— Olá! - falou como se nada e Heriberto a olhou com ódio por ela estar ali. - Você deve ser a vagabunda que está esquentando a cama de meu marido né? - sorriu com ódio nos olhos.

Cristina nem soube o que dizer naquele momento sentia tanta tristeza e quando viu uma menininha de aproximadamente cinco anos enroscar os braços na perna de Victória ela se tremeu toda e a lágrima escorreu sem que ela controlasse.

— E essa é Maria a nossa filha!

Heriberto a olhou com fogo nos olhos ela não iria estragar sua vida novamente não ia e ele gritou com ela.

— Ela não é minha filha! - Lorena em seus braços chorou e Cristina como pode pegou a filha no outro braço quase que arrancando ela de Heriberto e subiu para o quarto. - Some da minha casa, Victória!

Ela sorriu para ele.

— Não antes de reconhecer a nossa filha! - ela estava ali disposta a tudo e fazia parte do plano dela com Frederico e pela cara de Cristina ela sabia que tudo se encaminhava como tinha que ser. - Achou mesmo que eu tinha abortado? - falou maldosa.

— Você é uma desgraçada que quase me levou a ruína financeiramente e ainda tentou me matar cortando os freios de meu carro! - falou alterado.

— Isso ai nunca foi provado! - ela sorriu maldosa. - Você quase nunca fazia revisão naquele carro e agora vem me culpar? - ela riu mais. - Penso que me culpa somente porque não te quis e ainda "abortei" nossa filha! - apontou a menina presa em sua perna. - Mas agora está na hora de acertar os ponteiros e você tem que assumir.

— Suma da minha casa e nunca mais volte porque essa menina não é minha e mesmo que seja eu quero provas porque você é uma vagabunda! - ela arregalou os olhos nunca tinha o visto daquele modo. - Suma daqui ou eu não respondo por mim e essa menina se for mesmo sua filha não merece ver semelhante barbaridade que vou fazer com você! - era repulsa por aquela mulher que tanto mal tinha feito a ele.

Victória sabia que ali naquele momento não iria conseguir nada dele, mas já tinha feito sua parte e apenas pegou a pequena em seus braços e ela deitou a cabeça em seu ombro vestia um lindo vestido vermelho com apenas cachinhos nas pontas dos cabelos era igual a Victória mais ele não conseguiu sentir amor por ela e nem sabia explicar porque, mas sentia que era mais um golpe de Victória e iria descobrir e assim ela se foi...

[...]

No quarto Cristina chorava dando de mama para Lorena enquanto Isabela dormia na cama a seu lado queria aproveitar o máximo que podia aqueles momentos junto a suas meninas e viu a porta se abrir e Heriberto entrou com o coração aflito vendo ela limpar as lágrimas ele não queria sua mulher chorando por algo que não era e ele ajoelhou ao lado dela e ela não o olhou apenas seguiu acarinhando os cabelinhos da filha.

— Amor, ela mente! - falou logo. - Ela é uma mulher má que só veio para criar conflito entre nós dois, mas eu não tenho e nunca tive nada com ela, ou melhor, eu já tive sim, mas ela apenas roubou meu dinheiro e quase me matou e agora vem me dizendo que aquela menina é minha, mas não é assim! - segurou a mão dela.

Cristina estava triste sentindo que nunca iria conseguir ser feliz com ele, mas ela precisava ser forte por suas filhas e pensando assim ela olhou para ele deixando as lágrimas caírem por seu rosto e colocou a neném na cama e levantou fazendo assim com que ele levantasse também e ela ficou de costas para ele com a mão no rosto e ele caminhou até ela e tocou seus ombros.

— O que está acontecendo? Você, não acredita em mim? - a virou para ele.

— Eu vou embora! - falou num fio de voz sentindo que sua garganta rasgava com aquelas palavras.

— O que? - falou incrédulo. - Não! - sentiu o desespero tomar conta dele e a segurou pelo rosto. - Você precisa acreditar em mim, Cristina, eu estou dizendo a verdade.

Ela só fez chorar, mas não contou a ele porque iria, mas depois ele iria entender e ele via nos olhos dela o mesmo desespero dele e a beijou na boca como uma fuga do que ela dizia e ela o prendeu em seus braços e o beijou em meio às lágrimas e as roupas foram sendo tiradas se era para ter um ultimo momento eles teriam e ele a juntou na porta do quarto e a suspendeu entrando com força queria que ela tirasse aquela ideia maluca de sua cabeça porque eles se amavam e isso não era sentido somente no toque, mas sim em todo o resto.

Heriberto se moveu dentro dela com rapidez enquanto devorava seus lábios e ela fazia o mesmo marcando a pele dele com suas unhas e seus lábios queria que ele entendesse que ela seria sempre dele, mas que precisava ir para o bem deles três e ela chorou, chorou muito ali junto a ele que não entendia o porquê de tantas lágrimas e por isso parou de se mover.

— Eu estou te machucando? - ele ofegava e ela tocou o rosto dele.

— Não para, por favor, não para! - o beijou novamente e ele voltou a se mover dentro dela.

Era um momento único e nenhum dos dois tinha sentido como estavam sentindo naquele momento e eles se apertaram e gozaram juntos e ela o abraçou forte deixando sua cabeça presa na curva de se pescoço e ele a segurava firme enquanto respirava fundo tinha sido tão maravilhoso que ele nem conseguia descrever.

— Eu te amo e não quero que me diga nunca mais que vai embora! - ela o abraçou mais e nada disse.

Heriberto a levou para o banho e ali eles fizeram amor novamente e voltaram a cama para cuidar das filhas e ele entendeu que não era hora de conversar com ela sobre Victória e apenas ficaram ali cuidando das meninas e ele pegou no sono tinha trabalhado o dia todo e estava cansado e foi naquele momento que ela vestiu-se e o deixou para trás...