Love One Shots

05 - Once Upon a Time - Emma & Regina - The One Who Saves You


Eu sou aquela que sempre vai te salvar

Assim ela fez, uma, duas e tantas outras vezes. Mesmo que ninguém acreditasse, mesmo quando todos estavam dispostos a acusa-la, sem ao menos saber se era mesmo a culpada. Emma a salvaria.

E a amava. Poderia ser impossível para os outros e até mesmo para Regina, mas Emma a amava. Regina a amava de volta, é claro. Nenhuma das duas sabia de onde aquele amor surgira ou o quão intenso ele era. Só sabiam que se amavam e estavam dispostas a fazer qualquer coisa uma pela a outra. Porque era aquilo que o amor era, era sacrifício.

Por isso Emma sempre salvava Regina. Por isso ela se sacrificou pela mesma. Por ela se tornara a dark one. Emma era a salvadora, mas, mais que isso, era a sua salvadora. A salvadora de Regina.

E então elas trocaram de papel. E então era hora de Regina salvar Emma. Depois de tantas batalhas, tanto ódio trocado e tanto perdão. Era a hora da rainha salvar a dark one. Ela prometera, prometeu a amada que faria, mesmo que por mais difícil que fosse, Regina impediria Emma. Não suportaria, não podia deixar aquela que ama se torna má, não suportaria a ideia do lindo e puro coração de Emma se encher de escuridão.

Não aquele. Aquele que a salvou tantas vezes, que lhe dera sempre o benefício da dúvida, que sempre acreditou em si. Não aquele coração bondoso que lhe tirou das trevas. Ela tinha de impedir. Era sua hora de ser a salvadora. A salvadora de Emma.

Regina iria fazer. Tinha de fazer, deter Emma era o único jeito de parar a maldição, de impedir que as trevas a consumisse. Mas já havia chegado tão longe, como seguir dali? Como matar aquela que trouxera alegria, cor, luz, a sua vida. Como acabar com aquela que a amava? Regina não podia, simplesmente não podia.

Regina hesitou.

— Não posso! – olhou naqueles penetrantes orbes verdes, podia jurar ver um resquício de escuridão naqueles. Emma estava ficando sem tempo, ora! Ela estava ficando sem tempo.

— Eu a salvei tantas vezes. – começa Emma com sua voz entrecortada – Mas quando chega sua vez... – deixou a frase morrer no ar com um suspiro, assim como morria seu brilho no olhar.

— Emma eu não posso. – Regina vacila – Não posso te matar.

— Regina – a dark one se aproxima da rainha tocando-lhe a face carinhosamente – Minha Regina – Regina a olha com ternura enquanto Emma traça linhas invisíveis em seu rosto.

Regina apenas se entrega aquele toque suave e aquecido. Por mais que a alma de Emma estivesse preenchida de escuridão naquele momento, seu toque ainda era quente e cheio carinho. Carinho este que somente Regina poderia receber e somente Emma poderia dar.

Regina encosta a cabeça no ombro de Emma, que passa a afagar seus fios negros de forma terna.

— Eu deveria te salvar. – a morena sussurra, com olhos cheios de lágrimas e face escondida no ombro da mais alta.

— Você não precisa. – Emma diz.

— Emma, eu prometi. – as lágrimas já rolavam soltas no rosto de Regina.

— Não precisa. – Emma a puxa para olhar em seus olhos – Não você.

Regina não podia mesmo. Se fosse qualquer outra pessoa, ela faria sem pensar duas vezes, porém era Emma. Não a mataria, porque ela a amava.

Não fez como o prometido. Regina fez diferente. Completamente o contrário. Ao invés de cravar a adaga no peito de Emma, ela a beijou. Porque jamais seria capaz de matá-la, somente lhe dar amor, amor aquele que Emma a ensinou a ter.

Aquele, apesar de tenso, era um momento onde se deveria ter um desses atos, um ato de amor.

Então a maldição foi quebrada. Emma não mais se tornaria a dark one. Regina a salvou. Com um beijo de amor verdadeiro ela conseguiu. O beijo representava muito, não somente a quebra de uma maldição, mas também selava o começo de um grande amor que havia crescido entre a Rainha Má e a Salvadora.

— Você conseguiu – diz Emma, ofegante de tanta facilidade por ter sido salva pela amada – Você me salvou.

Regina não podia descrever seus sentimentos naquele momento. Ela salvou Emma. Sem que fosse preciso matá-la. Sem que perdesse o seu verdadeiro amor.

Emma seria sempre aquela que a salvaria, mas naquele momento ela precisou de ajuda, e foi a vez de Regina retribuir o favor.

Foi a vez de Regina salvar a amada.