Tudo pareceu acontecer em câmera lenta. Quando Snape decidiu finalizar o ataque, deu o sinal para os outros, que se retiraram dos duelos e pegaram os garotos desacordados. Numa fração de segundo, os cinco sonserinos deixaram o corredor e ele pode executar seu feitiço. Antes mesmo de ouvir o corpo cair no chão, Severus correu pelos corredores imaginando o corpo de James Potter agonizando no chão. Era a melhor vingança que ele poderia ter depois de tudo o que aquele arrogante fez com ele em todos os anos em Hogwarts, pregando peças nele e roubando Lily dele. O que ele nem imaginava era que ao invés de James, outra pessoa havia sido atingida.

Quando viu Snape apontando a varinha para James com um grande sorriso no rosto, Lily agiu instintivamente e saltou para o tirar da direção do raio e proteger Potter. Ele se desequilibrou, sem entender direito o que havia acontecido até ver o corpo de Lily no chão. Enquanto os outros se recuperavam do duelo, Lily respirava pesadamente e não conseguia se mover.

— Lily! Sua camisa! _ James gritou, vendo a camisa clara virar vermelha sangue. A garota se contorcia de dor, lutando para se manter consciente. Era como se uma porção de cortes estivessem se abrindo de dentro para fora. _ Por Merlin, o que aquele Ranhoso fez? Alguém vá atrás dele! _ James tentava estancar os cortes, desesperado gritando por ajuda. Ao mesmo tempo, Sirius foi correndo chamar Madame Pomfrey na Ala Hospitalar

— Fique acordada, Lily! Concentre-se em mim! _ Marlene estava sentada no chão com a cabeça de Lily apoiada no colo, as lágrimas escorrendo por suas bochechas com medo de algo acontecer com ela. _ Você não pode me deixar também, ok?

Madame Pomfrey chegou as pressas e encontrou uma poça de sangue em volta de Lily. Com um aceno de sua varinha a flutuar até a enfermaria.

— Por que sempre é um de vocês que se envolve nessas confusões? _ Ela estava agindo rápido, misturando uma porção de potinhos e ervas, dobrando panos úmidos e andando de um lado para o outro. _ Isso é magia das trevas. Eu posso evitar que ela perca mais sangue, mas precisamos de um contrafeitiço rápido!

Dorcas e Remus nunca haviam descido as escadas do castelo tão rápido, rumando até às masmorras em busca de Severus Ranhoso Snape. O grande problema era que eles esqueceram um detalhe importante: não podiam entrar no Salão Comunal da Sonserina.

Esperaram dez minutos até que finalmente a passagem do Salão Comunal se abriu, revelando Grace Malfoy cantarolando até ver os dois e soltar um gritinho.

— O que estão fazendo aqui? Por favor, eu sinto muito pela Marlene. Eu juro! _ Ela abriu a porta para voltar para a masmorra.

— Não! _ Remus tentou segurar o pulso dela, todos estavam desesperados demais para pensar racionalmente.

— Snape azarou Lily, precisamos do contrafeitiço! _ Dorcas conseguiu a atenção dela.

— Lily? _ Ela arregalou os olhos, assustada. Lily sempre foi legal com ela e a procurou após Marlene se descontrolar para verificar se ela estava bem.

— Isso! Agora por favor, vá atrás do Snape ou ela vai perder ainda mais sangue!

Mais dez minutos de espera agonizante até a porta se abrir novamente, Severus apareceu com seus pijamas gigantes e seu nariz enorme.

— O que vocês querem? Eu não vou ajudar o nojento do Potter! Isso é por todas as malditas pegadinhas.

— Você acertou a Lily, seu idiota imprestável! _ Dorcas deu um tapa na cabeça dele, com um semblante irritado e cheio de pânico.

— Lily? _ Ele sussurrou, preocupado. _ Mas eu mirei no Potter!

— Não é essa a questão, Ranhoso! Lily está lá em cima sangrando até a morte. Como fazemos o contrafeitiço? _ Ele entrou no Salão Comunal novamente e voltou com um papel e uma pena, rabiscou duas frases num pedaço rasgado.

