Acordei com o vibrar e o som do celular no criado-mudo. .

- Alô? – eu disse com uma voz sonolenta.

- Bruno? – ouvi uma voz aguda do outro lado da linha.

Despertei.

- Quem gostaria? – eu perguntei um pouco mais baixo.

- É a Giulia. – ela disse no mesmo tom. – Enfim, cadê ele?

- Está dormindo.

- Ah... – ela disse. – Quem tá falando, mesmo?

- Lo. Namorada dele. – eu disse numa voz monótona.

- Ah. – ela repetiu. – Desculpe... É marketing, sabe como é.

- Eu sei. – eu disse. – Imagino como deve ser tortuoso para você fazer isso.

Minha voz era tão sem vida que ela nem se ofendeu.

- Me desculpe, por favor.

- Por quê? – eu perguntei. – Por que precisa fazer isso?

- Eu... estou apagada na... mídia.

- Umpf. – eu bufei. – E meus sentimentos não importam?

- Desculpe, mas já está tudo certo.

- Creio que não. O trato está desfeito. Grata.

E desliguei o telefone.

Aquilo era irritante!

O telefone vibrou de novo.

- Que é? – eu disse mais irritada.

- Olha, você não pode desfazer o trato!

- Posso sim, e é o que estou fazendo. – respondi quase num grunhido.

- Eu... não... vou desistir.

- Ele não é seu para você desistir ou não. Ele é meu. – eu rugi. – Não me importa se ninguém sabe qual é teu nome. Não quero saber. Você vai ficar longe dele. – assumi um tom ameaçador.

- Ou se não...?

- Não sei e pretendo não pensar a respeito. – rosnei. – Acho melhor você pensar em outra coisa. Fique longe dele.

- Me obrigue.

Dei um riso severo. O medo era evidente na voz dela.

- Não acho que é o melhor a falar. Você não gostaria da minha resposta. – e desliguei.

Bruno me avaliava com olhos atentos.

- Sim? – perguntei numa voz suave. Afundei no travesseiro. Meu objetivo não era ameaçar nem gritar com ninguém, mas aquilo foi inevitável.

- Quem era?

- Giulia. – eu disse numa voz monótona.

Ele ficou pasmo.

Eu não sabia o que falar. Não queria falar mais nada.

Peguei a coberta e me cobri.

- É... – ele rompeu o silêncio. – Desculpe.

- Não sabia que vocês eram... amigos. – eu disse na mesma voz sem vida.

- Ryan deu meu número para ela... Mas eu não peguei o número dela.

- O que o Ryan quer, afinal? – eu disse irritada. – Acabar com nós dois?! Diga a ele que, se ele quer me irritar, está conseguindo. Um namoro de marketing? Atuação? Me poupe, por favor. Ele sabe que é pressão demais... – eu disse, as lágrimas querendo sair. – Mas nós vamos aguentar...

Ele suspirou e pegou minhas mãos, beijando-as delicadamente.

- Eu disse que vamos cuidar disso, não vamos?

- Só vejo duas soluções e só uma delas é possível, Bruno. – eu disse jogando meu corpo para fora da cama. – Primeira, deixar nosso relacionamento de lado e esquecer um ao outro. – minha garganta se fechou ao pensar nisso. Um tremor percorreu minha espinha. – Segunda, ignorar isso, dizer não à eles e sermos felizes.

- Segunda opção. – ele disse numa voz sufocada.

Pisquei para ele e beijei o topo de sua cabeça.

- Próxima parada? – perguntei, tentando me lembrar para onde iríamos. Era Espanha...? Não... México? É! Acho que sim.

- Marte. – ele disse sorrindo maliciosamente, apertando meu corpo com o dele.

- Eu gosto disso. – eu falei ofegante.

Mas de repente minha boca estava ocupada demais para que alguma conversa pudesse ser iniciada novamente.

[...]

O lugar em que estávamos era extremamente quente, mas ficar na piscina deixava o calor agradável.

Bruno apertava minha cintura e colava nossos corpos cada vez mais.

- Que tal um mergulho? – perguntou Bruno se levantando.

Ele deu um mortal e caiu na água.

Não consegui conter a risada.

Dei duas “cambalhotas” no ar e mergulhei.

- Exibida. – ele disse depois se levantou e deu três “cambalhotas” no ar.

- Idiota. – murmurei e ele gargalhou.

- Posso participar da brincadeira? – perguntou um homem alto, branco, os olhos cinzentos e cabelos negros.

- Quem é você? – eu perguntei arqueando uma sobrancelha.

