Love Chronicle

O kudan mais poderoso


Syaoran e Aira: Sim eu entendo. O seu pedido... Eu aceito.

Shougo: Pessoal não me ajudem – ele disse para os carinhas que não tem nome. O que está acontecendo? Estou perdendo meus poderes de dar rótulos ridículos para as pessoas? Nãaao!

De dentro do Syaoran saiu um lindo lobo branco em chamas, que parecia estar sorrindo pra mim. O Syaoran se virou para trocar palavras telepáticas com ele e, por um momento hesitou e olhou pra trás. Ele estava sério e preocupado, olhando pra mim. E só pra mim. Como... como um amigo que pede permissão pra melhor amiga se pode fazer isso. Se pode se arriscar. O vento veio, trazendo consigo um rubor vermelho que grudou em meu rosto. Ainda séria, fui levantando lentamente a mão e ao cessar do vento, conclui meu gesto: um sinal positivo. Não um sinal positivo daqueles que a gente faz na sala de aula quando alguém fica te encarando, mas sim um completamente embutido de confiança, timidez e por último mas não menos importante, sentimentos confusos. Todos esses pensamentos foram interrompidos quando a Aira estralou o pescoço (que sinistro Aira, virou o Voldemort agora?) e simultaneamente o Shougo gritou. Gritou uma frase decisiva.

Shougo: Preparar! – todos os três entraram em posição de combate, e eu comecei a apertar a barra da minha camisa – Vai! – e por incrível que pareça, já que a Aira é meio lenta pra perceber que o mundo a sua volta está girando, ela, o Syaoran e o Shougo lançaram seus kudans. Num primeiro momento não deu pra ver muito bem o que tinha acontecido, porque sabe, quando três pessoas lançam coisas brilhantes em uma direção só, essa gosma vira um treco super brilhante só e, como a luz queima os olhos, eu, obviamente, desviei o olhar. E só voltei minha atenção para a luta porque teve um momento de silêncio. E outro. E outro. E eu já estava achando que tinha caído um meteoro bem em cima deles e por isso olhei. E percebi que o motivo do silêncio não foi um meteoro (pensando bem, teria tido mais alvoroço ainda), mas sim uma garota de cabelos curtos, com uma mão na cintura e outra com a palma pra cima. E caso estejam se perguntando quem diabos é essa garota, eu chamo vocês de burros porque né, é claro que é a Aira. Quem mais, no meio de uma luta, vai ficar se exibindo? É claro que é ela. Porque eu não estou lutando no momento.

A luta parou. Tudo parou. Todos pararam. E pararam por um bom motivo. Para observar um kudan em constante mudança, com cores que um cérebro normal nunca captaria (para as pessoinhas que não entenderam a frase: o cérebro não capta a maior parte das cores que existem, perdendo uma boa parte da beleza do mundo) que em forma de círculo girava em torno da Aira, como um escudo. E na sua palma virada para cima, tinha uma coisa: uma miniatura. Uma miniatura de uma caixinha de música. E com um mínimo movimento da cabeça dela, a caixinha se abriu e dali de dentro saiu uma garota tímida em posição fetal, que tremeluzia, sendo possível ver através dela. Mas, parando pra reparar bem, a garota era feita de palavras. E prestando mais atenção ainda (meu *Kami do céu, daqui a pouco to ficando cega de tanto forçar a vista de um olho só, já que agora eu só tenho um olho que funciona), podia-se reparar que as palavras, eram palavras rudes e más, que diziam coisas más, xingamentos tão malvados que parece até de filme. A menina levantou calmamente a cabeça e abriu os olhos, saindo deles um líquido amarelo brilhante que caía no chão como toxina, e queimava, fazendo buracos. A garota se levantou totalmente e puxou de dentro do cérebro uma outra garota (porque agora ela é a deusa Atena), só que essa era mais brilhante. Essa garota brilhante era diferente. Quando nós pensamos na questão “brilhante” vem na mente cores claras e ofuscantes, mas essa menina era de um preto brilhante. E seu sorriso era tão branco e contagiante, que fez todos a sua volta sorrirem também. Seus cabelos eram negros como a noite, salpicados de estrelas bem branquinhas, borbulhantes como bolhas de champanhe dentro da boca. E aí essa menina deu um giro olhando pro céu e dando uma risada, que eu simplesmente sabia que era uma risada, mas que o som que ela transmitia era uma melodia agitada e alegre. De repente a Garota das Trevas – sim, recuperei meu dom dos rótulos – parou de súbito e se virou para a garota triste, que não tinha forma definida. Ela ainda chorava lágrimas que queimavam, e agora estava sentada no chão. A Garota das Trevas se aproximou e a ajudou a se levantar. Olhou para todos com os olhos derretendo em raiva e a abraçou. A menina tremeluzente fez uma cara de choque, e a Menina das Trevas se afastou um pouco e lhe lançou um sorriso. Que deja vu, estou com a sensação que isso já aconteceu antes... Bom, mas de qualquer forma...

