— Eu... - suspirou passando as mãos no cabelo e ele sentou beijando o ombro dela.

— Eu só quero que confirme só isso ou você não sabe? - e ela o encarou pensando no que responder naquele momento.

Era algo tão simples e ao mesmo tempo complicado de se dizer porquê sabia que Heriberto iria querer assumir aquela paternidade e também sabia que Frederico era perigoso e não permitiria que um "qualquer" tomasse "suas filhas".

Heriberto entendeu aquele silêncio e beijou mais o ombro dela e segurou seu rosto sorrindo a confirmação não saia de seus lábios mais sim de seus olhos e ele a beijou na boca com desejo e muita, mas muita paixão e ela o correspondeu do mesmo modo o agarrando e sentando em seu colo.

— Eu já entendi e não vou te forçar mais a dizer nada. - acariciou o rosto dela que sorriu.

— Obrigada! - mordeu os lábios dele e o beijou abraçando seu pescoço enquanto movia seu quadril.

Heriberto a apertou contra deu corpo com calma a barriga já não dava a eles muita mobilidade no sexo mais ele invadiu a intimidade dela enquanto gemiam juntos e ela se moveu em busca de prazer para ambos e eles sorriram era tão gostoso estar assim nos braços um do outro que passaram a tarde ali saciando e matando a saudade um do outro.

[...]

NOITE...

Cristina chegou em casa as oito em ponto estava cansada, mas por um bom motivo tinha novamente sentido as pernas tremerem como gostava de sentir sempre que tinha um orgasmo sorria com calma e ao atravessar a porta deu de cara com Frederico que sorria com cinismo para ela.

— Boa noite, amor! - se aproximou dela e ia beijar sua boca mais ela virou o rosto. - Estava te esperando para jantar!

Cristina o olhou e se afastou dele.

— Eu já jantei! - caminhou para a escada e ele a puxou quase a fazendo cair no chão. - Está louco? - o empurrou soltando seu braço.

— Estava com aquele médico?

— E você com sua putinha? - o encarou e ele riu.

— São negócios, Cristina... - ela levantou a mão para sentar na cara dele. - Não se atreva.

— Você é um desgraçado, não tem mais negócio algum você está me traindo porque quer e eu vou somente te avisar essa vez. - apontou o dedo para ele. - Se você pode eu também posso e não é porque eu estou grávida que não vou sentar e rebolar no pau de qualquer um que aparecer na minha frente!

Frederico sentiu o sangue ferver e a pegou pelo braço.

— Se atreva que eu acabo com você! - ela o empurrou novamente sem medo.

— Você é um covarde! - gritou com ele. - Você pode me trair e eu não? Nós sempre tivemos um acordo Frederico e você acabou com ele nessa noite! - voltou a subir as escadas.

— Eu mato ele, Cristina, eu mato! - ela sentiu o sangue esfriar e o encarou.

— E eu mato você! - ele gargalhou e ela subiu para o quarto o ouvindo.

— Não me desafie!

Cristina não disse mais nada e apenas entrou no quarto caminhando direto para o closet e tirou sua roupa colocando uma camisola estava cansada e apenas queria dormir, já tinha jantado com Heriberto e ela apenas fez sua higiene e deitou em sua cama e logo adormeceu.

Frederico depois de jantar sozinho caminhou para o quarto e parou na porta e a observou dormir ela estava certa sempre tiveram um acordo de não dormir com outras pessoas se não fosse por "negócios", mas ela andava tão fria que ele procurou esquentar seu colchão com outras mulher.

Caminhou para o banheiro fez sua higiene e foi para cama sentia o pau latejar ainda e apenas deitou ao lado dela e tocou sua barriga sorrindo tinha duas lindas meninas ali para ele cuidar e mesmo sabendo que não era o pai ele não iria permitir que ninguém tomasse seu lugar.

Cristina nunca soube que Frederico era estéril e ele não fez questão de contar sempre foi um homem de negócios e cama e por isso tomou a decisão de operar para não ter filhos, mas isso foi antes de conhecer Cristina e ele nunca contou, pois achou que eles sempre viveriam assim em "negócios".

Mas agora ela estava ali grávida e ele não iria perder a chance de ser pai não iria mesmo e faria de tudo para protegê-las... E foi com esses pensamentos que Frederico adormeceu ao lado de sua mulher.

[...]

ALGUM TEMPO DEPOIS...

A rotina de trabalho para todos foi bem corrida naquele mês que se passou Cristina tomou conta da ala de ginecologia e Heriberto sempre que podia estava ao lado dela roubando beijos e a levando para a sala dos médicos tinham feito amor por vários lugares ali e fora do hospital também.

Frederico não gostou nada de saber que sua mulher estava com outro homem e mesmo que ela o escondesse ele sabia perfeitamente que sim ela estava com outro homem, pois cheirava a sexo e o enlouquecia por não pode tocar nela. Cristina estava fazendo greve a ele e pagando na mesma moeda sua traição.

Mas Frederico já estava farto daquela situação toda e daria um ponto final assim como deu em seu caso com a secretaria a mandando embora, mas já era tarde para os dois já que Cristina tinha se afastado de vez dele e estava disposta a pedir o divórcio para ele.

Naquela tarde Heriberto estava todo empolgado quando adentrou a sala de Cristina e ela sorriu para ele tirando seu jaleco era seis meses de gestação com uma barriga de oito ela estava maior e linda o que o fazia suspirar por ela sempre que a olhava.

Aproximou-se e a beijou nos lábios com devoção e ela o agarrou como pode e eles riram com aquela situação pareciam de fato um casal e era assim que ele queria ver sempre ele a soltou e segurou em sua mão.

— Está pronta? - beijou a mão dela.

— Sim, aonde vai me levar? - perguntou curiosa.

— Você já vai saber curiosa! - riu dando um selinho nela e pegou sua bolsa e os dois saíram juntos.

[...]

Quando ele parou frente a casa ela estranhou mais nada disse apenas desceu do carro com a ajuda de Heriberto e ele caminhou ao lado dela com um lindo sorriso. Entraram e ele continuava calado apenas a conduziu para o andar de cima e quando parou em frente a uma porta o coração dela disparou e os dois se olharam.

— Eu tenho um presente pra você! - encheu os pulmões de ar. - Espero que goste!

Ele abriu a porta para ela e o cheiro de novo invadiu suas narinas mais não era qualquer cheiro e ela deu dois passos a frente e viu aquela imagem e seus olhos encheram-se de lágrimas.

— Heriberto... - foi tudo que ela disse e o olhou sorri.