O fim

8 meses depois

Já se passaram oito meses que eu estou aqui em Londres, com o meu pai, com meus amigos e com o Nathan. O Nathan estava em turnê e já fazia dois meses que ele estava longe de mim, dois meses de pura saudade. Eu e Madelline, a amiga que deixei em Londres da última vez, fizemos uns testes para bolsas em Cambridge e hoje sairia o resultado e tanto eu como a Madelline queria os meninos aqui conosco. Eu sempre conversava com o Nathan pelo:

-Estou com tantas saudades... Quando você volta? – perguntei

-Em breve neném... Só tenha paciência. – ele falou num tom carinhoso e ouvi a campainha tocar

-Vou abrir a porta já venho – falei com um sorriso de lado

Abri a porta e quem apareceu foram a Michelle, a Madelline, a Kelsey e a Nareesha, elas me acompanharam até meu quarto onde eu estava falando com o Nathan no Skype e elas conversaram com ele e mais tarde com os outros meninos que apareceram também.

-Como vocês estão aí no EUA? – Michelle perguntou a eles, em minha opinião foi mais para o Max, mas ok.

-Bem, mas estou sentindo falta do meu cantinho... E de você também... Digo, de todas vocês. – Max respondeu e eu e as meninas fizemos menção de vomitar, mas tanto o Max como a Michelle nos ignoraram e começaram a conversar. Enquanto isso, eu e as outras meninas fomos conversar:

-Gabi, vai se arrumar que nós vamos sair – falou a Kelsey

-Ok, vamos para onde? – perguntei

-Vamos ao shopping – falou Nareesha

-Nem sei por que eu pergunto – falei rindo

-Realmente... E mais tarde nós vamos ver o resultado das bolsas – respondeu Madelline

-Eu sei estou lembrada... Agora deixa eu me arrumar e não desliga o Skype, quero falar com o Nathan. – falei

Saí para me arrumar e não demorei muito, coloquei um short e uma blusinha fresca (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=62643053&.locale=pt-br ). Assim que sai o Nathan já me esperava no Skype e me afastei das meninas porque eu queria falar a sós com o Nathan

-Oi amor... – falei puxando assunto

-Oi... Como vai de novo? – ele falou rindo, mas seus olhos brilhavam

-Bem... – falei com um sorriso fraco

-Vai sair amor? Com esses trajes indecentes? – ele perguntou fingindo ciúmes, percebendo que eu estava de shorts e me fazendo rir

-Eu vou ao shopping com as meninas... Algum problema, senhor Sykes? – perguntei

-Não, nenhum Senhora Sykes... Só não quero nenhum babaca dando em cima de você como aquele entregador de pizza. – ele falou e eu ri

-Besta – falei ainda rindo

-Gosto de ver você assim. Sempre sorrindo – ele falou com um sorriso

-É que ás vezes fica difícil... Você está tão longe – falei e meu sorriso se desfez e se tornou um sorriso fraco

-Eu estou com saudades – ele falou

-Eu também estou – respondi

-Vamos nos ver em um mês, hein! – ele falou tentando me animar

-É... Um mês! – falei

-Não fica com essa carinha de cachorro sem dono Gabi... Não está ajudando – ele pediu fazendo bico

Não respondi, apenas abaixei a cabeça e senti algumas lágrimas molharem o meu rosto

-Gabi, não é pra chorar, se você estiver chorando eu vou ficar muito bravo e... – ele não terminou e nós dois já estávamos chorando em plenos pulmões.

Pude ver o Nathan encostando a mão na tela do computador como se fosse tocar meu rosto e eu fiz o mesmo com ele. Ouvi os meninos chamarem o Nathan para sair, pelo que entendi era mais uma entrevista que eles iriam dar.

-Gabi, eu tenho que ir... Te amo neném. – ele falou

-Te amo bebê... Se cuida – respondi e desliguei a chamada no Skype

Depois da minha conversa com o Nathan eu saí com as meninas que estavam me esperando na sala, nós não tínhamos a intenção de comprar nada, mas mulher quando entra em um shopping, sai de lá pelo menos com uma sacola. Compramos algumas blusas e uns vestidos de festa, não entendi porque as meninas me fizeram comprar aquele vestido, elas disseram que me explicaria depois. Fomos para a praça de alimentação para tomar um chá e conversamos mais sossegadas.

