Lúcifer's Legacie

Minha vizinha é uma vampira


P.O.V. Matty.

Estou ficando preocupada com o MacGyver. Ele tá obcecado com a ideia de que sua vizinha é uma vampira! Tudo bem, que o tal cantor é um vampiro, mas isso não implica que a vizinha dele seja.

—MacGyver, eu já vi sua vizinha sair no sol. E o nome dela é Jessica. Que vampiro colocaria o nome na filha de Jessica?!

—Eu não sei, mas eu vi a mãe dela! Eu vi a mãe dela no cemitério quando minha mãe estava sendo enterrada e eu tinha sete! A mulher continua igual. Não mudou nada, não envelheceu um dia! E eu procurei, não existe um médico, enfermeira ou qualquer pessoa no hospital onde Jessica nasceu que lembre que ela nasceu lá!

Riley procurou a certidão de nascimento e achou uma de nascimento e uma de óbito.

—Então, ela morreu quando era bebê.

—Disseram que foi um erro. Que uma enfermeira que trabalhou demais trocou Jessica por uma criança que acabou morrendo logo depois de nascer, mas eu duvido. Duvido até que ela tenha nascido no hospital!

Mandei a Riley pesquisar sobre a menina para o MacGyver sossegar, e ela tinha carteira de habilitação, um emprego de bibliotecária e toda a documentação dela estava em ordem. Ela não tinha nem multa de trânsito.

—MacGyver larga a mão. Se a vizinha decidir prestar queixa contra você, você vai se lascar.

P.O.V. MacGyver.

Sei que estou certo. Não sou maluco. Jessica é uma vampira.

—Além do mais, os Condes Dráculas não podem sair no sol. A sua vizinha adora o sol.

Disse o Jack. Vou provar que estou certo.

P.O.V. Bozer.

Ele disse que ia parar, que ia deixar a vizinha em paz, mas eu conheço o Mac. Somos amigos desde o jardim. Ele não vai parar. Quando encasqueta com alguma coisa... Só por Deus!

—Vi a sua cara. Ele não vai deixar a vizinha quieta vai?

—Não mesmo. Quando ele encasqueta com alguma coisa... Só por Deus. Ele vai continuar insistindo até provar que mulher é uma vampira ou morrer tentando.

P.O.V. Jessie.

Eu estava no chuveiro, quando sinto algo batendo nas alas de proteção. Então, desliguei a água, me sequei, vesti a minha camisola de seda rosa bebê com decote V cheio de babados e o meu roupão dos mesmos material, cor e corte e sai já com uma estaca na mão e pronta para dar cabo de alguém.

—Boo.

—Tentando invadir a minha casa? Que feio. Mas, graças ás alas e runas de proteção vampiros tem que ser convidados á entrar. E como eu não to com a menor paciência pra brigar... entre.

O vampiro entrou na minha casa e folgado que só ele... deitou na minha cama!

—Pelo menos tire o sapato!

P.O.V. Lestat.

Ela era um sarro, mas eu não vou contrariar aquela que matou Akasha. Jessica ignorou completamente a minha presença e continuou com suas tarefas. Espirrou um produto no cabelo, vi o enorme secador de cabelos prateado e aquela escova que mais parece um porco espinho.

Ela passou creme nas pontas das longas madeixas ruivas, penteou, então lavou as mãos e continuou o processo.

—Não ganho nem um boa noite?

—Boa noite.

Disse enquanto continuava com aquilo. Nem olhou na minha cara.

—Por acaso eu a ofendi?

—Se você considera se aliar á aquela baranga que tentou matar a minha mãe uma ofensa? É.

Fiquei olhando enquanto ela fazia tudo aquilo. Secou o cabelo até ficar úmido, então dividiu-o e prendeu-o em sessões com piranhas. Então ela fez escova. O rádio estava ligado, tocando uma playlist de músicas bem calmas.

—Pra que tudo isso ai?

—Porque se eu não cuidar, o meu cabelo arma.

Respondeu tirando o secador da tomada e guardando-o no armário, mas de lá tirou outro equipamento. E espirrou novamente o produto no cabelo, escovando-o com uma escova de cerdas comuns. Enfiou o equipamento na tomada e largou-o.

Começou a passar um creme qualquer no corpo, as pernas estavam recém depiladas, com cera e eram pernas maravilhosas. Ela as apoiou na cama.

—Vou querer saber o que você está fazendo a essa hora na minha casa?

—Vim fazer uma visita.

—Ótimo. Agora é que o mala do meu vizinho não vai sair da minha cola.

—O seu vizinho?

—Ele é um gato, mas tá ficando chato. Está disposto a provar que eu sou uma vampira. E se ele descobrir o que eu sou de verdade, ai é que eu to lascada.

Respondeu passando creme nos braços, e tornou a lavar a mão. Guardou o creme no armário embaixo da pia. E pegou outro frasco.

Vi-a dividir o cabelo em sessões novamente e começou a passar aquele equipamento nele todo.

—Pra que isso ai?

Ela me olhou através do espelho como se eu fosse alguém doutro planeta.

—É uma prancha alisadora. Uma chapinha.

—Seu cabelo está soltando fumaça.

—Eu sei.

Quando pensei que finalmente havia acabado, descobri que ainda não. Ela passou outro creme no rosto, desodorante e então acabou.

—Isso tudo é mesmo necessário?

—Lestat, eu passei o dia inteiro trabalhando. Indo de uma ala para outra dentro daquele enorme complexo que é uma biblioteca. Organizando livros, catalogando, lendo, escrevendo em várias línguas diferentes, faço isso todo dia com amor. Mas, quando eu chego em casa á noite preciso dormir ao menos quatro horas por noite ou eu piro. E para o meu cérebro desligar, preciso seguir a minha rotina.

Ela desligou o rádio. E deitou-se na cama.

—Boa noite Jessie.

—Boa noite.

Disse pouco antes de cair na inconsciência. Sob a cabeceira da cama, havia um caderninho de capa cor de rosa com detalhes em preto. Eu abri e... era um diário.

P.O.V. Riley.

Estava caminhando na rua quando um idiota tenta me assaltar. E eu começo a correr atrás dele. Corria trombando na galera, ele tentou subir a escada de incêndio pra fugir, mas eu conhecia esse truque então, puxei ele pra baixo.

E bang! Ele tava no chão.

—Ai, essa bolsa é minha.

Tirei a bolsa dele e peguei o celular chamando a polícia. E o cara foi preso no flagra.

—Você ta marcada piranha!

—Se liga, vacilão ninguém rouba de mim!

A polícia enfiou ele no camburão. E eu sentei num banco respirando fundo.

—Isso foi impressionante.

Olhei bem para aquela figura na minha frente e gente... o que que é essa pessoa?