P.O.V. Edward.

Ela encontrou a vidente. Madame Leota e ela falou de uma chave em uma cripta preta sem nome.

—Beleza. Achamos a chave e os fantasmas são mandados embora, Elizabeth e Edward ficam juntos para sempre e nós vamos pra casa?

—A chave é a resposta para tudo.

—Vou tomar isso como um sim.

Nós encontramos o mausoléu.

—Vejam, tem uma inscrição. É um aviso. Cuidado, quem entrar... aqui está a passagem, para a morte. Ok. Segura a Melissa, Angus. A mamãe te ama querida. Prometo que vou voltar.

Ela beijou a testa da filha.

—Qual é? Você não vai mesmo entrar ai, né?

—Jack, eu sou uma bruxa. Eu nasci para lançar e quebrar feitiços e maldições. Ok. Vamos nessa.

Ela pegou uma tocha, destrancou a porta e entrou.

—Vinte minutos no máximo né?

—Vinte minutos no máximo.

P.O.V. Caroline.

Montes de teias de aranha, passagens escuras e mármore gelado. O glamour de se ser uma bruxa.

—Ache a cripta preta sem nome para se salvar ou a sua vida pode de vez acabar. Que droga. E tem água empoçada.

Então, eu vi.

—Olá cripta preta sem nome.

Atravessei a pequena ponte e abri o caixão negro de mármore vendo o esqueleto cheio de teias de aranha lá dentro e... a chave.

—Bingo!

O morto estava abraçado á chave.

—Com sua licença.

Foi difícil tirar a chave que estava enfiada no meio dos dedos dele.

—Eca. Prontinho. Até que foi fácil, a Madame Leota disse que seria difícil.

Eu comecei a fazer o caminho de volta para fora quando os mortos começaram a se levantar das sepulturas. Milhares deles.

—Que...merda.

Eu entrei em pânico e a chave caiu dentro da água empoçada.

—Merda!

Tive que me enfiar naquela água lodosa, procurar a chave e lutar com os mortos vivos... tudo ao mesmo tempo.

P.O.V. MacGyver.

Então, eu ouvi a Caroline gritando. Um grito estridente de pânico.

—Caroline!

A maldita porta se fechou sozinha.

—Angus! Angus abre a porta! Angus pelo amor de Deus!

Eu queria abrir a porta, mas eram tantas aranhas. Milhares delas e eram tarântulas.

—MacGyver! Eles tão atrás de mim!

—Mac, abre a porta.

—Aranhas. Tem um monte de aranhas.

—Ele tem aracnofobia. Bem grave.

—Ah, eu abro!

Riley abriu a porta e uma Caroline esbaforida saiu de lá e fechou a porta com pressa passando a tranca.

—Pegou a chave?

—Eu...

Ela se revistou até achar.

—Peguei! Peguei graças á Deus eu peguei.

Tendo a chave em mãos fomos falar com a vidente dentro da bola.

—Aqui. Eu fui até o fundo do inferno pra pegar essa porcaria agora onde fica a porta de saída?

—Primeiro tem que encontrar o baú.

—Baú? Se tá me sacaneando?! Eu quase fui assassinada por zumbis malucos por causa desta porcaria de chave e agora vem me falar de baú?!

—Você é uma bruxa Bishop. Só você pode acabar com a maldição, se você morrer, se falhar... só vai haver uma outra Bishop para quebrar o feitiço.

—Melissa. Mas, porque tem que ser uma Bishop?

—Começou com sangue Bishop e só o sangue Bishop pode terminar. Aquele que amaldiçoou os Gracey teme você, você é a fraqueza dele.

—Ótimo. Mas, você vai me ajudar.

Caroline pegou a bola vidente e ela começou a reclamar.

—Me põe no chão. Eu sou muito frágil, eu to enjoada... eu...

—Cala a boca! Sua peste.

Fomos parar no sótão outra vez. No meio de um monte de tranqueira.

—Tá. Comecem a procurar.

Depois de muito tempo de procura encontramos.

—É aquele ali?

—O próprio.

—Pertencia á Elizabeth.

—Ótimo.

P.O.V. Edward.

Á muito não via aquele baú. Ainda me lembro de quando ela chegou á mansão junto de seu pai carregando tudo o que possuía naquele único baú.

—Beleza. Só espero que nada saia daqui tentando me matar.

Ela abriu-o e haviam várias coisas. Haviam retratos, um relógio de bolso, o relógio de bolso do pai de Elizabeth.

—Como vou saber o que procurar? O baú tá cheio de tranqueira!

—Ache a coisa que precisa ler, para que seu coração volte a bater.

—A coisa que precisa ler. Retrato, relógio, uma caixinha... Um livro!

Ela tirou o livro de lá de dentro e olhou esperançosa para a Madame Leota.

—Não é isso não.

