Loucos

Lucy estava tão cansada que dessa vez nem se preocuparia em tomar um banho antes de ir para cama. Tinha pegado a missão mais longa e fácil que tinha conseguido, por conta disso, tinha ficado uma semana inteira fora. E apesar de ter sido só sete dias, pareceu um mês. Queria chegar em casa logo e desfrutar do calor e conforto do seu apartamento. Mas ao abrir a porta, percebeu que todos os seus planos estavam completamente arruinados.

A escada estava repleta de poeira, sendo que tinha pedido a Natsu que limpasse a casa antes que ela chegasse, porque sabia que estaria cansada demais para fazer isso. Se fosse apenas isso, ela estaria agradecida. Mas quando subiu as escadas constatou que aquilo era o de menos. Se as escadas estavam sujas, não havia uma palavra que pudesse definir o estado em que sua casa se encontrava.

Havia embalagens de comida para todos os lados, roupas jogadas no chão, em cima dos móveis — e sem contar a poeira —, um cheiro horrível de comida estragada cobria o apartamento, pegadas de sapato sujo no chão. O lugar não sabia o que significava limpeza.

Não estava pronta para ver o estado da cozinha, ou muito pior, do banheiro.

Ainda com os sapatos, soltou a bolsa no chão e passou pela sala. Estava zangada. Isso era o resultado de aceitar que Natsu morasse junto com ela e deixá-lo sozinho por uma semana. Onde estava com a cabeça quando pensou que isso daria certo? Cerrou os punhos com força e encontrou Natsu esparramado no sofá, sem camisa, o cachecol amarrado na cabeça de um jeito estupidamente idiota, enquanto assistia algo na lácrima-TV.

— Oe, Lucy, ouvi o barulho de quando você chegou. Okaeri¹ — cumprimentou com um sorriso e sentou. — Como foi a missão?

Natsu Dragneel — tentou conter o tom raivoso na voz, em vão.
Mordeu o lábio inferior com força. Tudo que queria era chegar em casa e descansar, encontrar as coisas nos seus devidos lugares, e principalmente limpa! — Okaeri? Sério, Natsu? Isso é tudo que você tem pra me dizer?

Levou a mão as têmporas para massagear o local, uma enorme dor de cabeça estava vindo.

— Amo... você? — acrescentou receoso, sem saber o certo o que ela esperava.

Lucy grunhiu e com rapidez, tirou o sapato e atirou nele com toda força que tinha. Ele se protegeu com os braços, confuso, e levantou do sofá em um supetão.

— O que há de errado com você? Por que você fez isso?

— O que há de errado comigo? Natsu, olhe só em sua volta! Eu deixei você sozinho por UMA semana e olha o que você fez! — gritou, os braços tensos ao lado do corpo, e os dedos apertados com tanta força que as dobras estavam esbranquiçadas. — Eu pedi pra você cuidar da nossa casa enquanto eu estava fora e olhe só para essa bagunça!

— Eu não sabia que você ia voltar hoje — tentou se defender. — Eu ia limpar tudo!

— Pra começar nem era para estar desse jeito! O que é esse cheiro horrível? Por que você não pode tirar suas roupas e colocar no cesto? Isso é tão difícil? O que aconteceu com o “eu vou te ajudar em casa, Luce”? — Ela estava tão brava, tããããão brava que poderia socá-lo para sempre.

— Para de surtar! — Natsu retrucou irritado por tantas acusações. — Eu disse que ia limpar, não disse? Por que você está tão irritada? Eu nem coloquei fogo em nada!

A maga se afastou dele, com um ar incrédulo. Balançou a cabeça negativamente, tentando assimilar tudo aquilo, para ver se não passava de um grande pesadelo. Por que ele tinha que ser tão infantil? Por que não podia admitir seus erros e fazer as coisas corretamente?

— Isso, Natsu. Então eu não tenho o direito de ficar brava quando chego na minha casa e a encontro desse jeito, só porque você não colocou fogo na casa? Nossa, estou realmente muito feliz por isso! — murmurou ironicamente, quase arrancando os cabelos.