A menina tremeluzente começou a mudar. Ela começou a tomar uma forma sólida e rosa-shock, suas palavras se transformaram em frases de esperanças, seu cabelo, que estava preso em um coque se soltou, e seus longos cabelos tremeluziam em várias cores ofuscantes. Ela abriu os olhos, e agora deles já não saía mais água intoxicada, mas sim um brilho chamuscante de um fogo vermelho e laranja, que parecia querer pular para fora dali e acabar com todos. E sua roupa agora era um vestido que balançava, entre a cor rosa-pérola e o negro brilhante e ponto mais interessante era que ela sorria. Um sorriso confiante e querendo mostrar que ela não era uma idiota que merecia ter aquelas palavras rudes gravas em sua alma. Ela queria finalmente mostrar quem realmente ela poderia ser. E no meio de toda essa confusão a Aira olhou pra mim e me deu um sorriso. Eu lhe devolvi um também, e fiz um joinha com a mão, me orgulhando ao perceber que a Garota das Trevas era eu. E essa garota cheia de cores, era ela.

A Aira se virou para frente e fez a sua versão de si mesma brilhante crescer em várias escalas, e atacou. Na verdade, antes de atacar, ela se curvou na direção do Syaoran que como eu estava com um sorriso orgulhoso no rosto, e estendeu a mão gigante na direção dele, que montou em seu lobo flamejante e pulou na mão dela. Ela se levantou e ela, os seus olhos, e o Syaoran junto com o seu lobo, pegaram fogo, e dispararam na direção do Shougo. E mesmo que a Aira tenha uns trequinhos brilhantes dahora, nunca será melhor que o Syaoran e seu lobo branco. Da pra acreditar? Eu desde sempre me considerei uma loba branca, aí vem ele com isso?! É o destino cara. É o destino. Aí os garotos começaram a conversar (depois dizem que não são amigos) como se tivessem lido os meus pensamentos.

Fay: Olha só que legal o Syaoran!

Kurogane: Não é só um pirralho. E ele sabe que você não é apenas uma pessoa tola – mas quem acharia o Fay uma pessoa tola?

Fay: Sim, ele não é apenas uma criança interessada em arqueologia. Talvez ele tenha passado por muitas... coisas.

Yana: Hey – eu me intrometendo – o Syaoran não é uma criança!

Kurogane: Quem é você pra falar alguma coisa bebê?

Yana: Eu não sou um bebê! – dei um tapa no braço dele que tentava não rir – o Syaoran não é tão novinho assim pra ser considerado uma criança!

Kurogane: Bem, eu acho que pessoinhas com 14 anos podem sim ser crianças.

Yana: Mas eu não tenho 14 anos! Tenho 16! – ele me olhou de cima a baixo e sussurrou algo como “é claro que não é tão nova assim...” (o que me fez ficar super vermelha, que pensamentos são esses Kuro-rin?).

Kurogane: Bem, mas o Syaoran tem.

Yana: Q-quê?!! QUÊ?! – Momento de choque. Como ele pode saber a idade dele? Eu nunca achei no Google! Mas pera... faz sentido... ele tinha sete anos quando encontrou a Sakura... e depois se passaram mais sete anos... Ai meu Deus do céu, ele é mais novo que eu. É mais novo que eu! E eu devia estar com essa frase escrita na testa porque o Kurogane começou a rir. Retomei a compostura e respondi com a mão na cintura.

Yana: Rum! Eu não me importo se ele é mais novo que eu! Ele é bem mais maduro e bonito do que todo mundo aqui, bem mais do que você, aliás, Kuro-rin!

Kurogane: *Dare ka KU-RO-RIN??! – ele começou a correr atrás de mim, mas eu parei subitamente para ouvir o Syaoran gritando.

