P.O.V. Rosalee.

Como assim reconhece ele?

—Você está bem?

—Quanto você sabe sobre a história da sua família?

—Eu sei que eu sou um Grimm e que isso é... genético.

—Genético. É mais que genético. É um feitiço sanguinis.

—O que?

—Bom, vamos começar do princípio.

Caroline começou a contar a história e eu nunca poderia imaginar uma coisa daquelas.

—Á muito tempo atrás, os mortais vinham até nós, as bruxas em busca de conselhos, orientação, proteção e cura. Bruxa significa, mulher sábia. Porém logo o inesperado aconteceu. Outras mulheres dotadas começaram a virar os mortais contra nós. A magia delas vinha de lugares sombrios, elas faziam qualquer coisa por mais Poder. Fez os mortais começarem a nos caçar. Estas outras mulheres eram belas, sedutoras, encantadoras como serpentes. Sabendo que sua morte estava próxima uma bruxa, Brigett Bishop ficou desesperada para proteger sua família, seus descendentes. Então, ela escolheu o guerreiro mais forte e habilidoso do seu vilarejo, lançando sob ele um feitiço final, um feitiço de sangue. Ela lhe concedeu força e reflexos que nenhum ser humano jamais poderia possuir, o fez o ser mais adaptável da Terra. Nenhum tipo de maldição ou infecção sobrenatural poderia tocá-lo, mesmo que ficasse enfermo, seu corpo encontraria um modo de sobreviver e tornar-se mais forte. E lhe concedeu o dom de ver através da escuridão da alma humana. Porém, Brigett sabia que todo este poder poderia corrompê-lo, então não deixou pontas soltas. Em troca de tudo isto o guerreiro e todos os seus descendentes deveriam proteger os descendentes dela.

—Ela criou os primeiros Grimms.

Caroline assentiu com a cabeça.

—E o Poder dos Grimm pode ser rastreado até o mito da cerimônia de unificação.

—Cerimônia de unificação?

—É.

—Como assim?

—Veja bem senhor Burkhart, á princípio, bem antigamente, as linhagens de Grimms apesar de todos terem a habilidade de ver o que estava oculto, eram distintas. Alguns tinham força, outros velocidade, outros podiam sentir inimigos a quilômetros de distância. Mas, com a unificação eles dividiam suas habilidades únicas com todos os membros de sua linhagem. Agora, para evoluir e tornarem-se mais fortes, era realizado um ritual. Uma bruxa, uma Bishop casava dois membros de cada família de Grimms e as habilidades especiais de cada um eram herdadas misticamente por todos os que participavam do ritual. E após alguns séculos, todos os membros da sua linhagem tinham as mesmas habilidades. Portanto, os casamentos entre Grimms se tornaram políticos, era sobre Poder. Evolução.

—Então, posso ajudar outros como eu? Eu tenho uma habilidade única. Eu caso com outra Grimm e fazemos uma festa!

—Não é apenas uma festa, senhor Burkhart. Se os votos, todos eles não forem honrados, então não funciona. Veja bem, os Primeiros do seu tipo juraram proteger os descendentes de Brigett. Se você levantar a mão contra a minha filha, contra mim... Perde o seu poder e desta vez, de vez. E quanto ao casamento a mesma coisa. Se os votos não forem honrados o ritual não funciona. Terá de ser um casamento de verdade pelo resto de sua vida. Terá de ser fiel, lutar pela sua esposa, ser seu campeão, seu guerreiro e é claro...

—Proteger as Bishop.

—Sim. Estaria disposto a isto?

O Nick fez uma cara.

—Achei que não.

—Só funciona se for Grimm e Grimm?

—Como assim?

—O seu ritual de casamento maluco só funciona se casar dois Grimms?

—Eu não sei. Nunca tentei realizar uma cerimônia de unificação com ninguém. Mas, se não for outro do seu tipo com quem você pretenderia se casar?

A menina entrou na loja e nós ficamos chocados.

—Oi, Melissa.

—Ahm, Oi.

—Ai Meu Deus! Está ficando louco? A minha filha tem dezenove anos, além do mais se os votos não forem honrados não funciona. Melissa não poderia lhe ser fiel nem se quisesse.

—Ser fiel? O que tá acontecendo?

—Eu te amo.

A menina ficou em choque.

—Não. Não ama não. É o meu feromônio de Súcubo. Quando ele sair do seu sistema você vai voltar ao normal.

—Não duvide do meu amor.

—Caramba! Eu to afetando um Grimm! Você devia ser imune. Certo?

—Não querida. Imune eles não são, só adaptáveis.

A menina começou a se apavorar.

—E se ele pirar? Os Grimm sempre reagem diferente á tudo. O efeito colateral do feitiço que os faz serem especiais.

—Você me acha especial?

—Você é especial senhor Burkhart. E parece ser um homem bom, sinto muito. Não queria que isso acontecesse com você.

—Vai pro carro Melissa. Quanto mais ficar perto dele pior vai ficar.

—Tudo bem. Você está certa.

A menina tentou sair, mas o Nick agarrou ela e a beijou.

—Ai Meu Deus!

Eu vi as veias no rosto dela, ela até se alimentou dele, mas o empurrou.

—Não.

A garota saiu correndo. A mãe deixou o dinheiro no balcão e saiu.

Nick desmaiou.

—Caramba!

A mãe voltou.

—Ele já acordou?

Foi só ela fechar a boca que o Nick abriu os olhos.

—Oi.

—Melissa. Ela está com você?

—Não. Você tem que ficar longe dela.

—Não. Nunca. Ninguém jamais vai nos separar.

—Olha, eu sei que você pensa que ama minha filha e isso não é culpa sua e nem dela. Não é algo que se possa controlar.

Nick tentou atacar a Caroline. Mas, ele não conseguiu.

—Eu trouxe correntes. São encantadas, vão manter o seu amigo aqui até o efeito dos feromônios da minha filha passarem.

Tivemos que acorrentá-lo e mantê-lo preso.

—Como vai fazer para parar isso?

Perguntou Adalind e Caroline respondeu:

—Só temos que deixar o efeito passar. Não tem mais o que fazer. Minha filha está muito mal pelo o que houve, se sente responsável.

—Ela é responsável!

—Não. Não é não. Você pediu para nascer Hexenbiest? Pediu para ter este poder dentro de você?

—Não. Mas, eu controlava.

—Os feromônios não podem ser controlados. O remédio já foi um avanço, um grande avanço.

—Você inventou o remédio.

—Sim. Eu não quero que minha filha tenha o mesmo trágico destino das outras do tipo dela. O meu coração não suportaria tanta tristeza. Ela merece algo melhor. Merece poder ter uma vida normal, o mais normal que uma bruxa súcubo pode ser. Ter um namorado, um marido algum dia. Poder demonstrar o seu afeto.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.