"Você foi minha lição, eu tive que aprender
Eu fui sua fortaleza, você teve que queimar
A dor é um aviso de que algo está errado" - The power of goodbye, Madonna.

Estavam todos muito felizes com a tarde em família. Até que... José Alfredo chega à Petropolis, segue direto para a mansão.

Já era o fim da tarde, começara a escurecer, Clara e Pedro já haviam entrado, se encontravam na sala resolvendo alguns assuntos da Império. Lucas e Du continuavam na piscina, não ligavam se estava escuro ou não. Marta, que surpreendeu a todos, estava na cozinha preparando o jantar, já que Claraíde não havia voltado da folga.

Tudo estava bem, até Lucas perceber que havia alguém no portão, alguém que ele conhecia muito bem.

– Oque você tá fazendo aqui? - dizia bruto.

– Preciso conversar com Marta, Pedro Clara........ você...

– Agente não tem nada pra falar com você, pai. Tá todo mundo muito feliz, queremos ter um jantar bacana e você não pode estragar isso igual sempre estraga tudo.

JA - Ahhh, para né João Lucas - levanta as mãos - anda vai, abre isso aqui, preciso conversar com vocês.

JL - Não. - respondeu rapidamente.

José Alfredo o olhou incrédulo. - Oque foi que você disse? Repete muleque!

JL - NÃO. - disse pausamente.

JA - Ah, mas quando você abrir isso vai levar uma coça! Não esqueça que sou seu pai, deve me obedecer!

JL - Eu sei disso. Mas não esquece que você levou uma garotinha pra dentro da casa, humilhou meus irmãos e eu, e o pior - levanta o dedo - humilhou minha mãe! Isso eu não admito.

JA - Abaixa esse dedo, Lucas! E agora me fale uma coisa, desde quando se importa com sua mãe?

JL - Oque te importa? E sabe, eu não me importo se... se você me xinga, se você me bota pra fora de casa mas sabe, minha mãe... eu fico muito bolado quando você começa a xingar ela, porque ela não merece isso, e mesmo com todos os defeitos dela, eu sempre vou a defender! Você e aquela nojenta da Isis que são os culpados de tudo.

JA - Não meta Isis nessa história!

... Marta seguia com duas toalhas na mão indo para a piscina.

Du estava sentada em uma cadeira, aguardando Lucas.

MM - Que foi? Porque tá ai? Cansou? - tinha um sorriso no rosto.

Du - Não! Quer dizer, na verdade sim, ah sei lá. Tô esperando o Lucas - pega a toalha e se enrola nela.

MM - Lucas? Aonde ele foi? - deixa a toalha encima da mesa.

Du - Ele viu alguém no portão e vou lá ver.

MM - Ele ficou louco? E se for algum ladrão? - vai correndo ver o filho.

Chega lá, vê que ele está discutindo, mas não consegue enxergar com quem, se aproxima mais um pouco.

Não acredito que ele teve coragem de vir. - pensa.

Chega por trás - Oque tá acontecendo aqui? - ela é firme.

Lucas se vira - Mãe... é que... - é cortado por Marta.

– Já imagino oque aconteceu, o teimoso do seu pai veio mesmo depois de eu ter falado com ele para não vir, você não quis deixar ele entrar e acabaram discutindo, acertei?

Sua bola de cristal ta boa hein Marta... - José Alfredo é irônico.

MM - Polpe-me de suas ironias, José Alfredo! Oque você quer aqui?

JA - Conversar Marta, apenas conversar.

MM - Não temos nada que conversar! João Lucas, vai lá pegar a sua toalha, deixei lá encima da mesa, você e a Du vão para dentro, tomem um banho e se arrumem, o jantar está quase pronto.

JL - Tá mãe, mas o pai?

MM - Deixa que com ele eu me resolvo, agora vai.

João Lucas assente e vai.

JA - E agora, Marta, vai me deixar entrar ou não?

MM - NÃO! - o responde imediatamente.

JA - Como assim não? - já começa a se alterar.

MM - Não José Alfredo, NÃO. É difícil de entender? Quer que desenhe?

JA - Pois eu não vou embora até conversar com vocês.

MM - Então você vai passar a noite toda ai, espere sentado, querido. - Marta vai embora sem ao menos ouvir uma resposta.

José Alfredo se senta no chão.

Não saio daqui até conversar com eles. - pensa. (trouxa)

Chegando na cozinha, Marta se depara com Clara.

C - Mãe... o Lucas me contou... cadê o pai?

MM - Disse que queria conversar com vocês, mas essa 'conversa' ia acabar em uma briga, que eu sei! Então disse a ele, que hoje não seria possível.

C - E ele foi embora?

MM - Não... disse que não ia sair daqui até ter essa conversa, pois eu disse que ele esperaria sentado! Hoje não!

C - Mãe! - indignada.

MM - Clara! Seu pai está se fazendo de difícil! Eu vou jogar o mesmo jogo que o dele!

C - Eu não vou discutir.

MM - Acho bom.

C - E o jantar? Já ta pronto?

MM - Quase, minha filha, daqui uns 20 minutos já ta tudo pronto.

Marta termina o jantar. Come com os filhos, se despede e sobe.

Clara e Pedro, depois do jantar, terminam de analisar os papéis da empresa e sobem cansados, cada um para seu quarto.

No quarto de Lucas.

Ele e Du estão sentados na cama conversando.

JL - Lek... cada vez tá mais difícil reaproximar meus pais... tipo, meu pai tá um babaca esses dias. - é cortado por Du.

Du - Cara, ele é teu pai, mesmo que esteja agindo como um completo idiota, você tem que respeitar ele.

JL - Ta bom, ta bom.... enfim, me mãe se faz de difícil, não sei oque eu vou fazer...

Du - Lek, olha pra mim. - ele a encara - eu disse que ia te ajudar não disse? - pega nas mãos de Lucas - e é isso que eu vou fazer! Te prometo que tudo vai dar certo.

JL - Brigado, lek. Tu tem me dado uma força que nem sei como te agradecer... brigadão, de verdade!

Du - Imagina... agora vamos dormir, aquela tarde na piscina acabou comigo. - se despede de Lucas com um beijo no rosto, se deita no colchão, que estava no chão.

Lucas se deita, e logo adormece. Du se vira, e após alguns minutos, dorme também.

xxxx

No quarto de Marta.

Já havia lido mais um capítulo de seu livro, se deita.

Sente um aperto no coração. Se vira para um lado, pro outro, acaba se levantando. Só de pensar que José Alfredo estava lá fora no frio lhe causava um mal-estar. Mas será que ele já havia ido embora? Resolveu ir ver.

Desce as escadas, põe a mão do peito, chega até a porta, respira fundo. Abre.

Ao abrir a porta, vê Zé sentado, naquele frio.

Se aproxima, abre o portão. Sente o frio por ele. Se agacha, percebe que ele estava cochilando. Põe a mão em seu rosto, fecha os olhos.

Como é difícil amar você... – pensa.

Zé... - chama pelo seu nome, ele logo acorda.

Marta... - fala com a voz sonolenta.

Vem, levanta, você não pode ficar ai nesse frio, vem... - se levanta.

Não Marta... eu vou ficar aqui, me deixa quieto. - cruza os braços.

José Alfredo, não se faça de difícil! Vem logo, anda! - estende as mãos para o Comendador.

Ele pega as mãos de Marta, ela o ajuda a levantar.

Eles entram.

...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.