Capitulo 5 - Se eu fui egoísta, eu não me importo

Eu não sabia o que responder para ele! Fiquei parada! Queria que o tempo parasse e eu ficasse só, mas ele estava lá esperando minha resposta.

Tomas: Vamos, Carla! Por que?

Carla: Tomas, eu vou ser bem sincera com você! Você ta certo, eu não tenho namorado nem aqui, nem na França, eu fico muito mexida toda vez que você aparece. Eu fico encantada quando você canta e as vezes rio sozinha lembrando de suas piadas.

Tomas: Então, Carlinha! - segurou meu queixo - Qual o problema???

Carla: Mas do mesmo jeito que eu fiquei, a Alice também! E ela ja passou por muita coisa, eu não queria que ela saísse magoada novamente.

Tomas: E o que você quer que eu faça??

Carla: Se afaste de mim - Nesse momento meus olhos merejaram

Tomas: Eu vou conseguir! - Falou convicto vendo o meu sofrimento - Você vai abrir mão da sua felicidade pela dela?

Carla: Vou - Aquilo me doía demais

Tomas: Carla, a Alice ta em Nova York, não vamos pensar nisso agora. O que você acha da gente ir ficando em segredo? Até ela arrumar alguém?Eu digo que to namorando, mas com ninguém que vocês conhecem até ela me esquecer e depois nós contamos, vemos no que dá. Ela sim mexe comigo, mas não como você, Carla - Ele falou colando nossos rostos mais ainda - Vamos viver o momento! E que desse momento vire nosso futuro.

Foi ai que eu me toquei, poderia ta sendo egoísta, mas eu queria aquilo! Nesse momento eu não to mais ligando para isso.

Então não o respondi, apenas o beijei.

Aquele beijo que queimava, foi cada vez mais ficando quente e não queria que aquele momento acabasse nunca.

Mas então, o meu celular (Ainda bem ou não) tocou.

Tomas: Logo agora... - Ele fez careta

Peguei o celular e atendi, era meu pai mega preocupado, contei o que tinha acontecido e onde nós estávamos, ele disse que ia nos pegar.

Carla: Meu pai está vindo nos pegar. Ele pediu que descêssemos.

Tomas: Ah, não, Carlinha... - Ele começou a beijar meu pescoço - Quero ficar aqui beijando seu pescoço, somente

Carla: Ai, Tomas!! Mais tarde, se você se comportar - Parei por um momento - Nós não vamos contar para ninguém, né?

Tomas: Olha, eu não sei, porque se isso acontecer não vamos poder sair um muito e ficar abraçadinho, acho que só pessoas confiáveis, e temos que pedir para não comentar com ninguém

Carla: Então, vai ser para a Rô e Diego, né? Já que eles vão está lá...

Tomas: Ta bom, então - e voltou a beijar meu pescoço

Carla: TOMASSSS!

Tomas: Ta bom, Carlinda. TA BOM

Descemos e não esperamos mais de 15 minutos e meu pai chegou. No carro ele só quis saber de tudo e como estávamos e tals.

Não demorou para chegarmos na casa, muito bonita, grande e com um jardim incrível.

Já eram 22h e fui direto para o quarto "das meninas" meu e da Rô, puxando-a para "me ajudar com a roupa"

Carla: To encrencada, Rô

Roberta: Menina, calma! O que aconteceu?

Carla: Porque assim, eu senti uma atração pelo Tomas e ele também por mim, até ai, tudo bem, mas a Alice também sentiu e quando ela dormiu la em casa não parava de falar dele e eu não queria magoa-la, porque ela sofreu tanto pelo Pedro e eu não aguentaria a ver triste. Mas hoje eu não resisti, então eu e o Tomas decidimos ficar em segredo até ela arranjar alguém e esquecer dele.

Roberta: É, assim, eu não sei! Mas acho que você tem que ser feliz, sabe? Podia ser algo até superficial da parte dela essa atração, e você vai ficando com ele e vê no que dá.

Carla: AHHHHHHG, OLHE EU NÃO SEI MAIS O QUE EU FAÇO DA MINHA VIDA NÃO, VIU?

Roberta: Seja feliz! Só! Agora vai logo tomar um banho que eu não to aguentando mais seu fedor, viu? - Ela joga uma almofada em mim

Carla: LOUCA!

Depois de uns 30 minutos eu já estava pronta, vesti apenas um short preto com uma blusa branca furada e um top por baixo. Fui para a sala e lá estavam todos apenas me esperando, a primeira pessoa que olhei, foi Tomás, ele estava destraido, mas quando percebeu minha presença, sorriu.

Fomos, finalmente, segundo meu pai, comer. Depois de um jantar cheio de risadas, descemos para ver os fogos na praia. Não tinha muita gente na praia, ficamos conversando e como eu e o Tomas decidimos não contar para ninguém, não ficamos grudados.

Fizemos a contagem bem animada e nos abraçamos, desejamos felicidades e essas coisas. Tomas foi o ultimo que eu abracei e quando abracei, ele sussurrou "Que esses momentos virem nosso futuro" e eu só pude sorrir e querer bota-lo num potinho e deixar no meu quarto.

Mais tarde, voltamos para a casa e decidimos ficar na praia a noite toda, eu; Rô; Diego e Tomas, fizemos uma cestinha com comida, levamos os instrumentos, cangas e casacos.

Ficamos quase em frente a casa, Diego e Tomas ficaram tocando e cantando, e eu e a Rô, babando.

Tomas: Carlinha, vamos da uma voltinha na praia

Carla: Simmmm

Claro que o casalzinho ficou olhando com uma certa carinha, mas eu não ligo não, sabe

Ficamos de amorzinho na praia, eu não lembrava mais de Alice, de confusão da vida, de nada, eu só queria ficar ali.

Cada vez que ele me beijava, eu sentia mais desejo, seu toque era macio, mas ao mesmo tempo, queimava. Aquela noite fria se tornava quente com nossos beijos e carinhos. Ficamos assim por mais ou menos umas três horas. Teve vários momentos que considero engraçado, pois não conseguíamos fazer nada, apenas nos olhar, eu me perdia em seu olhar e ele no meu.