Heriberto assentiu e começou a relatar tudo para ele e os dois começaram a ver o melhor modo de "salvar" Cristina... e o tempo se foi...

Um mês se passou desde que Cristina resolveu viver com Frederico sentia saudades das filha os seios doíam todos os dias sentindo e mostrando a ela que aquela era a pior decisão de sua vida, mas não podia deixar que Frederico fizesse mal aos seus amores e pelo menos três vezes na semana ela "fugia" para amamentar as filhas na pracinha em que as babás as levavam e ao longe Heriberto a observava sentindo o amor explodir em seu peito era somente a confirmação de que ela queria estar com eles mais não podia no momento.

Ele seguia junto a Damian cuidando de tudo para que ela se livrasse logo daquele castigo que era estar ao lado de Frederico e mesmo morrendo de saudades ele apenas cuidava de suas meninas que a cada dia fica ainda mais lindas e parecidas a mãe era o seu maior presente o presente de amor e na presença delas ele sorria porque era a metade de um amor que não se mede.

Nesse meio tempo Victória entrou com uma ação para provar a paternidade de sua filha junto a Heriberto e ele aceitou auxiliado por seus advogados, ela sabia que podia tirar milhões dele mais uma vez e seguiu com seus planos, mas o que ela não sabia era que Heriberto estava de olho em tudo que ela fazia inclusive no dinheiro que ela desviava de Frederico para sua fuga.

Heriberto sabia que aquela menina não era sua, mas seguia o jogo dela ao pé da letra e permitiu até que ela se aproximasse dele como uma "reconciliação" dando a ela esperança de um futuro a dois e ela sorria por achar que estava acima do bem e do mal que podia seguir manipulando a todos ao seu redor e que de fato Heriberto estava mais uma vez aos seus pés.

Enquanto isso Frederico seguia tentando ter o amor de Cristina novamente a todo custo, mas ela o repudiava e joga todos os dias em sua cara que não era feliz que ele tinha tirado dela o prazer de ser mãe e mulher e parecia que aquelas palavras o afetavam de verdade já que ele saia de perto dela sem resposta alguma.

O que Frederico queria era amor, mas não qualquer amor e sim o de sua mulher a sua Cristina que ele sabia que já tinha perdido, mas não dava o braço a torcer mesmo tendo Victória em sua cama. Era ela a mulher de sua vida a mulher que sempre seria para ele a mulher que o cegava de tal maneira que ele não via o que de fato acontecia ao seu redor e principalmente em suas finanças, mas tudo que aqui se faz aqui se paga...

[...]

AGORA...

Era dia de audiencia entre Victória e Heriberto para que o juiz desse a sentença de pensão ou não caso o exame desse negativo. Ele estava ali de frente a ela que sorria para ele o "cortejando" como uma adolescente e em sua perna a pequena Maria estava grudada em sua perna cheia de medo como sempre e mesmo que naquele mês Heriberto tivesse cuidado dela com amor e carinho ainda era uma aproximação bem difícil.

Quando o juiz chamou todos adentraram a sala e sentaram em seus devidos lugares e pela primeira vez Maria não quis Victória e foi para o colo de Heriberto que a segurou e a encheu de beijos tirando de seu bolso um pequeno ursinho que ele tinha trago a ela como presente e ela sorriu deitando em seu peito querendo afago e amor.

O juiz começou a audiência e as duas partes foram ouvidas até que ele abriu o exame para que fosse dita a verdade e antes de qualquer palavra lida naquele papel ele perguntou.

— Se de fato a menor foi sua filha o que fará?

Heriberto suspirou e olhou a pequena adormecida em seus braços não era de praxe uma criança estar ali junto, mas naquele caso o Juiz permitiu por insistência do advogado de Heriberto. Ele olhou mais alguns segundo para aquele bebê e depois olhou o Juiz.

— Se for minha filha, eu quero a guarda para mim! - foi firme e Victória engoliu em seco. - Essa mulher como consta aí nas declarações não é capaz de cuidar nem dela mesmo imagine dessa menina.

— Ela é minha filha e vai ficar comigo! - disse se alterando pensando no dinheiro.

— Ainda não dei a palavra a senhora! - o juiz a cortou. - Continue doutor!

Victória bufou e o encarou rasgada de ódio.

— Eu estou cuidando dela há um mês e percebo o quanto ela é maltratada e uma vez ou outra aparece com roxos nos braços e a última vez ela estava com um roxo na barriga então peço que se for ou não minha filha me de a guarda dela. - estava apaixonado pela pequena que mesmo na idade de falar nada dizia apenas apontava.

O juiz assentiu e passou a ler o papá em Victória estava perdida e mesmo que desce positivo ela não ficaria com ela e muito menos com o dinheiro que viria junto a ela. O juiz suspirou e antes que falasse o advogado de Heriberto levantou e deu a ele outro envelope e falou algo baixo somente para que ele ouvisse e o juiz assentiu abrindo assim o outro envelope.

Era o fim para Victória e suas maldades contra Heriberto e ela sabia assim que olhou em seus olhos estava ali para passar ridículo e o juiz a olhou dizendo.

— A senhora tem noção do que fez?

— Eu fiz por amor! - argumentou. - Eu o amo e ele não entende.

— Isso não justifica brincar com os sentimentos de uma criança! - disse sério. - Muito menos uma criança que já vem de traumas antigos como essa pobre criança!

Victória abaixou a cabeça e olhou a menina adormecida nos braços dele agarrada ao pequeno ursinho dormia serena, mas ela sabia que do orfanato de onde a tinha tirado ela sofria sempre com maus tratos e fome. Heriberto a olhou sabia que ela não era capaz de amar ninguém e nos olhos dele apenas tinha desprezo e pena.

Ali não era preciso dizer mais nada a verdade estava nos olhos dela e no papel nas mãos do juiz e Victória se perguntou onde tinha errado ou deixado passar aqueles detalhe de Heriberto e ela suspirou ao ouvir um belo sermão do juiz e ao final Heriberto conseguiu a guarda provisória da pequena com base em todos os argumentos e provas apresentadas ali e a audiência se dava por encerrada com Victória derrotada naquele momento.

Victória sabia que tinha que sumir dali e ela nem pensou apenas pegou suas coisas e saiu quase que correndo enquanto Heriberto sorria com sua menina nos braços agradecendo a seu advogado por ganhar a causa e ele foi logo para casa para ficar junto a suas gêmeas que também precisavam dele e agora tinham uma irmã para amar.

Era só a primeira etapa vencida o melhor ainda estava por vir e ele sorriu sabendo que seria um final mais que feliz para ele e sua família...