— Prometam que não vão me dedurar para o Dumbledore. _ Deu a condição, segurando o papel que podia salvar Lily.

— Como você quer que a gente explique como Lily ficou cheia de cortes por magia das trevas e depois descobrimos o contrafeitiço? _ Dorcas podia ser muito sarcástica quando queria.

— Não importa. Só não mencionem meu nome para Alvo. Ou eu vou ser obrigado a mencionar seu pequeno problema para meus colegas, Lupin... _ Remus assentiu, sério, e rapidamente os dois subiram os muitos lances de escada até a Ala Hospitalar.

— O que ele quis dizer com pequeno problema, Remus? _ Dorcas franziu a testa, ficando realmente preocupada com o que Snape sabia e ela não. Remus não respondeu, o que só deixou Dorcas mais irritada. Se até Snape sabia, por que ele não contava a ela?

Sirius e Marlene estavam sentados no chão em frente a porta, ambos saltaram rapidamente quando viram os dois chegando.

— Madame Pomfrey não conhece o feitiço, conseguiram o contrafeitiço? _ Marlene massageou suas têmporas e falou rápido demais, andando de um lado pro outro. Ela definitivamente não podia perder mais ninguém.

Sem responder nenhuma de suas perguntas, Remus e Dorcas entraram com o maldito pedaço de papel na mão e entregaram para Madame Pomfrey, sendo expulsos de lá logo em seguida.

Ao contrário dos outros, James teve tanta resistência em sair do lado de Lily que Pomona simplesmente aceitou que ele ficasse lá. Lily estava pálida como um papel, com uma porção de toalhas úmidas cobrindo seus cortes. Com o contrafeitiço em mãos, Pomfrey precisou que James se afastasse um pouco para fechar os cortes com sua varinha. Ainda que um pouco do sangue estivesse sendo recuperado com o feitiço, ela havia perdido muito sangue enquanto estava no corredor e isso preocupava a enfermeira.

— Sr. Potter, já que está aqui, tente falar com ela. _ Ele assentiu e tocou de leve no rosto de Lily.

— Hey, Lily? _ Ela não expressou nenhuma reação, mas ele continuou. _ Eu não sei porque você fez isso, ruiva... Eu preferia mil vezes estar no seu lugar. Sinto muito por isso ter acontecido, eu devia ter prestado mais atenção. Não sou um bom monitor chefe, eu devia ter protegido você... _ Ele sentiu as lágrimas pingando em seu óculos enquanto ele olhava para baixo, para uma Lily desacordada e ferida.

— Sr. Potter, eu sei que você deve querer ficar com ela, mas alguém precisa explicar tudo isso para Dumbledore. Você pode voltar pra cá depois. _ Pomona tinha terminado de fechar os cortes, limpando suas mãos com uma toalha limpa.

— Preciso estar aqui quando ela acordar. _ Ele se levantou e finalmente soltou a mão de Evans, que tinha pequenas cicatrizes por toda a pele. Madame Pomfrey estava certa, Dumbledore precisava ser informado. Dando uma última olhada em Lily, James saiu da Ala Hospitalar e deu de cara com os quatro amigos o esperando apreensivos.

— Eu acho que ela vai ficar bem, Pomona não sabe muito bem quanto tempo vai demorar até ela acordar. Preciso falar com Dumbledore, ele precisa saber sobre esse feitiço e sobre Snape.

— Não! Snape nos fez prometer que não iríamos falar sobre ele. Ele me chantageou. _ Remus explicou em poucas palavras, mas os marotos entenderam o que ele estava querendo dizer.

— Vou dar um jeito, Aluado. Não se preocupe. _ James tinha algumas manchas de sangue nas mangas de sua camisa, então as dobrou um pouco para evitar que Dumbledore se assustasse.