-Daqui a pouco sai o resultado e o nervosismo está tomando conta de mim – falou Madelline

-Nem me fale, medo é a palavra que me resume nesse momento – falei apreensiva

-Calma meninas! Vocês são inteligentes, vocês vão conseguir entrar na universidade – falou a Kelsey

-Espero. – respondi mordendo o lábio

Conversamos sobre coisas aleatórias por mais uns 10 minutos e eu e Madelline resolvemos que iríamos ver juntas o resultado, então fomos embora deixando as meninas no shopping.

XX

-E aí? – perguntei a Madelline que fuçava na página do resultado

-Calma... Estou procurando – ela respondeu

-Ai Meu Deus! – falei andando de um lado para o outro

-Dá pra você parar... Vai secar as pernas desse jeito – Madelline falou olhando pra mim com cara de “WTF?”

-Não dá! – falei sentada agora roendo as unhas. Depois de alguns 5 minutos em silêncio, Madelline dá um grito que me assustou

-APROVADAS! – ela gritou

-MENTIRA? – gritei de volta

-DÁ AQUI UM ABRAÇO – ela gritava pulando e eu a abracei.

Liguei para todos avisando a novidade e todos ficaram realmente muito felizes. O Nathan ficou muito feliz e ele resolveu que iríamos comemorar isso em grande estilo quando ele estivesse de volta, em um mês.

XX

1 mês depois...

O Nathan chegaria hoje e ninguém me deixou sair... Eu já estava nervosa, eu já estava pensando que alguma coisa havia acontecido e eles não queriam me contar, mas eles me garantiram que estava longe disso, até que a Kelsey aparece no meu apartamento com um sorriso de orelha a orelha.

-Oi – falei mal humorada e toda descabelada

-Porque está vestida assim

-Não estão me deixando sair daqui, o Nathan chegou hoje e eu não pude vê-lo porque estou trancada aqui. – falei

-Pois vá se arrumar... Vamos sair hoje á noite. – ela falou me empurrando para dentro do apartamento e invadindo o meu quarto

-Licença e obrigada – falei irônica

-Já está pronta? – ela falou ainda mais irônica

-Tá, já vou! – falei mal humorada

-E coloca aquele vestido que compramos mês passado no shopping! – Kelsey gritou da sala

Tomei um banho e me arrumei, coloquei o vestido e não sei a causa de tanta formalidade, mas ok, ela mandou e eu obedeci. Quando fiquei pronta (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=62643876&.locale=pt-br ) apareci na sala.

-Está bom assim? Para onde vamos? – perguntei com a cara emburrada

-Está ótima e quando chegarmos você vai ver... E desmancha essa cara – ela falou me puxando para sair. Chegamos ao carro e estavam lá a Michelle, a Nareesha e a Madelline nos aguardando.

-Mas o que é isso? Isso está certo produção? – falei e elas riram – Não estou vendo graça alguma, eu quero ver o Nathan, ok? – finalizei

-Calma Gabi... – falou a Nare rindo

Fomos ao tal lugar, elas puxavam assunto e vez ou outra elas tiravam uma risada de mim, até que chegamos num restaurante, um restaurante bem luxuoso devo dizer.

-O que estamos fazendo aqui? – perguntei descendo do carro e observando aquele restaurante – O que vocês estão aprontando? – perguntei me virando para elas e a Madelline gesticulou com a mão para que eu entrasse.

Me encaminhei até a entrada e elas me acompanharam com alguns “risinhos”, entrei e corri os olhos nas pessoas que estavam presentes, elas pareciam tão chiques e aquele restaurante estava lotado, mas ainda assim foi suficiente para que eu avistasse as pessoas mais importantes da minha vida ali presentes e todos reunidos. A minha mãe, o meu pai, o Louis, a Gisele, a Rhavilla, a Luísa, a Aline, o Bruno e os meninos da banda, menos o Nathan. Senti meus olhos marejarem e o coração acelerar na hora que bati os olhos neles. Mas faltava ele.

