Marlene Mckinnon mergulhou em sua penteadeira reluzente no camarim de mais uma apresentação. Sentia-se como uma marionete, um bobo da corte, moldada para apenas entreter.
Antes que percebesse, ou sequer fosse capaz de controlar, lágrimas caíram em cascata, misturando-se ao que sobrara de maquiagem.
Uma batida na porta e ela recompôs-se o mais rápido que conseguira. Havia produtos até mesmo para isso. Algodão, demaquilante, água, energético.
— Sessenta segundos — um dos assistentes informou, da entrada do camarim.
— Entendido. — era sua resposta de sempre.
Um, dois, três. Sorrisos, piruetas. A multidão a ovacionava. Do comunicador, uma voz:
— Ele está aqui. Ele veio.
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