Nove meses se passaram desde o incêndio no Instituto, e Hiro já tinha superado a morte de Tadashi. Ou era isso que ele pensava. Visitar Callaghan na prisão foi mais difícil do que o garoto pensava que seria. Felizmente Baymax tinha se tornado bem conhecido em San Fransokyo e foi capaz de acompanhar Hiro na visita substituindo um adulto, já que o estudante era menor de idade.

Baymax acabou nunca tendo autorização de Tadashi para revelar sobre a viagem no tempo, o que fez com que o robô não revelasse nada, mesmo se quisesse.

Callaghan confessou que havia mais sobre o portal que poucos sabiam. Anteriormente o professor tinha o plano previsível, mas o acidente com sua filha causou uma mudança no projeto, e, antes que alguém percebesse, Callaghan estava tentando criar sua própria máquina do tempo.

Era impossível, obviamente, e ele não gostava de falar sobre o portal, mas ele devia pelo menos isso a Hiro. O herói de San Fransokyo tinha trazido Abigail, ainda que fosse por algumas semanas antes de sua morte definitiva.

Meses atrás Callaghan estava disposto a entregar tudo o que tinha só para pelo menos ver aquele portal funcionar, - sim, o acidente causou muitas dúvidas em Krei, porém ainda assim permitiu que o professor terminasse seu projeto - mas agora parecia que nada mais importava. Abigail tinha sumido, e a motivação do professor também.

Todavia Hiro fazendo um acordo com ele sobre o portal não estava em seus planos monótonos.

– Você sabe como usar o portal, eu sei como te tirar aqui – Hiro declarou com um sorriso na boca e um brilho nos olhos.

– Tem mais uma coisa – Callaghan explicou – Eu não sei como o poder irá afetar o corpo humano uma vez fora do portal. Talvez nós morramos, talvez não conseguiremos passar, ou até passaremos, mas não lembraremos de nada.

Hiro franziu o cenho.

– Como assim não lembraremos de nada?

– Eu não sei como funciona, mas sei que o cérebro humano é bem complicado quando se compara a coisas como essa. Portais, robôs... – O professor suspirou – Principalmente você, que nem atingiu a idade adulta ainda. Entretanto não sei sobre Baymax.

Aparentemente Hiro não se importava. Se fosse possível mudar o futuro de Tadashi ou pelo menor vê-lo mais uma vez, era o suficiente.

Baymax tentou intervir durante todo o processo, porém foi em vão. Os três entraram e passaram pelo portal.

Os próximos momentos de Hiro foram estranhos. Ele se mexeu na sua cama – como tinha parado lá? – e realmente sentiu que estava se esquecendo de algo, mas não conseguia saber o quê. Tudo o que lembrava era de suas aventuras que passara com sua equipe defendendo San Fransokyo. Suspirou de cansaço quando uma voz familiar o chamou.

– Ei, Hiro, acorda – uma pausa – Ei, cabeção, já ta na hora de sair da cama.

Abriu os e encarou a pessoa que estava do seu lado, que era nada menos que Tadashi.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.