O mago continuou parado ali, sentindo-se tão irritado quanto ela. Por que a culpa tinha que ser toda dele? Ele já tinha dito que iria limpar tudo, então por que ela estava tão brava?

— Eu sempre faço tudo que você quer, sempre tento te agradar. Mas parece que nada é o suficiente para você — retrucou em voz baixa, embora o sangue fervesse em suas veias. — O que você quer de mim afinal, Lucy?

Foi com a respiração agitada que ela respondeu:

— Eu só queria que você não bagunçasse tanto a casa, que não fizesse isso. — Abriu os braços, apontando para a bagunça em volta deles. — Eu não queria me preocupar se vou achar a casa inteira toda vez que sair por um tempo e deixar você sozinho. — Suspirou. — Você não é mais criança, mas age como uma.

O silêncio pairou entre eles, tenso. Ela abaixou os olhos para os próprios pés, sentindo uma imensa vontade de chorar, estava frustrada, cansada e principalmente desiludida. Ele ficou a encarando, sem nada a dizer. Era a primeira vez que eles brigavam mesmo e isso o deixou abalado. Como lidava com esse tipo de situação?

Geralmente quando fazia alguma besteira, pedia desculpas e fazia um agrado, e apesar da relutância, Lucy sempre o perdoava. Porém dessa vez algo lhe dizia que isso não daria certo. Além do mais, ela estava sendo escandalosa demais por nada.

— Isso não está dando certo — Lucy murmurou por fim, quebrando o silêncio. Fora tão baixo, que ele pensou estar ouvindo coisas. Mas logo a maga voltou a falar, com a voz mais firme: — Nós não estamos prontos pra isso, agora eu percebo. Eu... — parou de falar e virou-se para a cômoda de roupas. — Eu estou indo.

Pegou uma muda de roupas qualquer e depois andou até o lugar em que tinha deixado a bolsa antes e enfiou-as ali. Precisava sair dali, precisava pensar. E foi sem olhar para trás, que Lucy saiu de casa e deixou Natsu ali, sozinho.

N&L

Fazia uma semana que Lucy tinha buscado refúgio na Fairy Hills. Não queria encarar Natsu, não queria encarar os problemas. Não sabia dizer se aquilo era o final do relacionamento dos dois. Era a primeira briga séria que eles tinham tido e isso a destruiu — realmente nunca tinha imaginado que chegaria a tal ponto.

Mas e se fosse o fim... Era o que realmente queria? Ela não saberia dizer. Ainda estava tão chateada, sem contar que Natsu não a procurou nenhuma vez para que pudessem consertar as coisas, ou ao menos para se desculpar. Segundo Erza, ele só tinha aparecido na guilda uma vez e assim que pegou uma missão, saiu, deixando até mesmo Happy para trás.

— Eu acho que vocês só precisam de tempo para acertar as coisas — Levy opinou, olhando com compaixão para a amiga. — Vão se separar por causa de uma briga?

Lucy parou de mastigar o cereal e passou a manga da blusa na boca para limpar. O seu estado era completamente deprimente. Tinha chorado tanto que olheiras apareceram debaixo dos olhos castanhos, o cabelo estava desgrenhado e sujo, sem vida, todo o seu corpo doía. Os lábios estavam ressecados e pálidos, sem contar que quase não se alimentou durante esse tempo, simplesmente não tinha fome.

— Eu ainda não perguntei, porque estava com medo da resposta — Lucy começou e olhou-a nos olhos. — Você acha que eu exagerei?

Levy, que estava sentada na cadeira de sua própria escrivaninha, ajeitou-se e engoliu em seco. Não era de se meter no relacionamento alheio, mas já que ela estava perguntando...

— Bem... Você quer que eu seja sincera? — A maga estelar balançou a cabeça positivamente, aguardando a resposta. — Olha, Lu-chan, eu acho que os dois tiveram culpa. Quando o Natsu foi morar com você, a senhorita já sabia como ele era e mesmo assim você o aceitou. Então... O que mudou? — Deu uma pausa e continuou: — Eu imagino que não deve ser fácil e não estou falando que ele está certo, mas o Natsu é tão tapado que nem deve achar que fez algo muito errado, já que ele sempre apronta e você sempre perdoa.