-Cadê o Nathan? – perguntei confusa

-Vamos lá – falou a Michelle

-Como vocês os trouxeram até aqui? – perguntei com algumas lágrimas que insistiram em cair pelo meu rosto

-Agradeça ao Nathan quando reencontrá-lo – Kelsey falou e eu dei um sorriso bobo

-Mesmo estando longe ele e muito ocupado ele preparou tudo isso aqui pra você – falou a Nare

-Queria abraçá-lo... Cadê ele? – perguntei confusa

-Vamos até a mesa, eles não podem nos esperar. – falou a Madelline me puxando até a mesa e eu observei que havia um mini palco com cortinas, mas ainda estava escuro.

-Vai ter show ao vivo? – perguntei

-A noite apenas começou baby – falou a Kelsey

Quando cheguei à mesa, cumprimentei todos, dei um longo abraço em cada um, principalmente na minha mãe, que eu tanto amava. Matei as saudades que tinha de cada um ali:

-Me enganaram direitinho, hein! – comentei fazendo todos rirem

-Não podíamos estragar a surpresa que o Nathan estava preparando com tanto carinho. – Louis falou

-Mas nem dicas vocês me deram – falei fazendo bico

-Ficamos sabendo que você e a Madelline foram aprovadas nos exames de Cambridge e vão estudar lá no próximo semestre – comentou o Max

-É... Fiquei muito feliz, foi a realização de um sonho para mim e para a Madelline. – falei com um sorriso

-Estou orgulhoso da minha princesa – Jay falou passando a mão pelo ombro da Madelline

-Queria compartilhar isso com o Nathan também – falei fazendo bico

-Já que você quer tanto o Nathan, olha pra trás – Kelsey falou e eu obedeci e dei de cara com um Nathan, sentado num banquinho, no meio do palco e ao fundo a música Marry You do Bruno Mars tocando, bem baixinho, os olhos do Nathan brilhavam mais que o normal e o sorriso dele estava perfeito, quero dizer, ele estava perfeito. Aquele menino não cansava de me fazer surpresar não? Todos que estavam presentes no restaurante pararam o que estavam fazendo e prestaram atenção no que ele estava fazendo e meus olhos se encheram de lágrimas, até que ele começou a falar:

-Gabrielle, você sabe que ainda temos a vida inteira juntos. E tenho certeza de que não estou me precipitando em fazer isso. Não ache que eu não pensei em todas as possibilidades e dificuldades que virão, porque eu pensei em tudo e cheguei a conclusão de que vamos passar por tudo, juntos. Não sabemos o que poderá acontecer amanhã, não sabemos quais surpresas a vida pode nos reservar muito menos saber quem irá entrar em nossas vidas e quem fará parte delas. Na nossa vida muitas coisas acontecem boas e ruins, choramos e sorrimos, caímos e levantamos, erramos e aprendemos. Talvez isso fique um pouco “meloso”, as é o que estou sentindo e tenho vontade de dizer. Eu jamais imaginaria que iria encontrar numa sorveteria o grande amor da minha vida e sem ao menos te conhecer me encantei com o teu jeito, naquele momento que te vi entrar pela sorveteria eu pensei: “É essa a garota!” – ele falou e nos fez rir – Quem imaginaria que de um simples conversa dentro de um elevador sairia um relacionamento como o nosso? Que um passeio por Londres fosse mudar tanto as nossas vidas? E o nosso primeiro beijo? Tinha gosto de brigadeiro... – ele falou e todo mundo riu novamente – Eu não acredito em amor a primeira vista e sei que você também não, mas acreditamos na vida, no destino e no acaso que nos uniu. Passamos por muitas coisas que hoje nos serve de experiência, ficamos separados e sem contato por um bom tempo, mas nem isso foi capaz de apagar essa “chama” no meu peito, esse amor por você e no fundo, eu sabia que iríamos ficar juntos de um jeito ou de outro e como a Gisele já disse uma vez “Não dá pra separar o azul do oceano”. Eu passei mais de dois meses em turnê e você ficou aqui me esperando, me apoiando e que outra garota faria isso por mim? Obviamente uma fã – ele falou e todos nós rimos – Mas qual garota com 17 anos, deixaria de ir para a balada, de ficar com os amigos, de fazer comprar no shopping, deixaria de dormir na hora certa pra ficar falando com o namorado no Skype? Que outra garota abandonaria tudo no Brasil, pra viver do lado de um namorado? Você – ele sorriu – Você sabe que eu odeio ver você chorar, mas hoje eu juro que não vou me importar – ele falou quando viu uma lágrima escorrer pelo meu rosto – Você sabe que eu nunca vou me cansar de dizer que te amo que quero ficar velhinho do seu lado, que quero ter no mínimo três filhos com você, que eles tenham os meus olhos, o meu sorriso, mas tenham a mesma meiguice da mãe. – ele riu fazendo todos rirem – Lembra quando eu falei que iria fazer de tudo pra te conquistar? – ele perguntou e eu assenti – Pois é, acho que não fiz muita coisa, mas pelo menos estamos juntos.

Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, todos que estavam ali presentes fizeram parte da nossa vida, da nossa história. Os meus pais, os meus amigos do Brasil, a Gisele, os meninos da banda, a Michelle, a Madelline, a Kelsey, a Nareesha e a família do Nathan, são provas vivas de que eu e ele nos amávamos e pertencíamos um ao outro.

Sei que você diz que nós somos muito novos pra isso, mas eu não aguento mais esperar e hoje eu quero te pedir Gabrielle, minha pequena, você aceita casar comigo? – ele perguntou na frente daquele restaurante lotado. A minha reação foi ir até lá e abraçar ele e o beijei, aquele foi o meu sim. Eu estava sem palavras, simplesmente emocionada, eu amava ainda mais o Nathan a cada dia que passava. As pessoas que estavam presentes começaram a aplaudir, gritar e assobiar. Colocamos as alianças e fomos nos sentar à mesa junto com todos, Todos pareciam estar cientes de tudo, talvez os meus pais não gostasse da ideia, mas sabiam que Nathan era o melhor pra mim e que ele é a única pessoa que me completa.

XX

Alguns meses depois

-E aí? Como estou? – perguntei as meninas no meu quarto

-Está linda Gabi – falou a Michelle com um sorriso

-Eu nunca imaginei a minha amiga casando – falou Madelline e eu não continha o sorriso e alegria que estava dentro de mim

-Eu estou nervosa – falei apreensiva, mordendo o lábio inferior

-Calma. É só isso que eu posso e falar – falou a Nare

Estávamos no meu quarto, hoje era o dia em que eu iria casar com o Nathan, Toda a minha família estavam presentes, os meus amigos brasileiros e os daqui também. Nesses meses que passei me preparando para meu casamento, aconteceram muitas coisas, o Louis se mudou para Londres com a bolsa de estudos e começou a namorar a Gisele, o Siva pediu a Nare em casamento, o Max e a Michelle voltaram a namorar, eu e Madelline estávamos na universidade e a minha vida não poderia estar melhor. Os padrinhos do casamento seriam o Tom e a Kelsey, o Siva e a Nare, o Max e a Michelle, o Jay e a Madelline e o Louis e a Gisele, o Nathan fez questão de que fossem eles e eu também, era óbvio que seriam eles os padrinhos.

-Gabi, nós já vamos. Te esperamos lá na igreja – falou Gisele e eu assenti

-Daqui a pouco eu chego lá... Vou preparar meu psicológico e... Toda noiva que se preze, atrasa um pouquinho, não é verdade? – falei rindo e elas riram também. Elas foram e eu me virei para o espelho e comecei a fitar meu reflexo ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=62644417&.locale=pt-br ) e imaginar o quanto o Nathan era importante na minha vida, o quanto ele tem sido maravilhoso e carinhoso, em como ele me faz feliz, me faz rir mesmo nos momentos mais tristes... O Nathan sempre me entendeu e eu estava feliz por estar casando com ele. Passei alguns minutos assim pensando na vida, até que ouço duas batidas na porta e meu pai colocando a cabeça dentro do quarto. Me viro para ele com um sorriso e o mando entrar. Ele senta na minha cama e eu me sento ao lado dele, com cuidado para não amassar o vestido.

-Minha menininha cresceu – ele falou olhando nos meus olhos e eu não contive o sorriso – Parece que foi ontem que te vi nascer e olha hoje, já está casando e realizando seus sonhos.

