Phoebe Calvert

P.O.V. Charles.

Eu tinha que falar com ela.

—Senhorita Morgan?

—Fala Charles.

—Podemos conversar em algum local mais privado?

—Claro.

Nós fomos para longe do prédio da escola.

—Fala.

—Eu sei sobre as suas... necessidades especiais.

—Que? Necessidades especiais? Do que está falando?

—Do que o empresário C.B. lhe ensinou.

—Leu meu diário? Como chegou no meu diário?!

—Eu não li o vosso diário. A senhorita Calvert me confidenciou...

—A Phoebe leu meu diário?

—Imagino que o tenha feito com a melhor das intenções.

—E eu lhe asseguro que não.

A Senhorita Morgan começou a entrar em pânico.

—Ela vai contar. Ela vai contar pra todo mundo.

Suas mãos tremiam, ela suava frio, vomitou.

—Tenha calma.

—Ai o que tá acontecendo?

—Eu não sei. Ela está...

—Tá tendo um ataque de pânico. Calma Sophie. Prende a respiração.

—Isso é vossa culpa! Invadiu a privacidade de sua irmã, dividiu um de seus segredos mais íntimos comigo e ela alega que pretende dividi-lo com todos.

—O que? Que segredo?

—Leste o diário dela.

—Não. Eu não li.

—Leste sim. Contou-me na varanda do hospital, estava fumando um cigarro e...

—Eu fui fumar no estacionamento. É proibido fumar perto do hospital.

Phoebe tapou a boca e o nariz da irmã e depois soltou.

—Tá melhor?

—Sua vadia do inferno!

A senhorita Morgan partiu pra cima da irmã.

—Calma! Eu não li a merda do seu diário virgem Maria!

A senhorita Morgan parou.

—Virgem Maria? Não foi ela.

—É. Como eu disse.

—Você disse que foi fumar no estacionamento, mas o Charles alega que estava falando com você na varanda.

—Ninguém pode estar em dois locais ao mesmo tempo. O que indica que alguém está mentindo e eu asseguro que não sou eu.

—Ou talvez haja uma terceira opção.

P.O.V. Phoebe.

Sophie Anne pegou o celular e apontou para nós.

—É. Vocês são vocês. Boa notícia.

—O que?

—Metamorfo. Não foi você que leu o meu diário ou falou com o Charlie... quer dizer Charles sobre os meus segredos. Foi um metamorfo.

—Tem um metamorfo na escola?!

—Provavelmente. Vou ligar pra tia Debbie.

Ela ligou para a Debra e a Detetive Morgan e sua equipe revisaram as fitas de segurança do hospital.

—Tava certa querida. Tem um metamorfo á solta. Vamos pegar o desgraçado e os caçadores vão lidar com ele.

—Você não é a tia Debbie.

—É claro que sou.

—Não. Não é.

Sophie Anne apontou a câmera do celular para Debra.

—Metamorfo!

O metamorfo saiu correndo e a Sophie correu atrás dele. Jamais pensei que ela fosse capaz de atingir aquela velocidade e menos ainda de derrubar o metamorfo. Mas, ela derrubou-o e apontou a arma para a cara dele.

—Se se mexer eu atiro na sua cara abominação!

Uma multidão começou a se formar.

—Phoebe pega o meu celular e liga pra tia Debbie. Fala que temos um caso Sobrenatural.

Eu liguei e os agentes do D.O.S. apareceram e levaram o metamorfo preso.

—Como soube que ele não era a sua tia?

—Ele chamou os agentes do D.O.S. de caçadores. Não existem mais caçadores, agora os que eram caçadores ou homens de letras se uniram e criaram o D.O.S. É uma agência do governo, eles seguem regras, regulamentos e tudo isso.

—Caçadores regulamentados. Legal.

—Homens de Letras? Professores?

—Não. Eles são caçadores sofisticados, eles seguem códigos, caçam os que nos caçam e usam o sobrenatural á favor da humanidade.