Lucy pareceu pensar no assunto e enfiou outra colher de cereal na boca. Então o problema era que ela sempre o perdoava? Se fosse o caso, poderia dar um jeito nisso.

— Obrigada, Levy-chan! Você me ajudou bastante! — Levantou da cama e se espreguiçou.

— O que você está fazendo?

— Eu vou voltar pra minha casa, pra começar, nem deveria ter saído.

Ela jogou todas as coisas que tinha ali dentro da bolsa, amarrou o cabelo em um rabo de cavalo e voltou-se para Levy:

— Desculpe o incômodo, muito obrigada por me abrigar. Estou indo! Tchau! — e sumiu pela porta, tão rápido que a baixinha estranhou.

— O que será que ela vai fazer?

N&L

Para surpresa de Lucy, quando ela chegou a seu apartamento, ele estava completamente limpo e Natsu não estava lá. E até mesmo as coisas dele tinham desaparecido. Só havia restado ela, suas coisas e o silêncio.

N&L

Quase um mês. Esse foi o tempo que Natsu e Lucy ficaram sem se falar. O clima entre eles estava insuportável e isso se estendeu para todo time. Missão em conjunto? Poderiam esquecer! Quando um via que o outro também ia, logo inventavam uma desculpa para não irem e Gray e Erza sempre acabavam indo sozinhos.

O estado dos dois não era nada bom, todos podiam perceber só de olhar que Lucy tinha perdido peso e que dormia pouco, Natsu sempre estava de mau humor e se metia em mais brigas do que de costume e sempre saia em missão sozinho, deixando Happy para trás — que era outro que não aguentava mais toda aquela situação.

Pra falar a verdade, ninguém aguentava mais vê-los se acabando por teimosia e orgulho. E foi por conta disso que a guilda tomou uma decisão por eles: iriam obrigá-los a fazerem as pazes. E tudo estaria resolvido.

Com ajuda de Erza, Gray arrastou Natsu até a guilda, o dragon slayer não teve outra escolha além de obedecer. Não sabia sobre o que se tratava, e admitia estar um pouco curioso.

— O que está acontecendo? — perguntou enquanto era empurrado para dentro da enfermaria. — Por que vocês estão me colocando na enfermaria? Eu não estou doente!

— Você está sim! — Gray retrucou igualmente mal humorado. — Doente de estupidez aguda! Ninguém aguenta mais você, Natsu.

— Não faço ideia do que vocês estão falando. — Cruzou os braços sobre o peito e virou o rosto.

— Faz sim e você sabe bem sobre o que estamos falando! — Erza acusou em um tom rígido que o fez estremecer e encolher os ombros. — E chega! Chega dessa sua teimosia, não iríamos nos meter, mas...

— Então por que vocês estão fazendo isso? Droga! — resmungou chateado. — Por que eu preciso pedir desculpas...

— Natsu — Erza interrompeu-o —, a questão não é essa. Antes de tudo... Você e Lucy são amigos, certo?

Isso o fez pensar.

— Viu, esquentadinho? Apenas conserte as coisas, ela é sua companheira, você mesmo disse isso. Se deixá-la por ai, alguém vai roub...

— Não! — Natsu gritou. — Lucy é minha!

— Diz isso pros caras que ficam dando em cima dela, já sabendo que ela está praticamente solteira...

Enquanto isso, Mirajane e Levy também arrastavam Lucy para a enfermaria.

— Para onde vocês estão me levando? — murmurou, sendo puxada pelo braço por Mira e empurrada por Levy. — O que é isso? Por que tanto mistério?

Elas continuaram em silêncio, com uma expressão decidida, e empurraram-na escada acima. Pararam no meio do caminho.

— Vai! — Mira mandou, apontando para a porta.

— Para a... Enfermaria? — Arqueou as sobrancelhas. — Por que? Não estou doente.

— Apenas vai logo, Lu-chan! — Levy revirou os olhos.

— Ok... — Desconfiada, Lucy terminou de subir as escadas e quando chegou ao topo, conseguiu ouvir o som de gritos. Aquela era a voz de Natsu? Recuou um passo, mas percebeu que as duas magas ainda estavam ali, bloqueando o caminho. Ouviu o barulho da porta se abrir e Erza e Gray saíram do lugar. — Erza, Gray?