-Pai... – ele me interrompeu

-Psiu. Hoje sou eu quem vai falar. – ele falou me interrompendo e eu sorri – Quero que você seja muito feliz, não posso negar que achei muito cedo você casar, mas se é você que quer assim, que assim seja. O Nathan é um cara legal e é o cara certo pra você, a maneira como ele te olha é de pura admiração. – ele segurou minha mão – A minha filha está casando, a minha única filha, você sempre vai ser a minha molequinha, você sempre me deu orgulho, sempre foi essa menina forte, porque eu sei que você sofreu por eu e sua mãe nunca ter tempo pra você e estar sempre trabalhando, mas eu sempre procurei dar o melhor pra você e eu te amo. Hoje é um dia muito especial pra você e espero que venham muitos dias especiais pra você, te desejo toda a felicidade do mundo, que Deus abençoe esse novo casal que está se formando. – ele falou

-Eu te amo, pai – falei e senti o abracei e senti que uma lágrima escorrer pelo meu rosto, ele retribuiu meu abraço.

-Agora vamos embora e enxuga essa lágrima pra não borrar a maquiagem – ele falou me soltando do abraço e eu ri.

Fui para a sala onde estava a minha mãe, que sorriu e me abraçou e sussurrou um “Eu te amo”. Meu pai nos levou até a igreja, até lá minha mãe foi me dando conselhos em com deixar tudo perfeito na hora do casamento.

-Olhe diretamente nos olhos dele quando estiver entrando na igreja – ela falou e eu assenti

-Alguém o viu? Como ele está? – perguntei nervosa

-Ele passou no apartamento antes de ir para a igreja, ele queria te ver, mas não deixamos pra não dar azar, na verdade a Kelsey quase espancou ele – ela falou e eu ri nervosa

-Chegamos – meu pai falou nos interrompendo e me deu um frio na barriga

-Vou te esperar lá dentro, filha – minha mãe falou descendo do carro e entrando na igreja. As portas se fecharam quando minha mãe entrou e eu e meu pai nos posicionamos para a entrada na igreja, com certos cuidados, pois havia vários curiosos e paparazzo. Alguns segundos depois a marcha nupcial começa e junto às portas começam a abrir, revelando ali todos os convidados que estavam sorridentes e com os olhares direcionados a mim e revelando um Nathan, com um sorriso perfeito, me esperando no altar. Assim que entrei, as portas se fecharam impedindo da mídia atrapalhar a cerimônia, caminhei devagar até o altar, se quebrar o contato visual com o Nathan. Quando cheguei ao altar, meu pai beijou o topo de minha testa e deu um aperto de mão no Nathan.

-Cuide minha filha - meu pai falou baixou para que só nós escutássemos. Nathan assentiu com um sorriso e a cerimônia começou.

XX

-Eu vos declaro marido e mulher. – declarou o padre e o Nathan se virou pra mim me dando um selinho demorado. Até que começou a tocar She Loves You, do The Beatles e o Nathan olhou para eles com uma sobrancelha arqueada, os meninos fizeram cara de “Não fui eu!” e deram um sorriso. Nathan começou a rir e eu sem entender nada comecei a rir também.

Nos encaminhamos até onde seria a festa, possamos para alguns paparazzi e fomos aproveitar a festa. E u e Nathan trocamos de roupa para aproveitarmos melhor, dançamos, brincamos e rimos juntos, quando no final da festa, os meninos da banda e o Louis resolveram fazer uma “pegadinha”, eles nos colocaram sentados em duas cadeiras, deixaram o meio do salão vago e começaram a encenar uma... Peça de teatro? Digo uma comédia.

-Olá! Você é daqui? – disse o Max com uma peruca, imitando o Nathan.

-Não, sou brasileira, garoto sexy do sorriso perfeito – falou o Tom... Me imitando?

-E o que traz uma menina linda, sexy e da bunda grande aqui? – falou o “Nathan/Max”

-Meus pais resolveram mudar pra cá e vejo que tive sorte, seu... Gostosão! – falava “Eu/Tom” de um jeito muito gay

-Uma mudança e tanto – falou o “Nathan/Max” e do nada os dois começaram a se agarrar de mentira, fazendo todos rir

-Me solta! Seu... Seu... Seu... Sid-Sonho! – gritou “Eu/Tom” empurrando o “Nathan/Max” e saiu correndo, com o Max atrás fazendo todos rirem mais ainda.

