.

E eu bebi a última dose no meio de ataque de risos, e caí deitada.

Eles começaram a rir dos meu ataques de riso.

- Parece que conseguimos uma noite de sexo pra você. – disse Mike olhando pra Tom.

Ele levantou uma sobrancelha como resposta.

- Vem cá, sua bêbada – disse Tom olhando pra mim – vamos pra casa.

Só que ele não sabia, que eu não estava bêbada, como se sete doses de tequila fossem me deixar bêbada, ainda bem que eu era uma ótima atriz.

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Entramos no elevador de mão dadas. Assim que a porta se fechou, ele foi me prensando na parede, escorregando a mão pela minha cintura, até que quando nossos corpos se tocaram, ele começou a dar selinhos em meu pescoço, que se tornaram beijos e passaram para minha boca. Íamos nos beijando cada vez mais intensamente, mais furiosamente, até que a porta se abriu no andar dele, coloquei as pernas ao redor da cintura dele,e entramos em seu apartamento. Eu não tive nem tempo de olhar a decoração. Ele derrubou as coisas da mesinha centro e me deitou lá. Sentou-se na ponta da mesa, virado pra mim, abriu as minhas pernas e as colocou em cima das dele. Eu tentei me sentar, para assumir um pouco o controle da situação.

- Não, não, não – ele sussurrou – hoje você é minha.

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Ela tentou se sentar, mas eu não deixei. Disse que hoje ela seria minha, e seria.Tirei a blusa dela. Ela começou a tentar tirar a minha e eu a ajudei. Depois de várias tentativas falhadas de abrir seu sutiã, eu o rasguei, fui beijando seu pescoço, na esperança de chegar em seus seios, mas ela me impediu antes disso. Eu tirei sua calcinha e ajudei-a a tirar minha cueca. Ela se sentou de frente pra mim, eu coloquei os braços nas costas dela, e a carreguei-a até a cama.