Traindo

POV Pâmela Parker - Marra

Aqui estou eu, na Califórnia, mais precisamente no velório de meu dad, sem Jonas ao meu lado me dando forças. Estou morrendo de raiva dele, por colocar aquela droga de empresa sempre em primeiro lugar na sua vida.

Olho pra trás e vejo a figura, mas nem sequer consigo confiar em meus próprios olhos. Não poderia ser Herval, ele não podia estar aqui. Aproximei-me um pouco mais do homem de barba e cabelos escuros e confirmei meus pensamentos. Herval realmente estava aqui, tentando manter-se afastado ao máximo pelo que pude perceber. Ele estava encostado na porta da grande igreja muito ao longe, para nem se quer notado, mas ou o notei e de repente uma felicidade enorme invadiu meu peito, eu sorri e ele se aproximou.

-Vamos para um lugar mais reservado. – falei quando ele ia me abraçar – Espere cinco minutos e vá para a praça que tem aqui em frente. Vou apenas avisar a Dorothy. – disse a ele, avisei Dorothy que ficou meio desconfiada, porém não disse nada e fui. Cinco minutos depois ele estava ao meu lado e eu já estava afundando em um mar de lágrimas antes mesmo dele chegar.

- Acalme-se Pam. – ele disse calmamente enquanto limpava minhas lágrimas. Ele pegou meu rosto nas mãos e me beijou delicadamente. Uma pena que ele fez isso na hora errada, pois em questão de segundos de desatenção um fotógrafo já tinha tirado dezenas de fotos, antes mesmo de anoitecer isso seria o assusto mais comentado do mundo.

Eu involuntariamente comecei a desesperar-me e corri novamente para a igreja já em prantos, deixando Herval para trás, e ele sabia o porquê. Assim que cheguei lá dentro Dorothy me perguntou o que havia acontecido e sem pensar muito lhe puxei para um canto mais afastado da igreja e mesmo em prantos lhe contei tudo o que havia acontecido.

De repente Megan aparece com seu Marra Tablet na mão e uma expressão assustada no rosto. E eu já sabia o que era, mas consegui segurar as lágrimas que queriam transbordar novamente.

-Mon? Será que você pode me explicar o que é isso? Por que essas fotos são i like muita loucura. – Assim que ela fechou a boca eu comecei a chorar novamente e Dorothy lhe explicou o que tinha acontecido.

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Nós já estávamos sobrevoando o Brasil, eu, Megan, Dorothy e Brian.

Logo, logo eu teria de enfrentar o meu maior medo: Jonas. A essa altura ele com certeza já teria visto as fotos e estava morrendo de raiva de mim, provavelmente já estaria com os papéis de nosso divórcio na mão, só me esperando para que eu assine. Eu estava com medo de que todo o amor que ele sentia por mim ter se transformado em ódio.