Capítulo 1: Coisas estranhos

Olhei para o lado e vi Nicolas conversando com Valtinho. Sorri e fui até eles. Nicolas me abraçou e me deu um beijo, mas foi amargo... Sem sentimento.

- Oi Julie - Falou Valtinho

- Oi - Falei com a voz baixa

Conversamos por um tempo e depois eu e Nicolas fomos para uma lanchonete onde ele ficou olhando para o lado e para o outo o tempo todo.

- O que foi Nicolas?

- Nada.

Desde um tempo pra cá, Nicolas tem passado uns tempo com Talita, uma antiga melhor amiga dele, e ele acha que não percebo que esta de um certo modo se sentindo atraído. Mas aquilo não podia continuar... Estava tudo errado. Mas eu amo o Nicolas.

Fiquei por uma semana pensando nisso ate que depois de tanto sofrimento decidi que era hora de saber se o Nicolas sentia algo por mi, porque eu já sabia que algo ele sentia pela Talita.

Encontrei Nicolas na hora da saída e chamei ele para conversamos em particular.

- O que foi Julie?

- Nicolas, olha eu estou triste com o que esta acontecendo sabe... Já deve ter percebido que não estamos parecendo namorados. E mais difícil ainda e porque... Sei que sente algo pela Talita.

Nicolas ficou congelado. Abriu a boca tentando encontrar voz e palavras. Eu cheguei perto dele e acariciei seu rosto.

- Precisamos terminar - Meu olhos estavam começando a lagrimar.

Nicolas apenas balançou a cabeça no sinal de sim com os olhos baixos.

- Eu ainda gosto de você - Falei indo embora.

Passei o dia chorando, triste e sem vontade de fazer algo. Bia minha melhor amiga foi me visitar e me dar apoio. Na verdade ela foi a primeira a me avisar sobre a aproximação de Nicolas e Talita. E estava sendo duro saber que a pessoa que eu amava não estava mais me correspondendo. Era uma ferida grande.

Dois dias depois eu estava tentando me recompor. Eu assistia televisão quando de repente a luz havia ido embora. Tudo ficou escuro.

- Julie? - Perguntou meu pai.

- Oi

- Nada só queria saber quem estava vendo televisão.

- Fui para o meu quarto e lá me deitei. Mas eu comecei a sentir como se algo estivesse encostando em mim nas costas. Me assustei levantando. Ouvi um riso fechei meus olhos e respirei fundo. Logo a luz voltou e eu desci para o porão e fui me descontrair tentando tirar da minha mente o que havia acontecido comigo no meu quarto.

Escutei umas musicas e consegui ate sorrir, de verdade. Porque eu me senti feliz.

Eu me levantei e virei quando dei de cara com alguém.. Ou sei lá. Apenas gritei assustada!

- O que foi Julie? - perguntou o estranho

Era um homem, pálido... Estranhamente pálido. Ele tinha os cabelos loiros e enrolados. Vestia um terno preto com uma camisa vermelha a mostra. Seu olhar era de bagunça.

- Quem e você?

- Hum.. A pergunta mais interessante não e essa minha querida.

Meu coração se acelerou de medo.

- Pai! - Gritei mas não tão alto.

- Se eu fosse você eu não faria isso.

- O que e você?

- Olha era isso o que eu queria ouvir.

- Pai! - Gritei mais alto.

- Não adianta sabia?

- Porque? Você fez algo com ele?

Sai do porão e procurei por todos os cantos alguém ate que meu pai estava no quarto dele.

- Que foi? - meu pai perguntei.

- Nada - Falei mentindo.

Voltei para o porão e vi o homem sentada em uma cadeira.

- Qual e a sua?

- A minha... Bem...

- O que você e?

-Deixe eu...

- Não! Diga o que e!

- Preciso que faça algo para mim.

Encarei o estranho que estava na minha frente e fiz uma cara feia pra ele.