Make me Smile

Capítulo 12 - Loki Laufeyson


Torre Stark| 10:55 AM

Lila's P.O.V

— No entanto isso não explica o fato de ter uma rena psicopata no meu prédio! – Tony aumentou seu tom de voz. Enfim, no dia seguinte, desde nossa volta da Alemanha, estávamos debatendo o fato de Loki estar em Nova York. Assunto super mega blaster entediante. Steve que estava no sofá à minha frente, soltou um riso na minha ação de revirar os olhos.

— Isso está um tédio. Loki está aqui e acabou. Se nosso Deus da Trapaça psicopata e maníaco está cumprindo sua punição, não há nada que possamos fazer. Ele ficará nessa mansão irritando Tony por três meses e fim. Certo? - pronunciei-me arrastando a atenção de todos.

— Loki entrou na sua cabeça. – confirmou Tony, fazendo-o outros alguns concordarem. Loki deu um sorriso sádico e desprezante.

— Infelizmente Tony, eu comando minha mente. Ninguém pode entrar aqui. – toquei minha cabeça com as pontas do dedo. – Estou tentando ser apenas justa.

Observei Thor sorrir para mim, afinal, de todos, eu era a única que não era contra seu irmão maníaco estar naquele lugar. Aliás, o que um Deus da Trapaça poderia fazer contra todas aquelas pessoas sem seu cetro?

Muita coisa, avisou meu subconsciente.

Ignorei aquilo, tentando me focalizar no assunto tratado naquele momento.

— Mas se ele fizer qualquer coisa, até matar uma formiga. – Tony apontou para Loki, que fingia estar intimidado. – Eu juro que o mato. Estou avisando.

Soltei um riso, as ameaças de Tony eram cômicas. Clint que estava até agora ao meu lado no sofá, seguiu-me. Stark nos olhou de forma reprovativa, fazendo bico como se fosse uma criança birrenta. Dispensei-o com um aceno de mão.

— Lila você está se achando demais só porque agora tem poderes estranhos. – Stark disse, se acalmando voltando a sentar no sofá. Fiz cara de indignada.

— Uou, eu não deixava essa Lila. – alfinetou a ruiva na qual gostava de uma boa briga.

— Acho que é convivência demais com o Homem de Ferro. Cuidado, egocentrismo é contagioso. Bruce, necessito de um antídoto contra isso, por favor. – falei para o Dr. Banner que sorriu tímido.

— Engraçadinha. – emburrou Stark, tomando mais um gole de Uísque. – Eu sei que vocês me amam, mas infelizmente tenho que ir a uma reunião com Pepper. Onde fui obrigado, é óbvio. Chispem da minha sala. Menos a Lila, que agora irá morar aqui.

— Não é só porque mandei uma agente da S.H.I.E.L.D buscar as roupas que estava na casa em Las Vegas, que significa que irei morar aqui Tony. Tenho uma casa em Nova Jersey.

— Não dou a mínima importância. – ele deu de ombros.

Bruce, Clint e Natasha que estavam morando em um apartamento do prédio Stark, foram para seus respectivos cômodos. Thor e Loki foram guiados para o quarto de hóspedes, pelo Stark que estava desgostoso da vida por manter uma rena psicopata em sua casa. Na sala, apenas sobrou eu e Steve. Estava um silêncio constrangedor.

Não negava que ficava á vontade com a maioria, até com o Bruce que havia conhecido na noite passava. Se depender até com o Loki. Não, logicamente que não. Todavia, com Steve eu me sentia, sufocante? Não, era algo misto como vergonha e atrevimento. Eu realmente me sentia deslocada perto de Rogers.

— Então, sua perna...? – começou o loiro.

— Ah, Banner é ótimo em ser curandeiro. Admito que dói quando eu ando, mas é tolerável. – sorri de canto, colocando uma mecha de cabelo na orelha esquerda. – Você mora aqui em Nova York, certo?

— No Brooklyn. – respondeu, desviando do assunto em seguida. – Você sabe que deve tomar cuidado com Loki, não é? Ele é perigoso, Lila.

— Sabia que é o terceiro sermão relacionado à Loki, que eu escuto? – arqueei a sobrancelha, dando um suspiro em seguida. – Primeiro Nate, depois Clint, agora você?

— Eu só quero seu bem. – aquilo me deixou sem graça, e pude ver as bochechas de Steve tomar uma cor escarlate. – Enfim, acho que vou indo. – disse se levantando do sofá. – Se precisar de mim é só ligar.

— Não vem para a torre?