Com a saída do Tom e do Max, entraram em cena o Jay, o Siva e o Louis, explicando o que havia acabado de acontecer:

-Como boa parte de você sabem, foi assim que o Nathan e a Gabi se conheceram – começou Jay e Louis o interrompeu

-Ou quase assim – falou Louis olhando sugestivamente para o Tom e o Max, que estavam se recompondo e voltado para o meio do salão juntando-se aos outros.

-Quando nós conhecemos a Gabrielle, cada um de nós nos apaixonamos um pouco por ela, de uma forma carinhosa é claro, nós cuidamos dela, ou não, como se fosse nossa irmã mais nova. – falou o Siva

-O Nathan é um cara de sorte por ter encontrado uma menina como a Gabi, nunca conheci uma menina tão meiga e tão doce como ela. Sempre a considerei minha irmã mais nova e Nathan, se você não cuidar dela, juro que te mato! Sou muito grato a ela, pois por causa dela, conheci o amor da minha vida também – ele falou e olhou para Gisele que ficou vermelha na hora.

-Mas a Gabi teve sorte também de ter encontrado alguém como o Nathan. Eu nunca vi alguém tão apaixonado como esse moleque ficou. Passava o dia inteiro falando em Gabi, chegava a ser irritante, mas ok. – falava o Max

-E todos juravam que o Siva seria o primeiro a se casar e olha aí, o nosso bebê agora é um homem de família e com responsabilidades. – falou o Tom nos fazendo rir.

-E pra quem não sabe She Loves You é a música que o Nathan sempre escutava, quando a Gabi estava no Brasil – falou o Jay e eu olhei rindo para o Nathan que abaixou a cabeça, envergonhado.

-O Nathan seria capaz de qualquer coisa para estar ao seu lado Gabi. Tanto que cancelamos shows para que vocês ficassem juntos, nós fizemos de tudo para levar a banda para o Brasil sem que o Nathan soubesse, cancelamos shows quando você estava partindo e cancelamos mais shows quando você estava voltando conosco para Londres e sabe, nós faríamos tudo isso de novo porque você merecem e formam o casal mais perfeito desse mundo. – falou o Siva

Todos aplaudiram e pude ver quanto amor existia a minha volta, quantas amizades verdadeiras. Eu simplesmente amava tudo aquilo.

-Bom muito obrigado pela homenagem rapazes. Ficou semelhante a realidade – falei rindo e me levantando da cadeira junto com o Nathan – Quero dizer que você mudaram a minha vida completamente, que vocês são muito importantes pra mim e amo todos. – falei

-Mas agora nós temos que ir... Paris nos espera – Nathan falou me abraçando por trás

-Paris? – perguntei confusa

-Não dizem que Paris é a cidade mais romântica do mundo? Então pensei porque não fazer nossa lua-de-mel lá – ele falou e eu o abracei distribuindo beijos no rosto dele – Só faltou num lugar – ele falou se referindo que não o beijei e dei um selinho demorado nele.

-Awn – todos falaram e nós rimos abraçados.

XX

2 anos depois

2 anos. 2 anos casada com o homem da minha vida, eu já tinha um filho, o Edward James. O Edward tinha os olhos e o sorriso do pai, como ele tanto queria, ele tinha 2 anos, pois é fiquei grávida logo depois que casamos, eu e Nathan achamos que fiquei grávida na nossa lua-de-mel.

Eu não podia estar mais feliz, a banda continuava com seu sucesso, o Siva e a Nare casaram um ano depois que eu e Nathan, o Tom, o Max e o Jay ainda enrolavam suas namoradas. A minha mãe no Brasil, no Brasil, encontrou um cara que a fizesse feliz e o meu pai, aqui em Londres, encontrou uma companheira e eu estava fazendo o que mais gostava na vida, realizando meu sonho, concluindo meu curso em Cambridge.

Enquanto eu voltava pra casa da universidade, eu vi uma criança comendo pipoca e só de olhar eu fiquei enjoada, mas espera a última vez que enjoei assim, foi quando fiquei grávida do Edward. Será que estava grávida? De novo? A primeira coisa que fiz quando cheguei a Londres, fui fazer o teste de gravidez e adivinha? Positivo, eu estava grávida. Fui para casa às pressas para contar a novidade e quando cheguei em casa, encontrei o Nathan e o Edward dormindo no tapete da sala e os dois estavam tão fofos dormindo juntos que me deu pena de ter que acordar , mas mesmo assim o fiz. Chamei o Nathan umas três vezes para que ele acordasse

-Espero que seja um assunto mais importante – ele falou ficando sentado

-Estou grávida – fui direta e num piscar de olhos o Nathan estava em cima de mim me beijando.