— Vamos com você, eu não aguento mais ficar só esperando sem fazer nada. _ Marlene estava roendo as unhas e apertando os dedos de Sirius mais do que era saudável. Os três olharam para Remus e Dorcas, perguntando silenciosamente se eles os acompanhariam.

— Nós temos que resolver um outro problema. Esclarecer algumas coisas. Voltamos depois. _ Dorcas estava de cara fechada, preocupada com Lily e sem entender o que Snape sabia e ela não.

Todos deixaram o corredor, restando apenas uma Dorcas emburrada e um Lupin apreensivo a caminho do Salão Comunal.

— Então... _ Dorcas havia atingido um ponto de ansiedade nunca antes visto.

— Podemos pelo menos chegar no Salão Comunal? _ Remus começou a caminhar mais rápido pelo corredor, sendo seguido por ela de perto.

— Devem ser umas duas da manhã, Remus. Não tem ninguém acordado. E só para constar, se seu segredo é tão grande e importante, por que até Snape sabe sobre isso e você não pode me contar? _ Ela cruzou os braços e o encarou.

— Por favor, Dorcas. Eu realmente não quero falar disso agora, depois de tudo o que aconteceu.

— Remus, eu estou cansada de ser enrolada. Só quero entender tudo isso pra gente parar de se conter o tempo todo! _ Eles estavam quase chegando no Salão Comunal da Grifinória, mas ele andava rápido demais e ela teve que correr para o alcançar antes dele entrar no dormitório masculino. Passaram rapidamente por Peter e Mary dormindo no sofá, mas nem repararam. — Remus John Lupin, volte já aqui. — Remus foi para as escadas do dormitório masculino, mas ela o seguiu. Ele não queria explicar sobre o que o maldito Snape havia falado, não queria admitir que era um lobisomem. Já estava tão tarde que não havia nenhum outro aluno da Grifinória por perto. Os dois pararam em frente a porta do quarto. — Não estou pronto para falar sobre isso.

— Você nunca vai estar pronto. — Ela entrou na frente dele e abriu a porta do quarto, entrando mesmo sendo contra as regras.

— Droga... — Ele entrou atrás dela no quarto, nervoso. — Dorcas, eu não quero falar sobre o que Snape falou, sério.

— Que se dane o que Snape disse, ele falaria qualquer coisa para ofender vocês e salvar a pele dele. Eu estou aqui porque quero saber a verdade, o que você já tinha que ter me falado há muito tempo. — Ela cruzou os braços, parada no meio do quarto circular o encarando. — E eu não vou embora sem uma resposta.

— Dorcas, por favor. — Remus ainda estava parado na porta, esperando que a garota saísse. Por um momento achou que ela tinha mudado de ideia, mas ela só andou na direção dele para encará-lo de perto.

— Eu sei que você ainda tem sentimentos por mim, Lupin. No fim do verão você me contou sobre sua família, mas não parece que era tudo o que você tinha que me contar porque parece que todos sabem algo que eu não sei.— Ela o puxou pela gravata, com raiva. — Seja corajoso o suficiente para explicar o que te impede de ficar comigo, ou você não passa de um grifinório impostor. — Jogou na cara dele, o fazendo ficar totalmente sem argumentos.

— Eu não... Ah que droga! — Ele bagunçou os cabelos com os dedos, com raiva. — Por que isso hoje a noite? Por que agora?

— Porque está cada vez mais claro que corremos perigo mesmo estando em Hogwarts. Não quero perder mais tempo com besteiras. Os pais da Lenny foram assassinados, Lily podia ter morrido hoje, tentando proteger o James, é tudo uma loucura. Algumas horas atrás a gente estava dando uns amassos na biblioteca, aquilo não significou nada? — Ele encarou o chão, tentando criar coragem para explicar tudo. Dorcas andou até as camas e perguntou: — Qual delas é a sua cama? — Ele revirou os olhos e apontou para a cama mais arrumada, com os cobertores meticulosamente dobrados. Dorcas sentou na ponta da cama, esperando que ele se juntasse a ela. — Eu tenho a noite toda, minha melhor amiga só está se recuperando de uma super hemorragia na Ala Hospitalar. Estou tranquila. — Cruzou os braços, ansiosa.