- Ian. – ele disse se aproximando de mim e esticando a mão para me cumprimentar. Depois ele fez o mesmo com Bruno.

Olhei para Bruno, avaliando-o. Um lampejo de desconfiança dançava em seus olhos. Aquele homem era um pouco ofensivo para Bruno? Contive uma risada quando pensei no assunto de ficar com outra pessoa. Ridículo.

- Na verdade... – eu disse rompendo o silêncio – Estávamos indo almoçar.

- Que coincidência! Eu também. – ele sorriu para nós.

- Não é? – eu disse numa voz alegremente forçada. – Bem, nós vamos para o nosso quarto nos secar antes, até mais.

- Ei, que tal a gente almoçar juntos? – ele olhou para mim ao perguntar. Depois lançou um olhar para Bruno. – Seria legal, os três né? – ele emendou. – Na porta do restaurante?

- Acho melhor não. – contra-atacou Bruno estridente.

- Por quê?

- Temos um show hoje e não posso me atrasar.

- Ah, que saco... – ele suspirou. – Mas seria bom se eu pudesse ir também, né? Qual é o show?

- Meu show. – disse Bruno, me aproximando mais de seu corpo quente.

- Ah. – repetiu Ian. – Você é o Bruno Mars. – ele suspirou. – Só agora percebi.

- É. Tchau. – disse Bruno girando nossos corpos. – Cara chato. – ele murmurou para mim.

- Ahhh, qual é. Ele é bonitão. Ah, Ian, como vou passar o resto da tarde sem ele dando em cima de mim, ãh? Ahhh. – eu fingi um suspiro, mordendo o lábio inferior para reprimir o riso.

Bruno soltou um rugido.

- Estúpido. Ele é estúpido.

- Claro, claro. E irritante. – eu disse sorrindo. – E parece tomar aquelas bombas para ficar forte. Tem um jeito lindo, tipo o seu, mas o dele é muito artificial, arg. – eu o incitei.

Bruno sorriu.

- Bom saber que sou sua preferência...

- Sempre, sempre, sempre, sempre. – eu disse beijando sua boca de leve.

- Arrã. – ouvi um pigarro atrás de nós. Esse cara é irritante!

- AH, qual é. – suspirou Bruno.

Me virei pronta para dizer para ele ir embora. Mas não era Ian.

- SAM? SAMMIE, É VOCÊ?! – eu exclamei.

Me atirei em seus braços.

- Hm, tá linda hein amiga.

- Não acredito que você veio! – eu disse chorando.

- Ai, não precisa chorar! Vai ficar com os olhos inchados, e você sabe como eu odeio isso. – ela tirou agilmente um lenço da bolsa e esfregou minhas lágrimas.

- Obrigada. – eu disse abraçando-a com força.

- Ai chega, Lo! Vão pensar que você gosta de mulheres. – ela disse me afastando dela.

- Idiota. – eu disse revirando os olhos.

Bruno me apertou contra ele de novo.

- Quem é essa? – ele perguntou sorrindo.

Revirei os olhos de novo.

- Vocês já se conhecem, sem essa.

Puxei Sam pela mão e Bruno pela outra.

- Precisamos por o papo em dia. – Sam disse dramática. – E comprar roupas novas pra você, meu amorzinho.

- Ah, não... – eu comecei a protestar. – Você não vai gastar dinheiro comigo. – finquei o pé.

- Quero ver você me obrigar. – ela disse sorrindo perversamente.

- Idiota. – murmurei de novo.

[...]

- QUE? – ela exclamou, depois sussurrou. – Você e Bruno já... Você sabe... e você NÃO me contou? – ela apertava minha mão.

- Ah, Sam, você sabe... Ah... – eu disse virando o rosto para qualquer outro lugar que não fossem aqueles olhos acusadores me julgando.

Ian me olhava. Ele tá me perseguindo?

Arqueei uma sobrancelha e mostrei a língua para ele, revirando os olhos.

- Quem é? – perguntou Sammie com seu “tom interessado”.

- Ian, um cara chato que tá me irritando vindo atrás de mim.

Ela fez uma cara pasma pra mim.

- Ótimo, baby. É meu. – ela ajeitou os seios.

- Arg. – eu murmurei, dando um outro gole no meu suco de abacaxi com menta.

- E aí? – ele perguntou diretamente para Sam, mas a pergunta parecia ser remetida à mim.

- Tudo bem? Ãh, meu nome é Sam. – ela sorriu.