Syaoran: Como está a presença da pena, Mokona?

Mokona: Eu posso sentir, mas não é o suficiente!

O Syaoran fez uma cara de determinado e levantou a mão, fazendo labaredas de fogo circundarem seus braços.

Yana: Ai, ai, ai, ai, ai! Lindo, lindo! Continue assim Syaoran-kun! – eu gritei num impulso como uma boa fanática. O Kurogane só fez aquele barulhinho “Kh!” que o InuYasha faz.

Esse fogo foi saindo de seus braços para girar em volta dele e sair como num foguete em direção á água do Waterboy e, como o Syaoran é pra lá de forte, o Shougo caiu por causa da potência do ataque.

Mimada-chan: Shougo-kun! – e atraiu a atenção do Saitou que estava com cara de preocupado. O que só fez a Aira se irritar mais. É eu acho que ela não vai muito com a cara dele. Ela bateu as mãos duas vezes uma na outra e surgiu um arco e flecha brilhante na mão dela. Sim, minha amiga também é demais, admito.

Shougo: É a primeira vez que sou jogado para tão longe.

Mimada-chan: Shougo-kun!

Shougo: Não grite!

Mimada-chan: Eu estava preocupada, *mô!

É agora que o Shougo vai perguntar ao Syaoran porque o kudan dele é tão forte! E aí ele vai responder que é porque ele tem algo importante a fazer!

Aira: Kh, parem de brincadeira! (n/a: gente, eu só sei o som da frase em japonês, por isso não coloquei, mas é “fuusa kenna!”) Agora não é hora pra ficar tagarelando que nem idiotas! - *tagu Aira-chan! Estragou a frase de efeito! Mô! – Você queria me enfrentar? Então venha, estou com força total, WaterBoy! – e se colocou em posição de jogar a flecha. O Shougo arregalou os olhos como se ela tivesse dito algo muito surpreendente.

Shougo: V-você é aquela Aira?! – em resposta ela só deu um sorriso maléfico e puxou mais o arco.

Aira: Sim, Best Friend, aquela idiota sou eu. E eu não vou deixar você enganar o Saitou como me enganou, *Honore! – ela gritou e atirou. O Shougo desviou, mas estava encurralado pela Garota das Trevas e a Garota Brilhante. Ele lançou seu kudan dividido em duas partes em forma de tubarões feitos de água. O Syaoran lançou mais labaredas. Ele estava encurralado e não era tão forte quanto a Aira para dividir seu kudan em mais de duas coisas. Mas de repente um dos tubarões se transformou num gigante (diminuindo o tamanho do outro) e atacou o lobo do Syaoran (que eu percebi que tinha um chifre de unicórnio), que desapareceu junto com o dono em meio a um rio de água de kudan.

Saitou, Aira e Yana: Syaoran-kun!

Mokona: Ele está ali! – e apontou para uma parte da água que começava a ser evaporada, e o Syaoran surgiu dali, com a franja nos olhos. Ele levantou a cabeça e abriu os olhos. Vixi ferrou, na hora que o cara abre os olhos o mundo ta ferrado.

Saitou: Eu queria ser forte... –e fechou os olhos com lágrimas nas pontas – desse jeito!

Aira: Não se preocupe Saitou-kun. Você já é forte o bastante. Mas por enquanto basta eu te proteger. – Ela disse transformando seu arco e flecha em uma *katana gigante, tipo a daquele *cara dos Shichinin-tai. Ela sai correndo em direção ao Shougo-kun.

Yana: *Nee Aira-chan, você não ta levando essa briga a sério de mais? – eu gritei com as mãos em forma de concha em volta da boca. Em resposta ela levantou a katana e berrou:

Aira: Não se preocupe Yana-chan, eu só vou deixa-lo inconsciente! – e fez uma faixa de luz azul escura sair de sua katana em direção ao Shougo, que pulou do alto dos escombros do prédio para o chão, tentando ficar longe das gigantes da Aira e formar um escudo com o seu kudan. Yay, é nessa hora que o Saitou salva a Mimada-chan e nós conseguimos a pena! Olhei na direção do telhado do castelo para ver a cena, mas nada disso estava acontecendo. Ele estava em perfeita segurança assim como o castelo e não tinha nem sinais de que o Shougo iria conseguir atacar tão cedo, fazendo com que isso acontecesse. O que está acontecendo? Nada está indo como no anime! Será que?...