— Dorcas, eu não consigo... — A voz dele era quase um sussurro quando ele sentou ao lado dela. Ele abriu e fechou a boca várias vezes antes de finalmente emitir algum som. — Eu sou um... Eu... — Remus fez um barulho estranho, atraindo o olhar de Dorcas. Seu corpo estremeceu e ele apertou a cabeça entre as mãos. Quando ela percebeu que ele estava chorando, pensou se deveria mesmo ter pressionado tanto ele sobre aquilo. Tinha sido uma noite difícil, mas ela precisava da verdade. Já tinha esperado tempo demais.

— Remus, olhe pra mim. — Ela chamou, com a voz suave. Ele soluçou e balançou a cabeça em negação. Sem saber o que fazer, Dorcas segurou nas mãos dele tentando passar um pouco de confiança. — Não pode ser tão terrível assim, Remmy. — Estava começando a ficar preocupada com o tal segredo de Lupin, quando ele se soltou dela e a fitou com os olhos vermelhos e margeados.

— Eu sou um lobisomem. — Sua voz saiu tremula e quase inaudível. O rosto dele estava vermelho e marcado pelas lágrimas. Remus fez sua melhor expressão de surpresa quando sentiu Dorcas de jogar em seus braços, pousando a cabeça em seu peito e abraçando sua cintura. Definitivamente não era a reação que ele esperava. — O que você está fazendo?— Ele saiu de envergonhado para chocado.

— Seu coração está muito acelerado, Remus. Você devia se acalmar. — Ele olhou para baixo e só conseguia ver uma massa de cabelos loiros espalhada por seu peito.

— Você ouviu o que eu disse? Eu acabei de contar o meu maior segredo, não peça para eu me acalmar! — Na confusão de emoções da cabeça de Remus, agora ele estava irritado. Levantou rápido, se soltando de Dorcas e sentindo que o quarto estava diminuindo de tamanho.

— Eu ouvi, e sinceramente não ligo. — Ela se levantou também e olhou fixamente para ele, tendo que inclinar a cabeça para cima pela diferença de altura.

— Você deve ter nojo de mim.

— É isso o que você pensa de mim? — Ela estava calma, mas ao ouvir isso arregalou os olhos e sentiu seu rosto esquentando. — Por isso não quis me contar? Porque eu teria nojo de você? — Ele desviou o olhar, sem saber o que dizer. Qualquer resposta seria a resposta errada.

— Eu não queria ter te envolvido em tudo isso. — As lágrimas corriam por suas bochechas e pingavam em sua camisa. — Não queria que você tivesse medo de mim.

— E eu queria que você tivesse confiado em mim. — "Outch! Essa foi pesada."

— Eu não podia...

— Não podia confiar em mim, mas podia terminar comigo sem dar motivos? Podia me impedir de ficar com você depois de tudo? — Ela já tinha perdido a paciência. Estava num estado de estafa mental depois de ter duelado, visto sua amiga sangrar por culpa de magia negra e vivido dias de luto pelos McKinnon. Além disso, já tinha engolido muito sapo por causa dessa história.

— Eu sou perigoso, não devia ter te colocado nessa situação. Quando eu percebi o risco que você corria por namorar comigo, não pude continuar com isso. Mesmo que eu quisesse muito.

— Isso é ridículo! Você não é perigoso. É uma ótima pessoa e todos sabem disso. — Ele abriu a boca para discordar, mas ela continuou. — E por Merlin, Dumbledore não te deixaria vir pra Hogwarts se você fosse mesmo perigoso.

— Snape sabe sobre isso porque Sirius deixou escapar o meu esconderijo e James precisou salvar aquele maldito Ranhoso ou eu poderia ter atacado ele. Você não entende...