Ela jogou o livro sob o ombro e então...

—Uma carta!

—É isso ai.

Ela deslacrou a carta. E começou a ler.

—Sim meu querido, eu me casarei com você. Eu o amarei por toda a eternidade, e esta noite em fim ficaremos juntos, com amor, da sempre sua...Elizabeth.

—Ela não se matou.

—Eu disse.

—Ela queria ficar com o Senhor, Mestre.

—Pois é, alguém trocou as cartas. Alguma ideia de quem poderia ter sido?

—Você é muito astuta. É mais forte e resistente do que Elizabeth era.

—Ramsley!

—Eu disse que ele não era um homem bom. Não disse?

—Como você pôde?

—Você não dava ouvidos á razão! Tinha tudo no mundo e estava disposto a abrir mão de tudo, por amor!

—É. Essa era a ideia. E isso era escolha dele, não sua.

—Eu te avisei que isso acabaria mal.

—Você é um insensível. Um monstro.

—Não, senhorita Bishop. Alguém tinha que ser racional. Esta casa era minha responsabilidade e eu jamais permitiria que o nome Gracey, o nome da família a qual servi fielmente por anos fosse jogado na lama pela inconsequência do jovem Mestre Gracey!

Ele olhou diretamente para mim.

—Eu avisei que era um erro fugir com aquela moça! Ela já tinha má fama. Todos sabiam o que ela era! Eu não pude ficar quieto e ver tudo desmoronar diante de meus olhos. Tudo o que o vosso pai construiu.

—Então você a matou?! Ela era meu mundo! Minha vida! E eu a amei em morte como a amei em vida!

—Você a amou?! Ela o enfeitiçou!

—Não. A magia não funciona assim, nem mesmo a mais negra e perversa das magias é paio para o verdadeiro amor. Não se pode interferir em amor verdadeiro. Não podemos fazer isso.

Ramsley agarrou no pescoço de Caroline.

—Assim como a sua ancestral, você é uma vadia mentirosa, ardilosa, cobra venenosa! E agora, pela última vez... Boa noite... senhorita Bishop!

Ele a arremessou longe e ela caiu. Ela atravessou uma janela.

—Caroline!

Nós saímos e eu me vi naquela cena.

—Caroline.

—Não tem como você fazer uma das suas paradinhas Mac?

—Olha pra ela Jack! Está muito machucada. Se não chegar em um hospital em menos de dez minutos ela morre.

—Acho que temos menos de dez minutos.

—Caroline! Caroline, por favor. Não Caroline! Caroline, por favor não faça isso! Aguenta firme Caroline!

—Angus...

—Por favor. Por favor Caroline, acorde. Eu prometo que nunca mais conserto nada em casa. Prometo que chamo o técnico por favor. Por favor, Caroline, eu te amo. Eu te amo como nunca amei ninguém na vida.

Então... veio aquela luz. Aquela bola flutuante de luz.

—Vai embora! Vá embora!

—Calma, Mac... não vai machucar a gente.

P.O.V. Bozer.

Uma bola fantasma. Fantasmas e bruxas! Que droga cara.

—Olhem, as feridas dela... estão curando.

O corpo da Caroline começou a flutuar e a brilhar. Era um brilho branco.

—Que?!

—Elizabeth? É você?!

—Sim, meu amor.

Riley comentou:

—A bola fantasma era Elizabeth.

—A verdade tinha que ser revelada, para que eu fosse libertada. Caroline e seus amigos me salvaram.

—Oh, Elizabeth!

—Sim, meu querido?

—Eu esperei... muito tempo por este momento.

—Assim como eu. E agora, o paraíso nos espera.

Ela desceu e... eles se beijaram.

—Ahm, ele não tá... beijando a Caroline.

—Sei.

—Ei. Desculpa interromper, mas... essa namorada é minha. Se importa?

—Me perdoe.

—Obrigado. Por curar a Caroline.

A mulher fantasma saiu de dentro da Caroline e ela desmaiou.

—Caroline! Caroline?

—Oi Angus.

—Eu achei que tinha perdido você.

—Eu sou igual vaso ruim. Eu não quebro fácil.

Eles se abraçaram.

—Algum dia vai me perdoar?

—Não há o que perdoar. Você a amava.

—Tome. Pegue.

—O que é isso?

—A escritura da mansão. Venda, fique com ela. Faça você e sua família... felizes. E obrigado. Obrigado á todos.

Elizabeth se pronunciou.

—Adeus Caroline, adeus Melissa. Estarei sempre velando por vocês. E obrigado. Obrigado á todos.

Eles se abraçaram e... subiram para o céu. Várias almas subindo para o céu. Aquela era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

—E então, vamos vender ou ficar com ela?

—Tá brincado MacGyver?! Depois dessa, vamos ficar com ela com certeza!