-Nathan, para com isso! Nathan calma! O Edward vai acordar – falei entre os beijos.

-Eu vou ser pai de novo! – ele falava se levantando e rindo, pulando pela sala, até que ele para em minha frente – Eu te amo tanto, sabia? Me deu um filho lindo, vai me dar mais um e me faz o homem mais feliz desse mundo! – ele finalizou se aproximando com um sorriso

-E você me faz a mulher mais feliz do mundo – falei e ele me beijou

Paramos quando o Edward começou a rir e começamos a rir também, enquanto ele corria até os nossos braços.

XX

2 anos depois

Eu já tinha três filhos lindos, pois é daquela vez que fiquei grávida era gêmeos e o Nathan quase soltou fogos de artifício quando soube, dessa vez foi um casal, a Sarah e o Stephan. Eu estava rodeada de pessoas queridas, amo cada um deles e faço qualquer coisa para ajudá-los. Os meninos continuavam com a banda, mas não era a mesma coisa de anos atrás, mas eles continuavam viajando e eu entendia, de vez em quando eu e as crianças viajávamos junto com eles. Os meninos da banda e todos que nos cercavam eram a nossa segunda família.

XX

Certos momentos na nossa vida fazem tudo valer à pena, vimos nossas crianças crescerem, nossos amigos casarem e ter filhos, mas mesmo assim não deixamos de nos divertir, nos tornamos adultos com alma de adolescentes.

Tivemos nossos altos e baixos, todos têm, todos passam por isso, mas a nossa família era grande e unida e mesmo depois de velhos e cansados continuamos juntos, até que começamos a perder nesse longo caminho chamado vida, a nossa hora estava chegando. Vi meus amigos morrerem e assim é a vida, tenho certeza de que não nos arrependemos de nada que fizemos, pelo contrário, nós faríamos tudo de novo. Nossa amizade será eterna, assim como o amor que sentimos um pelo outro.

“-Oi! – ele disse

-Oi... – disse tendo um susto e ele riu

-Tudo bem? – ele perguntou

-Tudo e você? – perguntei

-Ótimo! Como é seu nome? – ele perguntou

-Gabrielle, mas me chame de Gabi, por favor. E você como se chama? – perguntei

-Nathan, prazer – ele respondeu e apertou a minha mão e senti um frio na minha barriga, um tipo de energia como se ele pertencesse a mim.”

“-Eu te amo – falei

-Eu te amo muito mais! – ele respondeu”

“... Eu jamais imaginaria que iria encontrar numa sorveteria o grande amor da minha vida e sem ao menos te conhecer me encantei com o teu jeito, naquele momento que te vi entrar pela sorveteria eu pensei: “É essa a garota!” – ele falou e nos fez rir – Quem imaginaria que de um simples conversa dentro de um elevador sairia um relacionamento como o nosso? Que um passeio por Londres fosse mudar tanto as nossas vidas? E o nosso primeiro beijo? Tinha gosto de brigadeiro... – ele falou e todo mundo riu novamente...”

“-Eu quero ficar bem velhinho ao seu lado – ele falou

-E eu quero ficar bem velhinha do seu lado – respondi”

-Você vai ser sempre o meu bebê – falei entrelaçando os nossos dedos

-Você vai ser sempre a minha neném... A minha pequena. – ele falou deitado do meu lado, com a voz rouca e fraca, tossiu e apertou ainda mais a minha mão – Estarei esperando por você do outro lado da vida. – ele finalizou

-Em pouco tempo estarei com você – falei e senti sua mão fraquejar e senti o seu último suspiro. Lembrei de todos os nossos momentos juntos, enxuguei uma lágrima do meu rosto e deitei em seu peito já falecido e fechei os meus olhos para viajar no tempo e assim deixar esse mundo e reencontrar o amor da minha vida.

“Ele era o bebê dela, ela era a neném dele.”

FIM