— Raramente venho por conta própria. Só fico aqui às vezes quando o assunto é sobre Os Vingadores e a S.H.I.E.L.D. Tony e eu não somos melhores amigos. – ele deu um riso nasal.

— Percebe-se. Porém, pelo jeito que percebi, ele prefere você a Loki.

— De fato, é óbvio. – Steve me encarou, se aproximando. – Posso te dar um abraço?

Encarei-o séria, com a expressão indecifrável por alguns segundos. Acabei dando-me por vencida, sorrindo.

— Sim, pode me dar um abraço, Rogers.

Senti meu corpo ser envolvidos por braços firmes e quentes. A respiração irregular quente soprando no meu pescoço. Corei, porque diabos eu estaria corando? Com certa dificuldade, abracei o peito de Steve. Eu era mais baixa que ele, e isso era um pouco incomodativo. Quer dizer, fala sério, eu era mais baixa que a Natasha – alguns centímetros apenas - O fato, é que incrivelmente nessas horas Stark aparece para azucrinar a vida dos outros.

— Ei, então o Olaf gosta de abraços quentinhos? – Tony tinha um sorriso travesso nos lábios. Percebi que Steve ficou confuso, como se não soubesse quem era o tal nome.

— Quem é Olaf? – Thor perguntou com o cenho franzido. Loki rolou as órbitas, me fazendo entregar um riso.

— Um dia posso apresentar o Olaf a vocês. – segurei mais um riso. – Steve, você não estava indo?

— Ah, claro, é. Eu vejo você qualquer dia, Lila. – o loiro deu um sorriso, indo em direção ao elevador, que abriu e se fechou rapidamente fazendo o homem desaparecer de minhas vistas.

—Então, você e o Picolé...? – Tony gesticulou coisas obscenas com as mãos. Fechei a cara, indignada com aquilo. Tacando-o uma almofada que desviou facilmente.

— Vai pro inferno, Anthony! – exclamei, me jogando no sofá. – Steve é apenas meu amigo.

— Certamente, é tão evidente. – ironizou. – Enfim, você vai ficar com a Rena por algumas horinhas. Eu estou indo para a reunião, e a Barbie vai visitar sua amada em Londres. Se precisar de ajuda, manda JARVIS contatar seus amigos do prédio. Até a noite, Lila! E vê se fica quieta assistindo um bom filme.

— Você está sabendo que mesmo com a perna que eu levei um tiro ontem, eu consigo andar? Eu vou pesquisar sobre o cara que me atirou ontem.

— Lady Delilah, a senhorita disse que não sabia quem havia lhe atirado? – Thor pergunto com inocência na voz.

— Ei, ei, Thor tem razão. Você disse que não sabia quem havia te acertado. – Stark arqueou a sobrancelha esquerda.

Droga, eu deveria aprender a controlar a língua.

— Eu não sei quem é, porém quando virei-me para ver quem havia me acertado, constatei que o homem possuía uma arma idêntica aos protótipos da S.H.I.E.L.D. – menti, revelando com expressão firme. – Talvez um agente traidor? Eu posso pesquisar, nada é impossível.

Ambos pareceram acreditar na minha historinha, o que fez soltar um suspiro de alívio.

— Tanto faz, mas acho que só esse detalhe não irá te ajudar muito. Mesmo assim, boa sorte. – Tony entrou no elevador junto a Thor, e sumiram de minhas vistas.

Olhei Loki de soslaio que estava sentado no sofá, de olhos fechados como se concentrasse em algo importante. Ignorei aquilo, me levantando. Quando estava prestes a subir um degrau das escadas, ouvi uma voz no qual me deixou suando frio.

— Você mente bem, quase acreditei na sua historinha idiota. – permiti levantar apenas a cabeça para vê-lo. Loki tinha uma expressão indecifravelmente séria, mas logo seus lábios tomaram um sorriso malicioso. Ignorei-o.

[...]

Autora

Laboratório Stark| 17:13

— JARVIS tem certeza que não achou nada? Droga. Aquele homem é muito mais que um simples agente da HIDRA, talvez uma de suas novas criações mortais. – murmurou Delilah. Ela se encontrava no laboratório de Stark, já que a mesma possuía senha de identificação. Bufou irritada, girando na cadeira de rodinhas. Levantou-se num pulo, saindo do local. – Obrigada, JARVIS, não foi dessa vez.

Disponha, senhorita Rockwell.

