P.O.V. Doutora Danman.

Já estou trabalhando com ela a um mês e ela é um ser magnífico. Possui poderes telepáticos e telecinéticos, consegue manipular os elementos, pirocinése, aerocinese.

—O que mais você consegue controlar?

—Água, fogo, ar e terra.

—terra?

—Sim. Posso abrir um abismo no meio de uma rua.

—Pode mostrar?

—Claro. Só... tenha certeza de que não vai haver ninguém na rua.

Nós ligamos os eletrodos á cabeça dela para medir suas ondas cerebrais e ver qual parte do cérebro era ativada e fomos para uma rua que havia sido fechada por medida de segurança.

—Vai abrir um abismo na rua? Essa eu quero ver.

Ela olhou para o Doutor Webber com raiva, ofendida por ele duvidar de seu poder. Então, ela deu um pisão forte no chão e o chão começou a rachar. A rachadura foi se estendendo até a rua virar um abismo sem fim.

—Acredita agora?

Então, o posto de gasolina explodiu.

—Ops. Isso foi um acidente. Ser uma bruxa asheroniana com um pai vampiro e com uma massiva quantidade de poder é meio ruim. Porque quando alguém como eu pira, cidades inteiras podem queimar.

Ela pronunciou algumas palavras que pararam o incêndio.

—Pira?

—Muitas coisas podem servir de combustível para o poder de uma bruxa. Preocupação, raiva, felicidade e como eu sou meio vampira eu tenho as emoções ampliadas. Por tanto, quando eu fico preocupada, eu fico muito preocupada, quando eu fico com raiva, eu fico furiosa e quando fico feliz, fico em êxtase.

—Você disse que é uma bruxa asheroniana. O que quer dizer?

—Entre os anos em que os oceanos engoliram Atlântida e a ascensão dos filhos de Áries, houve uma era que vocês meros mortais nem podem imaginar, em que reinos reluzentes se espalharam pelo mundo. E nenhum foi mais poderoso do que o Reino de Asheron porque eles eram mais do que reles mortais, eram membros de um povo dotado chamado de viajantes. Os primeiros bruxos, a realeza. Mas, então começou o Império Negro de Asheron, tomados e consumidos pela cobiça, os homens Asheronianos começaram a usar o sangue puro de suas filhas poderosas para evocar poderes de um mal inefável. Necromantes cruéis buscando o segredo da ressurreição. Eles confeccionaram uma máscara á partir dos ossos de reis mortos e usaram o sangue puro de suas filhas para despertar seu poder. A máscara acabou invocando espíritos de um mal inefável, lhes dando um poder que nenhum mortal poderia possuir.

—Então, as mulheres eram bruxas, mas os homens não.

—Não exatamente. Os homens eram também, mas eram mais gananciosos. Usavam as próprias filhas. Pense no corpo delas, no nosso corpo com uma vasilha e as nossas almas são a água que os preenche. Os espíritos malignos se apoderavam dos corpos de minhas ancestrais. Em posse da máscara, Asheron escravizou o mundo civilizado. Então, uma de minhas ancestrais, Amara que estava grávida e sabia que sua criança seria menina, ela fez uma aliança com os povos bárbaros para derrubar o pai, o Rei, destruir a máscara e proteger sua linhagem. Então, a máscara foi quebrada e Asheron caiu. Queimaram tudo, apagaram todos os vestígios. Damnatio Memoriae. Infelizmente, como a máscara era muito poderosa não podia ser completamente destruída, sendo assim cada tribo ficou com um fragmento para que eles jamais fossem unidos novamente. Amara e sua filha, fugiram para a Grécia. E a linhagem sobreviveu. Uma mulher, uma Princesa. Ninguém deu nada por ela, mas ela derrubou um império e salvou sua linhagem.

—Atlântida realmente existiu?

—Existiu. Um povo inimaginavelmente sábio, abençoado pelos Deuses que assim como Asheron usou o conhecimento de forma errada e se afogou no próprio sangue. E no oceano. Os deuses não gostaram do fato de que os Atlânticanos usaram o conhecimento para tentar dominar o mundo. E Poseidon fez os mares engolirem a cidade. Mas, nem todos morreram, alguns se adaptaram.

—Se adaptaram?

—As nossas espécies tem um ancestral em comum. Mas, pelo o que eu saiba atlânticanos não podem procriar com humanos ou bruxos ou lobos. Reúna a sua equipe, amanhã, vamos dar uma volta.