Tom estava segurando minha mão.

- Você pode, de uma vez por todas me contar onde estamos indo? - perguntei

- Não.

Mas que ótimo.

- Chegamos. - disse ele

Chegamos num prédio de gente rica, completei nos pensamentos.

- O que é isso? – o prédio era lindo.

- Minha casa. – continuou – eu moro na cobertura.

Tá ele morava na cobertura de um prédio de gente rica. Conclui-se: Ele morava com os pais.

- Não moro com os meus pais- ele respondeu como se lesse meus pensamentos.- Vem, vamos subir.

- Não.

- Como não? – ele estava chocado.

- Pois o senhor fique sabendo muito bem, que eu não serei mais uma, não serei uma que você vai pegar e largar- sorri de leve- eu vou mudar a sua vida.

- Mudar a minha vida?

- Se vai ser pra melhor ou pior, eu ainda não decidi.

- Então me permita te levar a outro lugar.

- Eu estou ficando cansada de você...

- Só mais um.

- Tudo bem.

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Depois de conversar com a Dra. Gafre. Estava praticamente em pânico. Eu estava grávida. E pior. Estava grávida do homem que me estuprara. E eu não tinha a mínima idéia de quem ele era. A vida do Paulo dependia disso. Mas o estuprador estava morto. Eu havia jurado vingança, e me vinguei. Quando me soltei das garras daquele estuprador, eu o matei. Meu celular tocou. Era Felipe.

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- Se tá me levando pra Hogwarts? – perguntei. – Já tamos andando há uns três séculos.

Ele riu.

- Cala a boca e me beija. – disse Tom.

- Não. – respondi- cala a boca você e vai mais rápido, que eu to ficando cansada.

Quando chegamos em um terraço, ele disse:

- Aqui é meu refúgio,ninguém sabe que esse lugar existe. Só eu – ele completou – e agora você.

Eu sorri. Isso sim era fofo.

Ele pegou minha mão ajoelhou-se e disse:

- Me concede essa dança?

- Não tem música. - levantei uma sobrancelha.

Ele se levantou, pegou na minha cintura e me puxou pra bem perto, então, tirou o Ipod do bolso. Colocou o fone na minha orelha e o outro na dele. Estava tocando “ Smells Like Teen Spirit” do Nirvana.

– Vamos dançar essa música ?

– Minhas regras- disse ele começando a me girar.

“Dançamos” – sim, entre aspas, é que eu não considero, dois passos pra direita, dois pra esquerda mais alguns girinhos uma dança, é mais uma espécie de abraço com ritmo. – por mais um tempo, até que começou a chover.

– Vai se importar de molhar seu cabelo?

– E eu tenho cara de quem vai se importar?

E ficamos lá, a madrugada inteira.