— Entra logo ai! — Erza puxou-a pelos braços e a enfiou lá dentro com seu jeito todo delicado.

— Ai! — A maga gritou e se desequilibrou sob o salto alto, mas logo foi amparada por duas mãos calejadas que a impediram de cair no chão. — Natsu — sussurrou e tentou se afastar dele em vão. — Me solta!

— Você está saindo com outros caras? — perguntou tão sério que ela ficou assustada. — Me responda! Você está saindo com outros caras, Lucy?!

Ela olhou bem para ele, as mãos estendidas sobre o peito musculoso, os olhos assustados e arregalados. Ele parecia tão zangado, as pupilas estavam dilatadas e uma veia saliente era vista em sua testa, e os dedos apertavam seu braço com mais força que o necessário.

— Você está me machucando! — reclamou, tentando sair do agarro dele mais uma vez. Sentiu vontade de chorar. — Me solta!

— Me responda primeiro! — pediu.

— E se eu estiver? Qual é o seu problema com isso? — gritou revoltada.

Ele a soltou, deixando os braços caírem inertes ao lado do corpo, olhando-a com incredulidade.

— Você me deixou sozinha, o que você esperava? Que eu fosse correr atrás de você? Não, me desculpe Natsu! Isso não vai acontecer.

— Você estava realmente saindo com outros caras? — perguntou baixinho, claramente magoado só de imaginar a hipótese.

Lucy se arrependeu quase imediatamente de ter insinuado que sim. Ao vê-lo daquele jeito, parecendo tão frágil, teve vontade de abraçá-lo e fingir que nada daquilo estava acontecendo, que eles tinham sequer brigado. Mas ao invés disso, continuou parada ali, encarando-o.

— É isso que você pensa de mim? — sussurrou em resposta e abaixou a cabeça. Passou os dedos nos braços, sentindo o calor do toque dele, segundos antes. — Por que eu preciso responder quando parece que você já tem tanta certeza?

— Se eu tivesse tanta certeza, não estaria perguntando, Lucy — retrucou também em voz baixa, contendo para não se aproximar.

— É claro que não, não seja estúpido — admitiu por fim e voltou a encará-lo. — Eu nunca faria algo assim, quando nós...

— Quando nós?

— Estamos nessa situação — completou. — Você também foi forçado a vir aqui? — Ele balançou a cabeça, confirmando. — A que ponto chegamos, não é mesmo? Pra sermos forçados a conversar, como dois estranhos.

— Acha que estaríamos aqui se não fosse por eles? — perguntou retoricamente, porque já sabia a resposta.

Os dois ficaram parados de frente para o outro, em um silêncio esmagador.

Natsu olhou bem para ela e só dessa vez percebeu o quanto ela tinha mudado em poucas semanas. Onde estava o brilho nos olhos castanhos? O que tinha acontecido com o cabelo loiro e sedoso, com as unhas pintadas e bem cuidadas? Por que a clavícula dela parecia tão evidente? Logo entendeu... Era tudo culpa dele. Ela estava sofrendo, por culpa dele. De quem mais seria?

Lucy também o analisou com cuidado. Os olhos fundos, a boca ressecada, mas ao contrário dela, parecia que tinha ganhado mais músculos, e havia cicatrizes novas em suas mãos e braços. Ele parecia tão maltratado. Quando aquilo tinha acontecido com ele? Quando ele começou a parecer muito mais velho do que realmente era?

Tudo era culpa dela, pelos seus excessos e escândalos por pouca coisa. Ele estava sofrendo tanto ou mais do que ela própria.

“Eu sou tão egoísta...”, pensou angustiada.

— Me desculpe — pediram em uníssono. — Eu realmente sinto muito...

— Não — Natsu interrompeu. — Eu que sinto muito, fui eu que errei com você. Você estava certa quando disse que eu não era mais criança e agia como uma. Eu baguncei o seu apartamento e não deveria ter feito aquilo. Fiquei com raiva na hora, mas agora eu percebo o quanto mal fiz a você. Eu não mereço você, Lucy.