A morena pegou o elevador, voltando para a sala principal da torre. Sentou-se no sofá, pensativa. Aquele homem é uma máquina mortífera, criada pela HIDRA. Braço biônico. Será que trabalhava para Hector? Fora mandado para matá-la? Infelizmente o mais a assustava no momento era saber que seu padrasto estava solto por aí, planejando alguma coisa contra ela. Afinal, não importa o que aconteça, Hector não vai desistir até conseguir o que quer. E até lá, Lila irá temê-lo de todas as formas possíveis.

Encarou a caneca sobreposta na mesinha de vidro na sala de estar. Concentrou-se no objeto, criando mãos invisíveis para que o pegasse. Assim se fez, Lila fitou a caneta que flutuava de acordo com a massa de ar.

— Precisa treinar muito mais que isso, para conseguir o que quer. Flutuar uma caneta é patético, qualquer um faz. – Loki olhava-a com desdém.

— Você sabia que é inoportuno? Sempre fala nas horas inconvenientes. – ofegou ela, sem olhá-lo nos olhos. Assim que viu a caneta cair, ajeitou-se no meio das almofadas. – O que quer comigo?

— Com você? Absolutamente nada. Não passa de uma humana desprezível assim como os demais. – alargou um sorriso sarcástico. – Diga-me Delilah, você acha capaz de controlar o poder que seu corpo envolve? – Lila encarou-o sem abafar nenhuma palavra. – Receio que não.

— Porque se importa tanto com ‘’meu poder’’, Loki? – ela arqueou a sobrancelha, mordendo o lábio em seguida. – Eu sou capaz. Só não obtive tempo de aprender tudo o que posso. Minha reputação como Agente da S.H.I.E.L.D, me deixa ocupada.

— Oh, claro. Magnífica reputação, você é só mais uma boneca submissa á uma corda, que a tal da S.H.I.E.L.D controla com as mãos. – ele crispou os lábios, colocando as mãos para trás em uma postura séria. – É mais estúpida do que pensei.

— Ignorar ou dar um tiro, eis à questão. – Lila sorriu cinicamente.

— Um tiro seria bem melhor. – uma voz séria, mas com divertimento na voz ecoou no local. Loki rolou os olhos ao ver quem havia se manifestado. Nick Fury ignorou o deus, aproximando-se de Delilah que já estava erguida do sofá. - Encontramos outras localizações supostas onde deve estar Hector, de acordo com as informações que retirou em Las Vegas. Não acho muito confiável ir agora, mas irei deixar as pastas com você caso tenha dúvida. – Nick sorriu irônico. – Caso também não saiba, Dr.Vaughn do Pentágono está criando forças armadas para atacá-la quando descobrir onde está escondida. Você parece uma preciosidade para ele, Delilah. – a morena apenas fez uma expressão enjoativa e repulsante ao ouvir aquele nome. – Enfim, apenas vim para entregar os dados. O Agente Ryland está na Aérea Porta- Aviões, coletando dados, como um ótimo hacker que ele é.

— Pelo menos Nate está seguro.

Nick Fury olhou de soslaio para Loki que os ignorava.

— Stark te deixou sozinha com ele? – perguntou com um pingo de preocupação de pai. Lila riu contragosto.

— Até agora não nos matamos, isso é bom? – contraiu os lábios. – Eu vou decidir se vou ou não até, - olhou para a pasta já aberta. – Bélgica. Qualquer coisa eu falo com o Steve. Há outras localizações. Teremos que explodir cada uma?

— Não será necessário. A S.H.I.E.L.D está em um novo começo, estamos tentando finalizar o Projeto Insight.

— Eu não confio em Pierce. – alegou à agente, sabendo do assunto que se tratava.

— E você acha que confio? A última vez que confiei em alguém, perdi um olho. – falou o diretor com a expressão indignada. – Sugiro que converse com o Capitão. A missão é de vocês. Tenho uma boa tarde, agente Rockwell. – Nick Fury entrou no elevador, sumindo.

— Odeio formalidades. – murmurou a morena, entretida na pasta.

— Forças armadas atrás de você? – Loki riu com zombaria.

— Sou o Experimento Telekinesis, o causador que modificar meus genes, quer-me de volta. – disse sem importância. – Porque eu estou conversando com você mesmo?

— Não há mais ninguém nessa sala que eu saiba. – o Deus da Trapaça olhou para os lados inocentemente, sorrindo travesso.

— Você é idiota, sabia?– falou ela, cerrando os olhos para o moreno. – Preciso contatar Rogers. – passou em frente à Loki, quase trombando, indo em direção as escadas. Resmungou algo como perna maldita, antes de desaparecer.

E Loki sorriu mais uma vez.

— Você está melhor em Midgard, Singrid. É uma pena que não conheço sua vida nova, ainda.