- O meu é Ian. – ele disse colocando o braço no balcão de granito, ficando entre mim e Sam.

- Legal. – ela disse, fazendo um tom despreocupado.

Ian olhou por sobre o ombro para mim.

- E você? O namorado não está mais vigiando, então...

- Ele não me vigia e eu não vou fazer nada com você. – eu disse um pouco irritada. – Tente Sammie, ela está disponível. – eu falei, mas me arrependi no mesmo instante, temendo ferir os sentimentos de Sam. - Eu não estou. Esquece.

- Gosto de um joguinho mais divertido.

- Eu não sou um jogo! – eu quase gritei. – E eu não gosto de você. Nem te acho tão bonito assim. – ele realmente não era feio, mas Bruno conseguia ultrapassá-lo em beleza.

Aquilo atingiu seu ego.

- Quer saber? Não vou correr mais atrás de você.

- Sério? – eu disse animada. – Valeu. – joguei o dinheiro para o garçom pelo suco.

- Só diz pro Bruno ficar de olho aberto.

- Ele não precisa porque não há concorrência. Vai ser para sempre ele e nunca você. – eu sorri. – Já terminou? Preciso encontrar meu namorado.

- Pra quê?

- Não te devo satisfações. – eu disse irritada.

Ele pegou meu braço.

- Tem certeza que quer antagonizar comigo, princesinha?

- Me solta. – eu rugi.

- Se não...

- Se não eu vou fazer isso. – ouvi a voz de Bruno do outro lado do restaurante. Agilmente, ele socou o nariz de Ian, fazendo um estalar ensurdecedor.

Dei um chute na barriga de Ian para fazê-lo cair também.

Bruno me pegou nos braços.

- Tá tudo bem? – ele perguntou assustado.

Assenti com a cabeça, procurando por Sam.

Ela olhava horrorizada para o chão.

Ajudou Ian à se levantar. Espera aí! O quê?

- Sam? – eu perguntei.

- Não precisava disso tudo. – ela disse irritada. – Tá tudo bem? – perguntou para Ian.

Ele assentiu uma vez.

- Sam? – repeti como se não a conhecesse. – O que você tá fazendo?

- Depois falo com você. Vou ajudá-lo com esse nariz.

- Não! – eu quase gritei. – Sammie, não faça isso. Tem uma enfermeira aqui, eu posso chamá-la para...

- Eu já vou. – ela suspirou.

Girei nos calcanhares e corri para o quarto.

Aquele estúpido pensa que pode arrancar minha melhor amiga de mim?

Quando virei o rosto para a porta, Sam, estava escorada nela, me observando.

- Vá cuidar de Ian. – eu cuspi as palavras.

- Desculpe, tá legal? Ele pareceu bom para mim.

- Qualquer um que use um par de calças é bom para você! – eu disse irritada. – Pare com isso, Sammie.

- Não vou atrás dele, prometo. – ela disse pegando na minha mão. – Agora me diga por que estou aqui por você.

Suspirei.

Não queria contar aquilo à Sam...

- Preciso da minha melhor amiga comigo. – assinalei.

- E...?

- E eu te amo. – eu disse abraçando-a, tentando distraí-la.

- Aw. – ela retribui o abraço. – Também te amo sua besta.

Estávamos tão afastadas que ela nem percebeu a mudança em meu comportamento.

Contar aquilo a ela não parecia o certo a se fazer no momento. Tudo estaria resolvido logo, certo?

[...]

Bruno fazia um cafuné tão gostoso em meu cabelo que era difícil me lembrar da dor que tínhamos sofrido sobre aquele terrível assunto.

Ryan’s POV

Aquela garota fazia tudo tão bem.

Giulia distribuía beijos pelo meu abdômen e eu estava apenas 50% presente. A outra parte vagava para o que Carol estava fazendo ou o que Bruno e Lo estavam fazendo... Eu superei aquilo, superei mesmo. Eu e Lo somos amigos agora. Mas mesmo que nunca tivesse interesse por ela, não podia negar: ela era muito linda.

- Ei, Ryan... – ela disse numa voz provocativa. – Aquela garota nem quer que eu fique com o Bruno... – ela disse.

- É, eu sei. É melhor esquecer isso... Acho que seu golpe de marketing vai ficar pra depois.

- O que vocês veem nela? – ela arqueou uma sobrancelha.

- Vocês vírgula. Ela é linda por dentro e por fora... – eu sorri.

Ela parou de distribuir beijinhos e se levantou, irritada.

- O que foi que eu disse? – perguntei procurando por minha cueca no quarto.

