POV Astrid

Acordo mais cedo do que imagino, Soluço ainda ronca a meu lado. Não quero acordá-lo, então me afasto só o suficiente para olhar seu rosto. Ele amadureceu tanto, ficou mais bonito, mais esperto, mais forte... Minha mente viaja para longe com esses pensamentos até que minha razão volta e percebo um par de olhos verdes me olhando.

"Bom dia." - ele diz com um sorriso presunçoso e sincero no rosto.

"Oi!" - digo ainda meio em transe.

"Você fica linda quando se perde em pensamentos." - diz ele com um sorriso safado se formando em seus lábios.

"Ah, cala a boca!" - falo rindo enquanto dou um soco de brincadeira nele.

Mudo de assunto - "E aí? O que a gente vai fazer hoje?"

"Não sei... O que a gente vai fazer hoje?" - diz com ar de deboche.

"Você está me zoando muito hoje mocinho. Bebeu?" - brinco.

"Não!" - ele ri - "Só... tô feliz."

"Mesmo?"

"Mesmo."

"Mesmo, mesmo?"

"Mesmo, mesmo."

"Run... Que bom então. - encosto a cabeça em seu ombro - "Posso saber o motivo de tanta felicidade?"

"É uma garota, sabe?"

"Uma garota?"

"É."

"E qual o nome dessa garota?"

"Não posso te falar..."

"Por que...?

"Você vai ficar com ciúmes..." - quando escuto isso, uma gota de suor começa a descer por minha testa.

"Pode ir falando." - falo nervosa.

"Tá bom. O nome dela começa com A e rima com strid..."

"Bobo!" - começo a bater nele sem parar.

"Também te amo!" - ele fala entre-risos tentando deter meu ataque.

Finalmente ele consegue deter meu ataque e envolver minha cintura, então me puxa pra perto e me acalma com um beijo.

POV Soluço

Quando eu e Astrid terminamos de tomar café-da-manhã e nos aprontar para sair, vamos até os Gêmeos e peço para cobrirem meu dia no trabalho. Tenho coisas mais importantes a fazer, se é que me entende.

POV Astrid

Finalmente, um tempo com meu namorado.

Ficamos simplesmente andando de mãos dadas por praticamente uma hora. Ele insiste que eu escolha um lugar para irmos, e é o que faço (mais ou menos). Peço para ele chamar o Banguela, e em menos de um minuto o dito cujo está bem do nosso lado.

"Eu dirijo!" - monto em seu dragão no segundo em que falo isso.

"Sim, senhora!"

Me inclino um pouco e chego perto da orelha de seu dragão.

"Banguela, você escolhe para onde vamos. Confio em você." sussurro e em seguida dou um beijo em sua orelha.

E então começamos a voar sem rumo (pelo menos um rumo desconhecido por nós). Pra onde será que estamos indo?

Voando...

Voando...

Voando...

Quando chegamos ao local a primeira coisa que me vem a cabeça é nada mais, nada menos que: ...

Continua...