Capítulo 1 - Recém casados! [part.1]

— Hello detective!

— Lucifer! Eu não esperava te ver tão cedo.

Era quinta de manhã quando a LAPD estava verificando mais uma cena de crime num bairro nobre de Los Angeles. Chloe parecia surpresa com a presença dele ali, principalmente depois do que tiveram na noite passada.

— E eu não esperava ter trabalho tão cedo. Bem, o que temos aqui então?

— Vocês dois não deviam estar aqui, deveriam estar na lua de mel. Tendo uma folga, ok? -disse Ella com sua câmera macro de alta definição na mão.

— Eu também gostaria, mas a detective Decker aqui me abandonou na nossa primeira manhã como casal por uma cena de crime.

— Decker? Eu achava que era DeckerStar agora... -encarou Chloe.

— O-oh... Ele está chateado Choe. E com razão. -Ella repara nos dois se encarando e vai se afastando sorrateiramente para os deixar sozinhos-

— Olha Detetive... Chloe. Deixar seu marido na manhã seguinte ao casamento não é algo bonito de se fazer.

— Eles precisavam de mim aqui...

— Não Chloe! Eu precisava de você. Eu!

— Lá vem você...

— Eu... Realmente pensei que algo tinha mudado. Mas a sua prioridade sempre foi e sempre será a LAPD. Não é mesmo? E a propósito... Você perdeu a videochamada da pequena Trixie. Não que se importe... -disse ele já saindo e dando as costas pra ele.-

— Lucifer. Desculpa! Eu...

— Tudo bem. Eu fui um tolo em pensar que era alguém importante pra você detetive.

— Pessoal! Venham ver isto! -chamada a detetive Ella não muito longe de Chloe e Lucifer.-

— Vai lá detetive. Eu te espero em ca...

— Não! -interrompeu Chloe- Vamos fazer isso juntos. Você é meu consultor Lucifer. Meu parceiro e meu marido. Se vamos fazer isso, vamos fazer juntos.

Ao sorrirem um para o outro, a detetive Ella Lopez os chama novamente.

— Galera, eu não tenho o dia todo.

***

Na sala da casa das vítimas.

— Então Ella, o que temos aqui?

— Aparentemente não houve brigas aqui. Mas só aparentemente. Veem aquele quadro ali? -dizia Ella-

— O que tem a Madame Samovar e o Zip? -questionou Lucifer-

— Espera... O casal não tinha filhos. Então porque um quadro infantil na sala? -indagou a detetive Chloe-

— Talvez sejam apenas fãs da Disney. -disse Lucifer em tom de brincadeira-

— Esse não é o ponto gente. Foco por favor! Então, como eu ia dizendo... O quadro está torto. É o único quadro infantil na sala sim, mas também é o único que está mexido, torto. -Ella parecia animada com isto e esperava que os parceiros percebessem o rumo para os qual ela estava os levando-

— Sim e daí..? O vento pode muito bem ter entortado a tela.

— Mas não com a janela fechada Chloe...

— Eh! É isso mesmo! Parabéns Lucifer!

Lucifer já foi logo colocando luvas descartáveis para não contaminar a cena. Afinal, foram anos ouvindo aquele blábláblá das regras e tudo mais.

— Se o quadro está torto é porque mexeram nele. -disse ao pegar o quadro e logo depois reparou em algo.- Mas o que é isso?

Havia uma pequena mancha de sangue na borda da tela e atrás dele grudado havia um bilhete em branco.

— Detetive Lopez, acho melhor levar isso pra analisar.

— Pode deixar comigo! -disse ela animada ao pegar a tela-

— Por um momento eu pensei que fosse ter algo a mais na parede... -disse Chloe desanimada-

— Mas talvez ainda tenha. -disse Ella-

Naquele momento os três se entreolharam e Lucifer pegou um canivete e cortou o papel de parede que escondia um...

***

— Então Ray Ray? Porquê essa bebedeira toda? -perguntou a Doutora Linda Martin-

Estavam as duas na Lux. Por algum motivo que ninguém ainda havia entendido a Mazekeen estava na casa de praia do Lucifer, mas a melhor parte estava por vir. Ela estava com a Trixie e o detetive Daniel Espinoza. E a Azrael resolveu passar uns dias em Los Angeles em algum tipo de "folga angelical".

Então, como o seu irmão Lucifer (Samael) Morning Star estava recém-casado e supostamente em algum hotel, a Azrael também conhecida como Ray Ray estava na cobertura da Lux, o lar de ser amado irmão mais velho. A fazer companhia pra ela estava a doutora Linda, cuja missão parecia ser a terapeuta em assuntos humanos e angelicais.

— Pensei que eram o que as pessoas faziam por aqui.

— Na verdade o propósito delas é se divertir. Mas nem sempre isso funciona. Vem, vamos dançar um pouco.

— Nãããmmm... Estou bem aqui... -disse Ray Ray ao ser puxada pela doutora para a pista de dança que tocava um remix de I've the time of my life.- Isso não é pra mim doutora!

— Você mais do que ninguém deveria saber que a vida humana é bem curta e que deve ser aproveitada!

— Mas eu não sou humana!

— Eu sei! Mais um motivo pra dançar!

As duas dançavam ao som da música alta.

— Olha aquele cara ali que gato! Você não quer conhecer ele?

— O quê?

— O quê? Não estou te ouvindo Ray Ray!

***

Enquanto isso na casa de praia do Lucifer...

— Bom dia, senhorita Smith!

— Bom dia, senhor Espinoza! Mas pra quê essa formalidade toda?

— Não sei, apenas acordei inspirado. A minha filha ainda está dormindo?

— Está sim. E a propósito... Você fez waffles? -parecia incrédula- Achei que tinha pedido omelete!

— Eu não sou seu empregado, tá legal?

— Vocês estão brigando? -chega a Trixie à cozinha levemente desperta-

— Claro que não princesa...

— Ai Dan... Ela não é princesa. É presidente de Marte! Você precisa se atualizar!

Trixie sorriu marota em confirmação.

***

De volta à cena do crime.

— A equipe já pegou tudo o que precisamos e já estão levando os corpos. -disse Chloe.-

— É uma pena que estraguei aquela parede por nada. Era um belo papel de parede.

— Sério que está preocupado com o papel de parede Lucifer? Eles tinham acabado de se casar e foram assassinados!

— E nós também acabamos de casar, caso não se lembre.

Toca o telefone da Ella e ela atende.

— Ella Lopez falando... Sim? Eu digo a eles, estão aqui comigo. Em que hospital estão? Eu sei onde fica, já estamos indo praí.

— O que aconteceu Ella. -indagou Chloe-

— A Ray Ray... Ela tá no hospital...

— O que aconteceu com a minha doce irmãzinha?

A expressão de Ella era de quem tinha algo bem complicado de se dizer.

— Acho melhor a Linda explicar.

— Porquê a Linda.

— Eu não sei Chloe, mas foi ela quem me ligou.

— Okay, então vamos meninas.