- Quer saber?! Não me interessa! – ela murmurou. – Não me importo... Sério mesmo... Você nem me quer aqui. – ela disse se trocando.

- Ah, qual é Giu. Não precisa disso tudo. – puxei sua blusa branca grande e a arranquei. Ela sentou no meu colo e soltou um risinho pervertido.

- Idiota. – e depois suspirou. – Só continuo aqui porque você é gostoso. – ela murmurou e me deu um beijo demorado.

E assim continuamos, até eu fazê-la parar e deitá-la em meu peito.

[...]

Meu telefone vibrou e eu despertei com um pulo.

- Alô? – perguntei

- Ei. – ouvi a voz doce e melodiosa do outro lado. Tanta concentração para não pensar no que os dois poderiam fazer e lá estava ela... Me puxando para o abismo outra vez. Eu me escorava nas paredes, desvendando meus sentimentos e lá estava ela... Me fazendo repensar se era aquilo mesmo que eu queria.

Decidi que sim. Que nada mudaria o que sinto.

Eu amo Carol e isso nunca vai mudar.

Certo.

- Lo. – falei numa voz indiferente. – Algum problema?

Senti que fui rude demais.

- É, não. – ela disse triste. – Desculpe incomodar...

- Diz o que é.

- Não... É... Estávamos pensando se podíamos convidar você pra ver um filme aqui. – ela falou alegre.

- Não sei, tô ocupado. – eu disse. – Umas gatas, sabe como é. – dei um riso forçado.

- E Carol? – imaginei-a arqueando as sobrancelhas perfeitas.

- A Carol tá em LA... Nós estamos temporariamente afastados. Não posso nem ficar socialmente?

- Ryan...? – ela perguntou como se não me conhecesse. – Você tá diferente... Algo que eu fiz?

- Pare de se culpar, tá legal. Eu nem gosto mais de você. Eu tô aqui curtindo minha vida, certo? A garota era boa e queria ficar comigo, não tem problema, tem? – eu perguntei. Até eu mesmo me sentia diferente, era como se eu não me reconhecesse.

Ela ficou muda.

- Desculpe, não é da minha conta. – disse num sussurro e depois desligou.

Ah, como eu era estúpido!

- DROGA! – gritei e Giulia deu um pulo.

Eu queria que ela saísse dali agora, mas não podia ser rude com mais ninguém.

- Que é, Ryan? – ela disse num tom irritante.

- Tenho que resolver uns problemas. Desculpe se te acordei... – falei me levantando.

- Ah, não, fica vai.

- O Bruno tá me chamando. – eu ri. – Eu tenho que ir. Mas me espera desse jeito que hoje eu tô que tô.

Eu fui até o apartamento dos dois e assistimos “Amizade Colorida”.

- Bom filme. – eu disse rindo.

Lo estava hesitante. Ela não me dirigia a palavra, à não ser quando era extremamente necessário. Bruno foi buscar mais pipoca, mas ainda era capaz de ouvir.

- Ei, desculpe por ser grosso com você. Eu tava estressado. Eu não sou assim.

- Eu sei Ryan. – ela disse, mas seu rosto aparentava... Dor? – Me desculpe por magoá-lo. Eu sou uma má pessoa. Me desculpe. – as lágrimas rolavam pelo seu rosto.

- Você não é não! Você não me magoou. Graças à você eu descobri que amo Carol.

- E é por isso que tá traindo ela? – ela perguntou e depois bufou, revirando os olhos.

Eu fiquei quieto. O problema não era contestar quanto ou se eu amava a Carol, mas sim o quanto fui mal educado com ela.

Refleti por um momento.

- Sabe qual é... Diversão... E Giulia é legal. – eu disse rindo.

- Quem?! – ela engasgou com a Coca-Cola.

- Epa. – eu disse.

- Eu sabia! Eu sabia que você tinha algo nisso! Tinha que ser, Ryan! Mas não, Bruno não vai ficar com aquela... garota. – ela disse estridente.

Lo se levantou e foi para seu quarto.

Suspirei e afundei no sofá.

- Bruno, posso conversar contigo, bro? Conselho de amigo. – eu disse culpado.

- Que é, Ryan. – ele falou sentando no sofá e bebendo o resto da Coca de Lo.

- Eu realmente sinto que... Sinto que eu amo... a Carol. Mas... Mas a atração por outras pessoas é comum? – perguntei.

Ele refletiu por um momento.

