Make me Smile

Epílogo + Cenas Pós Créditos


— E esse é o Projeto Insight. – alegou Nick Fury.

Os olhos esverdeados de Delilah estudaram todo o saguão com curiosidade.

— Três Aeroporta-Aviões de última geração sincronizados com uma rede de satélites de localização, lançados da Estrela da Lemúria. – o Diretor começou a caminhar pelas plataformas. – Uma vez lançados, eles não precisam mais descer. Vôo subordinal contínuo, cortesia dos novos motores de repulsão.

— E para quê o Projeto Insight irá ser utilizado? – questionou a agente.

— Os Aeroporta-aviões possuem novas armas de precisão de longo alcance, que podem eliminar mil inimigos por minuto. Os satélites podem ler o DNA dos terroristas antes que saiam das tocas. Vamos neutralizar muitas ameaças antes que aconteça.

— Tem certeza disso Nick? – Lila arqueou a sobrancelha. – Quer dizer, o Conselho de Segurança está pedindo demais. Estão com medo de que um novo ‘’Loki’’ possa aparecer e causar ruínas?

- Estamos tentando manter a segurança do nosso povo, Delilah.

— Apontando armas para todos? Então quer dizer que também sou uma ameaça para o Conselho? Eu matei pessoas, Nick. Natasha era uma assassina e agora é uma agente da S.H.I.E.L.D; Bruce não tinha o controle suficiente do Hulk. As pessoas mudam e você nem sequer lhes dá essa chance, simplesmente as mata. – Lila mordeu o lábio inferior, nervosa. – Só estou te avisando antes que uma tragédia aconteça.

— Não se preocupe com isso, a S.H.I.E.L.D está cuidando de tudo. – Fury colocou os braços para trás, endireitando a postura. – Caso algo aconteça, se considere superior o suficiente para jogar isso na minha cara.

— Eu anotarei isso, Nick. – Lila curvou os lábios. – Caso precise de mim, só chamar. Eu vou indo, tenho que devolver a moto do Steve. Aliás, a S.H.I.E.L.D tem muitos veículos. Pode liberar uma moto ou carro para mim?

— Darei ordem a Hill para que faça isso.

[...]

— A maioria tem seus próprios veículos, ou usam os carros. Pode ficar com a moto, não vai fazer diferença. – disse Hill. Delilah estudou o veículo. – Nate deve estar na divisão tecnológica ou o turno deve ter acabado, digo a ele para levar.

— Não sei o que seria da minha vida sem você, Maria. – a agente riu. – Peça ao Nate, por favor.

Delilah montou na moto de Steve e acelerou. A vantagem de morar em Washington era a facilidade de se locomover nas ruas, diferente de Nova York e seu engarrafamento incansável. Ou da sua antiga Nova Jersey. Geralmente da Triskelion até seu apartamento tinha duração de meia hora, agora, para a casa o Steve era quarenta minutos.

Estacionou o veículo em frente ao prédio simples. Anunciou uma boa tarde para o porteiro de idade avançada, que liberou sua entrada. Ao subir as escadas e bater duas vezes na porta, se encontrou com uma loira já conhecida, vestida de enfermeira, saindo da porta ao lado. Sharon Carter manteve a mesma expressão.

— O que está fazendo aqui, Agente 13? – Lila olhou-a indignada.

— Fury me designou nessa missão, proteger o Capitão. – Sharon sussurrou. – Sei que você e Steve estão namorando, parabéns Agente Rockwell.

— Obrigada. – disse forçadamente. Faíscas pareciam sair de seus olhos. Ficaram se entreolhando com ódio, até a porta de abrir revelando Steve vestido com uma camisa branca e o cabelo loiro molhado. Ele levou a mão até a nuca.

– Ah, oi Lila. Sinto muito, eu estava no banho.

— Tudo bem, eu estava conversando um pouco com sua vizinhança. – Delilah olhou para Sharon.

— Que ótimo. Eu falei a Kate sobre você, que bom que se conheceram. – Steve sorriu.

— Foi um prazer conversar com você Delilah. – disse a loira, olhando o relógio de pulso. – Agora tenho que ir, sabe como é, estou de plantão. Precisam de mim no hospital. Boa tarde.

Lila seguiu Sharon com os olhos, até ela sumir nas escadas.

— Aconteceu alguma coisa, Lila? – o Capitão questionou, dando espaço para que a namorada pudesse entrar no apartamento.

— Não, nada. Só vim devolver a moto, consegui pegar um veículo liberado da S.H.I.E.L. D hoje. – ela sentou-se no sofá. - Qual é a da vizinha?

— Não precisa ficar com ciúmes. – ele soltou um riso. – Kate se mudou faz duas semanas, e sempre que você vem aqui ela está trabalhando.

— Não gostei dela. – alegou crispando os lábios. Olhou para as chaves que estavam depositadas na mesinha da sala, inclinou a cabeça e observou o objeto se movimentar no ar. Nesses últimos dois meses treinava diariamente. – Enfim, – as chaves caíram. – soube que semana que vem haverá uma inauguração de uma nova exposição no Smithsonian. A história do Capitão América.

— Não confia em mim? – ele brincou.

— Eu confio em você de olhos fechados, Rogers. – Lila sorriu sem mostrar os dentes. – Eu acho que vai ser legal. Vamos ver o que irão relatar sobre você.

Steve encarou-a por alguns segundos, puxando-a delicadamente para um beijo. A morena acariciou seus cabelos loiros úmidos. Lila soltou um riso fraco, quando se separaram.

— Eu tenho que ir. – murmurou aconchegada no peito do namorado. Ela ergueu a cabeça para olhá-lo, dando-o um selinho. – A gente se vê.

— A gente se vê. – ele repetiu.

Já na rua, Delilah esperava ansiosamente um taxi passar. E então se tornou oficial. Sua respiração se tornou descompassada. Podia pressentir olhos seguindo seus movimentos. Virou a cabeça olhando a curva da esquina. Nada. Olhou para o interior de um restaurante. Nada. E quando ergueu a cabeça para olhar o topo dos prédios, viu o vulto de algo metálico.

E Lila soube naquele momento, que teria de descobrir quem era ele.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.