Yana: Nã-não pode ser... – eu sussurrei e fui indo pra frente, caindo de joelhos alguns passos depois. O Fay e o Kurogane vieram em minha direção e se agacharam ao meu lado.

Fay: Yana-san *dosta no? Porque andou que nem uma bêbada até aqui e se tacou no chão? – continuei em silêncio, concluindo o meu pensamento e respirando em golfadas.

Kurogane: *Baka yarro, responde! O que foi?! – levantei de um impulso (dando sem querer um tapa na cara do Kurogane, ops...) e gritei.

Yana: *Yamete Aira-chan! O futuro está sendo mudado! – ela deu um olhadinha pra trás como que diz “Oi?” e eu fiquei com vontade de explicar, mas era possível que não tivéssemos tempo antes de perder todas as chances. Bem telespectadores deixe-me explicar resumidamente o que exatamente está acontecendo: com a nossa chegada inesperada (eu e Aira) que não existia no mangá nem estava na programação do vilão, nós começamos a criar ondas de mudança. A história do Tsubasa está mudando. E se eu não fizer alguma coisa agora, não conseguiremos pegar a pena desse mundo que está no kudan do Saitou, porque ele não teria de provar sua coragem protegendo a Mimada-chan, e aí nós continuaríamos aqui pra sempre, e eu não poderia falar pra eles quem estava com a pena porque se eu falasse eu seria repelida pra fora desse mundo e não me lembraria de nada.

Yana: Lance um ataque no castelo Aira, agora! – ela me olhou como se eu tivesse ficado maluca.

Aira: Mas Yana...

Yana: Só confie em mim! – ouvindo essa frase sua expressão foi de confusa para determinada e, em um ato de confiança, ela tirou sua atenção do Shougo desviando-a para o Saitou. Com um sussurro – *suman, Saitou – ela lançou um jato de luz azul em direção ao castelo. A Mimada-chan esperneou e o Syaoran – que estava concentrado na luta – gritou.

Syaoran: Cuidado!

Saitou: O que eu faço? Eu não consigo proteger ninguém, só ser protegido.

Yana: O que é que você está falando aí, pirralho? Você nunca fez, não pode saber! Pelo menos tente antes de ficar falando coisas idiotas! *Aho! – Opa! InuYasha é você? O que está fazendo possuindo meu corpo?

Saitou: Eu não posso sair daqui sozinho! – ele abraçou a Mimada-chan – Eu tenho de defendê-la! – dizendo isso ele fechou os olhos com força e colocou uma das mãos para frente, como se fosse pra parar alguma coisa – FIQUE MAIS FORTE! – nesse momento outro gigante apareceu. Mas não da Aira. Era o kudan do próprio Saitou, aumentado de tamanho. É, pelo visto só a Aira tem kudans mutantes. Uma fumaça vinda do ataque da Aira estava pairando no ar, e esse “novo” kudan forte pegou em sua mão o Saitou (não sem que a Mimada-chan esperneasse falando pra ele soltar o menino).

Mokona: Mekyo! Oh, a pena está nesse kudan!

Kurogane: A pena está dentro desse? Desse kudan? – olhei de canto de olho pra ele.

Yana: Não fique tão cético.

Fay: É por isso que o Mokona não podia acha-la quando esse kudan procurava pelas pessoas. O kudan fica mais forte... Quando está protegendo o dono.

A pena da Sakura está dentro daquele kudan. E de repente, surpreendendo a todos, o kudan do Saitou começou a lançar raios-lasers amarelos em todas as direções, fazendo a Mimada-chan cair (mas o Shougo segurou ela, é claro, os WaterBoys sempre pegam no ar as mimadas).

Mimada-chan: Shougo-kun! – ela parou pra reparar na situação e se jogou totalmente nos braços dele que só balança a cabeça em afirmativo em cara de tédio – Eu estou com medo!

Shougo: Até eu me surpreendi.

O Syaoran e a Aira vieram em nossa direção, ainda com seus kudans.

Saitou: Eu já estou bem, pare com isso! – mas ele não parava.

Kurogane: O que há com ele?

Fay: O poder da pena é muito forte, por isso ele não consegue controlar seu kudan.

Syaoran: Não temos escolha – e saiu andando, assim, do nada, com a mão em cima da cabeça de seu lobo – eu tenho de recuperar a pena da Sakura.

