É dia 26 de Fevereiro.... Primeiro dia de aula, mas eu realmente não me importo com isso.
Você deve estar se perguntando quem sou eu. Eu? Sou só mais uma azarada andando pela esquina sem nenhuma preocupação em mente. (?)

Normalmente, nessa mesma hora eu estaria esperando para ser presa entre quatro paredes com pessoas que são insuportáveis. Realmente eu apenas desejo que todos eles desapareçam completamente.

Coloco meus fones de ouvido e aumento no máximo. Essa sensação de meus ouvidos se explodindo pelas vibrações dos fones é para mim no máximo prazerosa. Essas vibrações são as que me fazem esquecer completamente qualquer noção do que realmente existe de preocupante na minha vida, tanto as piadas de mal gosto de quem me odeia quanto os pesadelos da minha mente perturbada.

—Não deveria estar na escola, mocinha?

Ouvi a voz familiar atrás da música suave que saia dos fones. Mesmo ao ouvir a voz um tanto familiar, apenas ignoro e continuo a andar sem me importar para onde estou indo.

Olho disfarçadamente para trás, apenas para ver a imagem mais velha e um tanto mais masculina de mim mesma. Cabelos curtos levemente bagunçados com um tom peculiar de Teal*, com os dois olhos acompanhados da mesma cor. Alguns poucos centímetros que não consigo contar maior que 1,59. Tal pessoa me seguia na mesma velocidade, nos mesmos passos, com um esboço de um sorriso gentil.

Senti uma mão agarrar o MP3 que anteriormente estava em um dos bolsos do uniforme, logo após, a música é interrompida por um silêncio ensurdecedor e a mesma voz.

—Faltar o primeiro dia de aula dá azar... - Ele diz em um tom de impaciência

—Não quero ir para o inferno hoje. - Digo após dar um suspiro pesado

—Melhor eu te acompanhar até lá hoje. Não vai ser nada legal se você faltar logo no primeiro dia de aula.

De repente, ele me ergueu pela cintura e deixou minha barriga apoiada em seu ombro esquerdo, com suas mãos segurando minhas pernas na divisa das canelas com os pés, praticamente como as pessoas seguram os sacos de batata. Esse era o jeito dele de me "arrastar" para algum lugar de sua preferência.

Por instinto, começo um leve esperneio e choramingo, mesmo sabendo que nada disso iria funcionar.

Quando percebi, já estávamos em frente da escola, no jardim da frente, que estava estranhamente deserto.

—Pronto. Agora, direto pra sala. Sorte sua que não passou mais de 15 minutos. - Após dizer isso, ele me coloca em pé no chão e sai andando pela mesma direção em que estávamos.

Fui andando com um suspiro em cada passo. Eu realmente não quero estar em uma sala de aula. Eu realmente odeio todos aqui. Eu realmente quero ir embora daqui e não ter que voltar. Cheguei na sala, sem me importar com os cochichos mal intencionados das pessoas que não se atrasaram (muito) em chegar na aula.

Arranjei um lugar no canto de trás. O único lugar cercado de pessoas que eu consigo ao menos suportar. O ultimo lugar da sala.

Rin Kagamine, 17 anos. É uma das santas repetentes da sala que de santa não tem nada. Sua fama de vadia é passada de sala em sala, e existem rumores que aos 13 anos ela já teve mais de 27 namorados.

Len Kagamine, 16 anos. O irmão mais novo da Rin. Igualmente à irmã, ele tem curtos cabelos loiros e olhos azuis. Apesar da cara de "shota", era aos 14 o pegador da sala.

Luka Megurine, 17 anos. Uma das certinhas da sala. Representante de turma, titular do concurso de soletragem. É o exemplo perfeito de uma nerd. Apesar disso, o seu mal é sua falsidade.

Kaito Shion, 17 anos. Como o definir? Ele é o galanteador que nunca namorou com ninguém, nas palavras dele. Ele é amigável, gentil, extrovertido e pervertido. O mais suportável da escola toda.

A professora não iria vir. Ótimo. Uma aula vaga presa na sala. Por que não podemos sair? Confraternização de alunos. Costumadamente, todos em volta estavam com cochichos sobre mim. Esse inferno não vai acabar tão cedo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.