-Mas mãe! E você? – perguntei em meio às lágrimas e soltando do abraço

-Eu vou ficar bem Gabi. Você deve seguir os seus sonhos! – ela falou enxugando as lágrimas

-Mas, você pode ir com a gente – falei

-Não Gabi. O meu lugar é aqui e o seu lugar é ao lado do Nathan, sempre foi. Voltar ao Brasil foi um grande erro. Amanhã eu resolvo as coisas pra você voltar pra Londres – ela falou e eu assenti com algumas lágrimas nos olhos – Agora eu vou tomar um banho, vou dormir que amanhã o dia é longo e você deve fazer o mesmo – ela finalizou

Minha mãe saiu do meu quarto e eu imediatamente liguei para o Louis e contei toda a minha situação a ele, que me ouviu atentamente e no final ele me deu conselhos, como sempre fazia, e disse que eu precisava seguir meu coração e ir em busca do que me faz feliz. Era uma decisão difícil, mas eu já tinha certeza do que iria fazer,, eu voltaria para Londres.

Depois da conversa com o Louis, fui tomar um banho e depois dormir.

XX

Acordei no outro dia umas 8h00min da manhã, quando levantei percebi em cima da mesinha um bilhete da minha mãe, que dizia que ela já havia ido trabalhar e não voltava para o almoço. Fiz minha higiene pessoal, tomei café e fui assistir TV, que não tinha nada de interessante e com certeza as minhas férias estavam sendo as mais entediantes. Fui para o meu piano, com ele o meu tempo passava rápido e eu me sentia bem o tocando, sentei em frente a ele, analisei cada tecla dele e pensei em música para tocar e do nada senti uma vontade imensa de tocar e cantar uma música do Evanescence chamada “My immortal”.

Comecei a tocar e a cantar, coloquei todo o meu sentimento ali, naquela canção. No decorrer da música, algumas lágrimas brotaram dos meus olhos, eu estava concentrada na música, até que ouço uma voz me acompanhar na música, aquela voz era do Nathan. Olhei para trás na hora, e ele parou de cantar, ficamos nos observando em silêncio por alguns segundos, há tempos eu não olhava tão fundo naqueles olhos verdes que sempre me encantaram e como eu o amava. Caminhei até ele e parei em frente a ele, sem quebrar o contato visual, dei um sorriso de lado e ele me puxou mais pra perto dele, segurando minha cintura, aproximando os nossos rostos e eu podia sentir a respiração dele, fechei os olhos e ele entendeu o que eu queria naquele momento e selou os nossos lábios. Depois daquele beijo e com nossas testas coladas:

-Me perdoa? – falei quase num sussurro

-Perdoar? Mas te perdoar de quê? – ele perguntou confuso, separando nossos rostos

-Por ter te tratado mal, por não querer te ouvir... – comecei falando e fui interrompida com mais um beijo do Nathan

Quando descolamos nossos lábios mais uma vez, ele olhou nos meus olhos e com um sorriso perguntou:

-Isso serve como uma resposta? – ele falou e eu dei o meu maior sorriso em meio a lágrimas de felicidade e o abracei, o mais forte que pude, ele retribui o abraço na mesma intensidade e continuou – Você vai voltar pra Londres? Comigo?

-Vamos conversar sobre isso – falei fazendo suspense e o puxando para sentar na sala

Sentei em um sofá e ele ficou do meu lado, apenas me observando falar:

-Bom Nathan, eu conversei com minha mãe e ela me falou que meu pai está morando em Londres de novo. – falei

-Eu tentei te falar isso, mas... – ele começou a falar e eu o interrompi

-Mas, se eu voltar com você, eu vou ter que morar com meu pai, certo? – falei e ele assentiu – Então, minha mãe disse vai sentir muito a minha falta, mas se isso é a minha felicidade, eu tenho que ir. – finalizei com sorriso

-Então você vai? – ele perguntou ofegante e eu assenti rindo

Nathan não se aguentou e me puxou pra um abraço demorado seguido de um beijo. Depois olhamos um nos olhos do outro, percebi que os olhos do Nathan brilhavam mais do que todas as outras vezes, entrelacei nossas mãos e sem quebrar aquele contato visual, colamos os nossos rostos mais uma vez e num sussurro:

-Ninguém vai nos separar mais pequena... Ninguém. – ele falou

-Eu quero ficar velhinha do seu lado. – falei rindo e selamos nossos lábios em mais um beijo carinhoso

Ficamos cerca de uma hora juntos, conversando, brincando, rindo, “namorando”... Aproveitamos todo o tempo que passamos separados, meu desejo era nunca mais sair dos braços do Nathan.

-Nath, vocês não iriam embora hoje? – perguntei deitada no colo dele, enquanto ele brincava com meu cabelo

-Iríamos, mas podemos esperar mais um pouco – ele respondeu

-Por quê? – perguntei confusa e ele riu

-Nós vamos esperar você neném, você tem que me dar seu passaporte, pra equipe tirar seu visto mais rápido, enquanto isso você resolve suas coisas por aqui e nós vamos embora – ele falou

-Não vejo a hora de ir... Sinto muita falta do meu pai, sinto falta das ruas londrinas, do chá das cinco... – falei rindo

-Falta pouco neném... – ele falou – Eu te amo, para sempre! – ele finalizou

-Eu te amo muito mais... Para todo o sempre! – falei e me levantei à altura dele para selarmos nossos lábios mais uma vez

Passamos mais uns 10 minutos ali e depois saímos para o hotel onde ele e os meninos estavam. Não demorou muito para que fôssemos fotografados juntos, mas eu não me importava, eu estava ao lado do Nathan e só isso já me bastava. Quando chegamos ao hotel, fomos direto para os quartos onde eles estavam e bati na primeira porta e reconheci logo aquela voz rouca:

-Quem é? – perguntou Tom e deu pra perceber que ele estava bem atrás da porta

-Uma pessoa – respondi

-O nome da pessoa – ele falou

-Abre a porta Tom – Nathan falou rindo

-Com quem quer falar? – Tom perguntou

-Abre logo essa porta Tom! – falei e bati na porta

-Mais que... GABI! – ele gritou me abraçando

-Parker! – falei rindo retribuindo o abraço

-Saudades de você baixinha! – ele falou bagunçando meu cabelo

-Também estava com saudades, mas não precisa bagunçar meu cabelo... E eu pensei que não fosse abrir a porta Parker! – falei rindo

-Você sabe como é... As fãs! Já pensou se elas entram aqui... – ele falou colocando a mão na testa

-Palhaço – falo rindo

-Eu ouvi alguém gritando pela... GABI! – Max aparece no corredor gritando e vindo na minha direção para me abraçar

-Max! – falei retribuindo o abraço dele

Não demorou muito para que o Jay e o Siva saíssem de seus quartos para se certificarem do que estava acontecendo no corredor e acabamos num abraço coletivo. O nosso momento ternura foi interrompido pelo toque do meu celular, era o Louis me ligando, avisei que estava no hotel e pedi que ele fosse para lá, que aceitou meu pedido. Enquanto eu colocava meu celular no bolso da calça, escuto uma voz feminina me chamar, atrás de mim:

-Gabi? – a voz chamou

-Oi? – perguntei virando para ver quem era e Gisele quem havia me chamado.

Continua...