Kurogane: Como você vai lutar contra aquele kudan gigante? Você pode morrer!

Syaoran: Eu não vou morrer – momento de silêncio para as lindas palavras cheias de sentido (mas só que não) – enquanto eu tiver uma missão a cumprir, eu não vou morrer – Syaoran e Kurogane se encarando. Quem cortou o silêncio foi o Fay, obviamente.

Fay: Certo, o Kuro-pu aqui vai tomar conta de nós , por isso pode ir.

Kuro-pu: O quê??!!

Syaoran: Então... até logo – ele disse nos lançando um sorriso. Senhor Pai do Céu, é muito beleza pra uma garota só aguentar...

Aira: *Shikariste, Yana-chi! – saí de meus devaneios sobre como ele é bonito e corri em direção a ele, sendo seguida por Aira.

Yana: Deixe-nos ajudar! – ele fez cara de que ia falar pra nós não irmos, mas acho que ele percebeu a nossa cara de que não importava o que ele dissesse nós iríamos junto. Ele então só sorriu e falou uma coisa com uma carinha que eu quase derreti.

Syaoran: Com todo o prazer.

Sorri de volta e libertei meu kudan fazendo crescer uma árvore gigante que me levantasse e que me levasse junto deles no mesmo ritmo, já que o Syaoran ia voando em seu lobo/unicórnio de fogo e a Aira fazia uma animal parecido com uma *kitsune multicolor de 7 caudas a levar também voando. Quando nos aproximamos o suficiente, eu vi que o kudan do Saitou continuava atacando, por isso lancei lanças de madeira na direção da barriga dele, que era onde eu me lembrava de estar a pena.

Saitou: Yana-chan! Syaoran-kun! Youri-san! – o fogo envolvia o Syaoran quando ele pousou a alguns metros a frente do Saitou.

Syaoran: Lembra quando eu te falei que eu estava procurando por uma coisa? – ele disse olhando pro chão – essa coisa... Está dentro do seu kudan.

Saitou: É aquilo? – e apontou para algo brilhante na barriga de seu kudan.

Syaoran: Eu quero pegar isso de volta.

Saitou: Mas nesse momento meu kudan não está ouvindo! Ele pode machucar se chegar perto! – o Syaoran já estava indo em direção á ele, mas eu me joguei em cima dele, o impedindo.

Yana: *Dame, Syaoran-kun! Não posso permitir que você faça isso sozinho! – ele fez uma cara de surpreso – acho que principalmente por eu estar totalmente largada em cima dele no chão – e sorriu.

Syaoran: Não se preocupe Yana-sam, eu não vou morrer.

Yana: Não é só disso que eu estou falando! – ele arregalou os olhos, e os meus se encheram de lágrimas – eu não suportaria se qualquer tipo de coisa ruim acontecesse com você! Por favor, me deixe ajuda-lo! – ele ficou boquiaberto olhando pra mim quando a Aira cortou o clima.

Aira: Sei que deve estar muito bom aí, mas acho que vocês devem sair do caminho, o kudan do Saitou já viu vocês! – dizendo isso ele lançou luz amarela em nossa direção. Fiz surgir uma raiz e nos tirei dali e saímos rolando pelo chão. Dei uma cambalhota e me levante de uma vez, junto com o Syaoran.

Yana: Eu tenho um plano! Eu faço minhas plantas segurarem o kudan e as Garotas Brilhantes da Aira o distraem e não deixam se aproximar de você. Enquanto isso você pega a pena. – Ele já estava indo executar o plano quando eu gritei – Fique bem, não se machuque de jeito nenhum, se não quem irá te machucar sou eu! – com um sorriso radiante e um joinha (kyaaaah, igual a mim!) ele gritou um “Sim!” e saiu correndo, pulando em se lobucórnio (Jisuis, isso parece nome de algo da orelha).

Sai correndo e pulei, e em baixo de mim a terra subiu e eu me joguei nas costas do kudan maligno, enroscando cipós de terra sagrada em seu pescoço, e fui prendendo assim, pulando de um lado pro outro e prendendo. Olhei pra Aira e ela assentiu, lançando de novo as duas Garotas Brilhantes, que impediam ele de se aproximar do Syaoran que, como eu (já que sabe, a técnica de luta dele é a mesma que a minha) pulou no kudan, só que diferente de mim, ele já saiu dando um soco na barriga dele, pra conseguir pegar a pena.

