Love One Shots

29 - Daredevil - Karen & Frank - Justifiable


Frank Castle ou —The Punisher— como era mais conhecido, eram nomes temidos pela população de Hell’s Kitchen, mas não para Karen Page. Ela sabia que não devia — e até temia estar errada — em acreditar que Frank era inocente, mas algo dentro de si insistia naquela ideia. Talvez fosse porque ela o entendia, de certo modo, até se identificava com o mesmo.

Ele tinha demônios que o assombravam.

Karen entendia, pois ela tinha os mesmos demônios. Exceto que os demônios dela a deixavam com medo, os dele o diziam para fazer justiça com as próprias mãos.

Para alguém que fora forçada a agir fora da lei, ela conhecia bem esse sentimento. Ela sentia empatia pelo Justiceiro. Ele perdera tudo que um dia já importou, o que restou fora uma cede de trazer vingança para aqueles que amava, e ele o fez. Karen não podia justificar aquilo, mas ela entendia Frank, pelos menos tentava entender.

Ela tentou se força a ignora-lo e acreditar que ele era culpado, mas no fundo ela sabia que não era verdade, então ela sentiu que deveria ajuda-lo. Karen fez de tudo para provar a todos e ao próprio Frank de que ele não era aquele monstro a qual todos se referiam. Porém naquela noite, na noite em que ele matou o Coronel a sangue frio, fora exatamente o que ele se provou ser, um monstro.

Karen sentia-se decepcionada, traída por ter acreditado nele, mais traída ainda por se permitir sentir que havia algo de bom a ser resgatado nele, e pior, por sentir algo a mais por ele. Como ela pode ser tão estupida? Aquele homem não teria mais salvação.

E então ela o vê, o Punisher, mas desta vez ele não age como monstro, pelo contrário, ele ajuda o Daredevil. Karen volta a pensar que talvez estivesse certa. Talvez Frank pudesse ser salvo, talvez não por ela, não mais. Mas havia alguma esperança, um resquício de humanidade. Do contrário ele não teria aceitado a ajuda dela naquele hospital e ela não cogitaria tentar salvar ele.