— Posso não entender como é ser um lobisomem, mas eu conheço você. — Um passo a frente, ela o olhava de perto com os olhos margeados. Aproximou a mão do rosto de Lupin e sorriu para ele. — E eu quero ficar com você. Eu não ligo pra isso, você deveria saber.

— Como você pode não ligar? Snape estava certo, afinal... Eu sou um monstro. — Ele voltou a bagunçar seus cabelos com as mãos enquanto andava em círculos pelo quarto, desacreditando que Dorcas pudesse estar tão calma.

— Você não é um monstro. — Ele se manteve olhando para baixo até que ela o levantou, passando o dedão sobre a marca das lágrimas e se estendendo pelas cicatrizes finas em seu rosto. — Você é uma das melhores pessoas que eu conheço.

— Então você não tá com raiva? — Dorcas podia sentir que ele ainda tremia sob a sua mão. Ele nunca sabia o que esperar quando falava sobre isso com alguém e achava que Dorcas iria odiá-lo para sempre por ter escondido aquilo dela, mas ela parecia bem, considerando todos os acontecimentos da noite.

— De você ter demorado tanto tempo pra me contar, talvez. — Ele baixou os olhos, sentindo suas bochechas corarem ainda mais. — De você ser um lobisomem, é claro que não. — Ela não esperou que ele respondesse para aproximar seus rostos e beijá-lo com toda a sua vontade.

— Dorcas, eu não acho qu... — Ele interrompeu o beijo, tentando resistir a tentação de tê-la em seus braços mais uma vez. Remus achava que era egoísmo pedir que ela ficasse com ele considerando sua condição.

— Shiii... Você já falou demais, para de arranjar desculpas e me beija logo. — Dorcas colocou o dedo na boca dele, o fazendo parar de falar. Logo ela colou seus lábios novamente, passando os braços em volta do pescoço de Remus e afagando seus cabelos cor de areia.

Resistir tinha se tornado impossível com Dorcas o beijando tão apaixonadamente. Decidindo acreditar que os problemas com a lua eram apenas um detalhe naquela noite, ele retribuiu o beijo com urgência. O perfume dela preencheu o ar quando ele a puxou pela cintura e a abraçou, pensando que não podia deixá-la escapar nunca mais.

Precisaram se afastar brevemente para recuperarem o fôlego, e assim Dorcas pode reparar melhor em cada uma das cicatrizes finas que cobriam o rosto de Remus. Entre todas as coisas não planejadas para aquela noite, estar nos braços de Lupin em frente a sua cama no dormitório masculino definitivamente era uma surpresa.

A intensidade dos olhos de Remus falavam mais que tudo, mas ele decidiu deixar claro: — Eu sinto muito por não ter te contado. — Ela se mexeu suavemente sob seus braços, se ajeitando para fica ainda mais próxima dele e voltou a beijar os lábios finos, sentindo a ponta da língua dele encostar na dela.

O beijo estava se tornando cada vez mais intenso, seus corpos cada vez mais colados, o desejo falando mais alto. Remus desceu as mãos até as coxas de Dorcas e a impulsionou para ficar em seu colo, com as pernas em volta de sua cintura. Excitada com o movimento, ela passou a beijar o pescoço de Remus dando atenção para cada detalhe de sua pele descoberta.

A cabeça de Remus estava girando e ele sentia que ia explodir. Os beijos de Dorcas provocavam arrepios por sua espinha e estava ficando difícil se manter de pé, então ele deu alguns passos na direção da cama e a deitou no colchão.

Dorcas passou os dedos pelos cabelos dele e foi descendo pela nuca até chegar na gola da camisa. Soltou a gravata graciosamente e começou a desabotoar sua camisa, revelando uma porção de cicatrizes de vários tamanhos. Passou seus dedos finos por cada uma das cicatrizes, descendo cada vez mais com a mão até chegar na barra da calça dele. Olhou nos olhos de Remus antes de continuar e com um sorriso tímido ela desabotoou a calça. Ele sentia que algo dentro dele estava comandando suas ações, algo que ele não tinha controle, mas que sabia exatamente o que fazer.