— Para, Natsu — pediu e deu um passo na direção dele, ainda com receio. Mas quando ele não se afastou, ela continuou e pousou as duas mãos nos braços dele e continuou: — Eu exagerei e peço desculpas por isso. Você também estava certo quando disse que fazia de tudo para me agradar, mas eu só reclamo. Fui muito dura com você, eu estava estressada e cansada...

— Mas eu realmente não devia ter deixado seu apartamento daquele jeito. E não devia ter deixado você sozinha...

— Eu também te deixei sozinho — disse com pesar e algumas lágrimas desceram pelo rosto dela. — E eu nunca deveria ter feito isso. Eu prometi que nunca te deixaria e olha só o que eu fiz...

— Eu também prometi e quebrei minha promessa — murmurou e dessa vez abraçou-a com força. — Eu sinto muito. Me desculpe, Luce.

— Está tudo bem, me desculpe também. — Abraçou-o de volta com mais força, afundando o rosto no peito dele, apenas para sentir o cheiro do qual tinha sentido tanta falta. — Você está horrível.

— Você também — sussurrou pertinho da orelha dela. — Parece que vou ter que te alimentar muito pra voltar a te chamar de Lucy-gorda.

Ela soltou uma risada e levantou a cabeça para encará-lo.

— Acho que podemos esquecer o que aconteceu, não é?

— Não — rebateu negativamente para a surpresa dela. — Vamos tomar isso como uma lição. Vamos... Aprender juntos.

— Uau, isso foi tão adulto. Desde quando...?

— Vinte e cinco dias longe de você me fizeram enxergar a vida com outros olhos — brincou e beijou-a, provocando um estalo.

Sexy.

Ele riu e esfregou o nariz no pescoço dela, para depois dizer:

— Dessa vez eu vou cumprir minha promessa, Lucy. Nunca mais vou te deixar sozinha, eu prometo.

— Parece que nossa vida se encheu de promessas, hum? — riu e passou a ponta dos dedos pelo rosto dele, traçando o contorno dos seus lábios. — Quando brigarmos de novo, não me deixe esperando tanto.

— Não vamos brigar de novo.

— Aaaaah, vamos sim — afirmou. — Você sabe que vamos. Por causa do seu ciúme.

— Por causa dos seus escândalos?

— Por causa da sua irresponsabilidade.

— E por vários motivos, mas por causa da sua loucura também.

— Se eu sou louca, tem apenas um motivo pra isso, Natsu — pontuou.

— O que? — perguntou com sincera curiosidade.

— Você.

Natsu sorriu.

— Amo você, estranha.

— Também amo você.

— Não vai me pedir pra te beijar? Você sempre faz isso e elogia o quanto fiquei bom.

— Preciso pedir? — Arqueou as sobrancelhas.

— Nããããã.

Omake I

— Tudo limpo! Eles fizeram as pazes! — Happy voou pela guilda, informando. — E acho melhor ficarem longe das duas primeiras camas. Eles estão realmente fazendo as pazes!

— Happy! — Erza repreendeu com o rosto vermelho. — Não diga essas coisas, tem crianças aqui.

— Aye!

Omake II

Três meses depois...

— Eu acho que devemos comprar uma casa — Natsu disse, olhando para o banheiro destruído por conta da brincadeirinha que ele e Lucy tinham arrumado. — Esse apartamento tá ficando pequeno demais para...

— Já entendi! Ok. Vamos fazer isso! Mas acho que precisamos casar primeiro.

— Você quer? — perguntou, olhando para ela pelo canto dos olhos.

— Você tá me pedindo? — perguntou de volta, também olhando-o pelo canto dos olhos.

— Sim.

— Sério?

— Sério.

— Eu imaginei isso diferente — admitiu e depois pulou em cima dele. — Mas eu aceeeeeeeeeito! — Encheu-o de beijos.

— Você vai querer...

— Sim...

— Aqui?

— É.

Dez minutos depois...

O banheiro não estava legal, na verdade, estava bem destruído.

— Sabe a ideia da casa? — Lucy perguntou, olhando pra bagunça.

— Deixa pra lá.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.