- Ryan... – ele disse devagar. – Eu... não sei. – ele suspirou e parecia frustrado. – Eu não as vejo. Sei que são bonitas e legais, mas... meu interesse é atraído por ela. Eu não as percebo.

- Então eu não amo Carol. – eu disse. Também estava frustrado.

- Você pode amá-la. Mas não com a intensidade do meu amor pela Lo, cara. – o Bruno disse, retomando a beber a Coca.

- Ela acha que eu tô sofrendo... Ela tá sofrendo por pensar que está me fazendo sofrer.

Bruno riu.

- Ela se importa com as pessoas, Ryan. Ela vai querer mesmo que fique tudo bem. Ela é muito altruísta. Nunca pensei que encontraria alguém sem nenhum senso de egoísmo. Sem nenhum. – ele falou maravilhado.

- Sabe, eu amo a Carol. Mas queria que ela fosse mais como a Lo... emocionalmente. Fisicamente ninguém seria tão perfeita. – eu disse rindo.

Bruno socou meu rosto e bufou. “Ela é minha”, rugiu depois.

- Eu sei, bro, eu sei. Mas a Carol ela é diferente e...

- Você vai descobrir as qualidades dela. – Bruno murmurou.

Eu me levantei e fui embora. Giulia deixou um bilhete:

“Vou sumir da vida de você e desistir dessa história de marketing com Bruno. Eu comecei a te amar e sei que você não sente o mesmo. Ryan, estou sofrendo. Você sabe onde e quando me encontrar quando quiser. Obrigada por todos os momentos bons, você sabe que eu te amo muito.

Sei que me comportei mal, nenhuma pessoa se comportaria dessa maneira. Acho que até brinquei com você... Mas meu interesse vai mais do que apenas atração por você. Eu tô te amando e sinto que você ama aquela tal de Carol. Nunca quis fazer você escolher... Seja feliz por nós dois.”

Suspirei. Bem, aquilo era de se esperar. Eu não queria que ela voltasse.

Deitei na cama e dormi. Era melhor eu não pensar em mais nada, deixar a mente oca. Aquilo não tava me fazendo bem... E putz, eu me esqueci de tomar meu shake! Caraaaaaaaaaaca.

Looh’s POV

Eu estava deitada, aconchegada no abraço quente de Bruno.

Sabe... Estar com ele era realmente muito bom... Mas minha mente vagava para um assunto delicado. Como afastar Ryan?

- No que tanto pensa? – perguntou Bruno.

Olhei para ele. Seus olhos estavam fechados. Aquilo causou uma leve onda de prazer em meu corpo.

Soltei um gemido baixo e Bruno sorriu, ainda de olhos fechados. Ele apertou firmemente minha cintura.

Pulei em cima dele, colocando cada perna de cada lado de seu corpo, envolvendo-o.

Apertei seus ombros e me agachei, sorrindo. Meu cabelo caía gentilmente em seu rosto.

- Hm, agora, nas maneiras de te atacar. – eu disse maliciosamente.

Ele deu uma gargalhada, fazendo nossos corpos, que estavam colados, estremecerem.

Ele me olhou profundamente e eu sabia o que iria acontecer a seguir, mas mesmo assim, foi ovo para mim... Sempre era.

Sua língua quente dançava com a minha e seus lábios eram ferozes. Quando dei por mim, ele já estava tentando tirar nossas blusas.

Eu cooperei, ajudando-o.

- Eu quero ser seduzido. – ele disse rindo ao meu ouvido. Isso me arrepiou.

- Você não sabe do que está falando. – eu disse tentando provocá-lo. Rocei meus lábios em seu pescoço e ele gemeu de novo. Beijei-o novamente e então não pudemos ser mais separados.

Como se fogo houvesse sido jogado em meio ao álcool, nossos corpos se conectaram e não podiam ser mais separados. Ele pressionava ferozmente minha cintura.

Subiu lentamente a mão por minha silhueta, chegando aos meus cabelos, puxando-os com força. Não consegui reprimir o gemido que escapou por minha boca.

Bruno me fitava, os olhos brilhantes e sedutores.

Eu dei um risinho perverso e me entreguei totalmente a ele. Para que evitar? Para que tentar adiar o que era inadiável?

Nossos corpos pareciam um só e ele era meu e eu era dele, para sempre.

Ele soltou um rugido, incentivando-me mais ainda.

Desliguei-me de todos os pensamentos inúteis, para que pensar?

- Sempre. – rugi para Bruno. Mesmo sem saber do que eu estava falando, o corpo dele pareceu entender e então ele também se entregou a seus desejos, sem se importar com as consequências.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.