Saitou: Ponha fogo nele, Syaoran-kun! – ele colocou fogo, mas algumas labaredas do laser conseguiram se desviar pra ele. Gritei que nem um *youkai para a Aira:

Yana: Será que dá pra fazer a porcaria do trabalho direito, *teme?! – eu berrei apertando ainda mais o pescoço dele. A Aira ao invés de começar a discutir comigo pareceu entender e começou a jogar flechas purificadoras feitas de estrelas na direção dos lasers do kudan, que se purificavam e desapareciam, além de ter de lidar com as Garotas Brilhantes.

Saitou: Syaoran-kun... está quente... – nesse momento ele pareceu perder a concentração e desviou o olhar na direção do Saitou, assim como eu (só a Aira que não olhou, acho que ela sabia que se algo acontecesse ao Syaoran ela estava ferrada).

Syaoran: Masayoshi-kun... - o garoto estava chorando muito, como se realmente estivesse sendo queimado vivo. *Ma nee, as chamas do Syaoran parecem ser bem quentes mesmo.

Saitou: Pegue o que você procura. Se o que você procura está dentro do meu kudan... Eu vou ficar bem mesmo se estiver quente! – ele disse com as mãos cerradas e o rosto debulhado em lágrimas. O Syaoran assentiu e, com a mão sangrando (sim, a mão dele foi atingida) enfiou a mão dentro do kudan, ao mesmo tempo que o Saitou gritava “Pegue agora!” e em meio a chamas e luz, ele conseguiu pegar a pena, fazendo o kudan de Saitou diminuir cada vez mais de tamanho, e eu cair no chão, já que estava apoiada nele, batendo logo a bunda de uma vez.

Yana: Ita-ta-tai... – eu disse passando a mão pelo traseiro. Não é legal cair de uma altura dessas de bunda... que crueldade... porque logo essa parte... Ugh...

Shougo fez chover (faz choveeeeer) para apagar o fogo e no meio de fumaças e água, o Syaoran levantou triunfante e a Aira trouxe o kudan pra dentro dela, com uma cara de triunfo e foi brigar com o Shougo. Ela parou na frente dele e se virou para todos, gritando a verdade.

Aira: Ele dizia ser meu melhor amigo. Mas um dia quando lhe mostrei meu kudan, ele me desprezou e disse que eu era de nível muito baixo para ele. – Ela se virou para o WaterBoy com cara triunfante – Isso parece fraco pra você agora, covarde?!

Yana: Lindo, lindo, viva! Muito bem Aira-cha, yep, Aira-chan, yep, Aira-chan! – eu gritei (ainda com uma mão no traseiro – espero que ele não morra que nem a minha mão) jogando flores de *sakura para cima. Mas pera, falando em Sakura, e a pena da Sakura? Olhei em volta procurando um garoto de cabelos rebeldes e saindo fumaça, e o encontrei agachado olhando sorrindo para a pena. Corri em sua direção me ajoelhando ao seu lado com os olhos brilhando.

Yana: A pena! Nós conseguimos! – saí do momento de êxtase olhando pra sua mão – Syaoran-kun, você está machucado! Meu Deus do céu eu vou matar a... – fui interrompida quando ele me deu um abraço. Mas o q-q-q-q-QUÊ?!

Syaoran: Obrigada Yana-san. Se não fosse pela Aira e pela sua preocupação comigo e com a Sakura e com na verdade todos, eu não teria me saído tão bem. Não teria me preocupado comigo mesmo. Muito obrigada – e eu fiquei ali agachada em meio a fumaça, luzes, água e uma pena de coração, com um garoto lindo, por quem eu sinto alguma coisa me abraçando enquanto ficava com os olhos arregalados. Mas é claro que logo chegou o Fay.

Fay: *Ara, ara, parece que você se deu bem, hein Yana-chan?! - eu sorri sem graça pra ele e sussurrei um de nada no ouvido do Syaoran, que me soltou. Voltei a pegar sua mão.

Yana: *Toni kaku... temos de cuidar desse ferimento... – nesse momento chegou a Aira.

Aira: Mas e você Yana? Está toda arranhada e sangrando em alguns lugares. Como eu – lhe dei um grande sorriso e disse:

Yana: *Ma, ii ka!