Capítulo 13: Bem vinda Judith.

Preferi não comentar com ninguém sobre o bebê, só Carol sabia e isso era o bastante.

Ainda era muito cedo quando decidi me levantar da cama. Meu pai estava sentado no pátio, lendo um pequeno livro.

- Nunca perdendo esse hábito né senhor Hershel. - declarei me sentando ao seu lado.

- Velhos hábitos nunca morrem. - ele respondeu.

Sorri para ele e ele retribui.

- E esses olhos triste ?. O que significa ?. - meu pai perguntou.

- Significa tudo e ao mesmo tempo nada pai. - respondi.

Ele me abraçou, retribui seu abraço.

Lori estava sentada, reclamava de dor na barriga, ela mesma dizia que era normal. Ela estava completamente imensa, sua barriga estava enorme e o bebê poderia chegar à qualquer momento.

- Me leva na fora Maggie ?. - ela me perguntou.

Assenti com a cabeça e à levei, ela observa todos trabalhando, Glenn e Andrew nas torres de vigias, Lauren e Carol arrumando as grades, todos definitivamente trabalhando. De repente os alarmes da prisão começou a tocar, o som era horrível, ecoava pela prisão toda, zumbis começaram a aparecer no pátio, puxei Lori corredor à dentro Carl nos seguiu.

- Maggie, os corredores estão com zumbis. - Carl gritou.

Procurei qualquer porta que nos escondesses dos zumbis, Lori começou a reclamar de dor, muita dor, eu já estava preocupada, ela não poderia ter o bebê aqui, não nesse lugar, nessa pequena salinha de vigias.

- Maggie é agora. - a voz de Lori estava passando toda a dor que ela sentia.

Pedi para ela deitar no chão, ela ia precisar fazer força para o parto normal. Pedia toda hora para Lori fazer força, mas nada se dilatava, ela já estava com muita dor e eu já não sabia o que fazer com a situação.

- Maggie... vai ter que ser cesário. - ela chorava.

- Não. - retruquei. - Não pode ser assim Lori.

- Maggie vai ser assim. - ela se decidiu. - Por favor, cuide bem do bebê, eu não quero que ele tome o mesmo destino que o meu. - fui a última coisa que ela disse para mim.

Ela falou algumas palavras para Carl, disse o quanto amava, o quanto queria que ele fosse forte e pediu desculpas, desculpas por tudo que ela fez. Era chegada a hora, pedi para Carl a faca que ele sempre guardava no bolso, respirei fundo, eu iria matar uma pessoa a sangue frio, não seria nada fácil. Passei a face pela cicatriz da outra cesária de Lori, ela gritou e fechou os olhos, já não estava entre nós, aprofundei mais o corte e fiz um rasgo em sua barriga, fiquei com medo de corta o bebê então decidi pega-lo com minhas próprias mãos. Passei a sentir os pés da criança comecei a puxa-la devagar, não sabia se o cordão estava enrolado na cabeça. Ouvi uns choros baixos, o bebê finalmente tinha saído da barriga de Lori, era uma menina, uma menina linda.

- Carl, sua blusa. - pedi para Carl.

Ele me entregou sua blusa e a coloquei envolta do bebê.

- Maggie, e agora ? como minha mãe vai ficar ?. - Carl me perguntou.

- Temos que mata-la. - respondi.

Carl pediu para ficar um pouco a sós com sua mãe, eu concordei, ele deveria matar ela, não eu. Ouvi um impacto de tiro, Carl tinha matado sua mãe.

Andamos pelo corredor e chegamos ao pátio principal, Daryl gritava, gritava alguma coisa sobre procurara Maggie, Lori e Carl, o choro da pequena ecoou sobre o lugar e todas as atenções voltaram-se para nós.

- Cade Lori ?. - Beth perguntou.

- Ela, ela morreu, eu à matei. - Carl respondeu.

Rick começou a chorar, ele saio correndo para abraçar Carl que não demostrava nenhuma reação, ele apenas olhava para frente, sem expressão, sem nada.

- Amanhã faremos um enterro para ela. - Daryl decidiu.

Rick estava completamente abalado, mas ele não demonstrava, ele precisava ser forte, o grupo todo dependia dele.

- A pequena precisa de quê ?. - Daryl perguntou.

Beth falou sobre todas as coisas que a pequena precisava e Daryl decidiu procurar creches na estrada, Lauren decidiu ir com ele. Beth pegou a pequena para dar banho, percebi o quanto Rick estava abalado e decidi falar com ele.

- Rick ?. - o chamei.

- Maggie, ela, ela não podia ir embora, não agora. - ele me abraçou.

Abracei ele e ouvi todo o choro, toda a declaração de amor que Rick falava.

- Rick, você precisa ser forte, o grupo precisava de você, Carl precisa de você, a pequena precisa de você. - Enxuguei as lagrimas de Rick.

- Eu sei... mas é difícil, você não entende, eu perdi a mulher da minha vida. - ele retrucou.

- No mundo de hoje, não podemos garanti a sobrevivência de ninguém querido. - falei.

Rick intendeu a mensagem, ele coçou a cabeça, parecia pensar.

- O nome dela, o nome dela será Judith. - ele exclamou.

Assenti com a cabeça e Rick decidiu buscar o corpo de Lori, Carl se ofereceu para ir junto, não quis interferir os dois precisam ter um momento a sós.

Já era noite quando Daryl e Lauren voltaram, eles acharam um pequeno berço, alguns brinquedos e leite em pó, muito aliás.

- E qual será o nome da menina ?. - Carol perguntou.

- Judith. - respondi. - Bom, foi esse o nome que Rick quis dar à ela.

Todos concordaram com o nome Judith, também não tinham com o que concorda, foi Rick que escolheu.

Todos se recolheram para dormi, Rick pediu para deixarem Judith dormi no seu quarto e Beth concordou. Me deitei ao lado de Glenn, eu estava cansada com tudo que aconteceu, perdemos Lori, que já não era nada para o grupo, mas iria fazer falta.

- O que incomoda esse rosto bonito ?. - Glenn quebrou o silêncio.

- Tudo que aconteceu, a morte de Lori, a chegada do bebê, definitivamente, tudo. - respondi.