Long Way Down
Home sweet Home
05 de Janeiro de 2001.
— Rachel!-
—Papai!- corro para abraça-lo e ele me enche de beijos- Eu estava com saudade.
—Eu também estava, pequena. E como foi o vôo?-
—Exaustivo.- responde minha mãe lhe dando um beijo.- Mal posso esperar para chegar em casa!
—Então vamos logo pegar as malas! Estou doida para conhecer minha casa nova!- falo sorrindo e vou andando na frente enquanto os dois estão de mãos dadas um pouco mais atrás.
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—Ah meu Deus!- é só o que consigo falar quando estacionamos o carro.- Ela é mesmo linda!- Abro a porta e corro para dentro, ouvindo a risada de meu pai atrás de mim.
—Rachel tem razão, Edgard. Você realmente se superou!-
A sala de estar é adorável e temos até mesmo uma lareira! É bem diferente da nossa casa nos Estados Unidos, que possuía apenas quatro cômodos.
—Vá ver seu quarto, pequena. Acho que vai gostar- fala meu pai que está abraçado com a minha mãe.
—Eu tenho um quarto agora! Que legal!- subo as escadas e vejo uma placa com meu nome na primeira porta a direita. Quando a abro, fico de boca aberta. É tão lindo quanto o restante da casa! Ele é todo azul com uma cama bem abaixo da janela, tem duas portas no quarto: Na primeira tem um banheiro e na segunda, um closet. Estou completamente apaixonada. Tenho um tapete bem fofo no meio do quarto e eu me jogo nele.
—Gostou, filha?-
—Eu amei, papai. É perfeito!- respondo o abraçando.- Obrigada!
Ele apenas sorri e sai de lá, indo mostrar o restante da casa para minha mãe. Holmes Chapel é meu novo lar e, por enquanto, estou adorando!
Após ter comido um lanchinho, mamãe pediu para eu desocupar minha mala e dobrar as roupas, deixando-as em cima da cama. Terminei minha tarefa e desci para assistir TV mas não consegui chegar até a sala porque a campainha tocou bem na hora. Me estico o máximo que posso para tentar ver o olho mágico porém não consigo, decido então olhar pela janela e vejo duas pessoas: um menino e uma menina. Abro a porta e os dois sorriem para mim.
—Olá, no que posso ajudar?-
—Você é filha do Sr. Waltham, não é? Ele nos disse que você chegaria hoje-
—Sou sim, me chamo Rachel!- falo empolgada com a possibilidade de fazer novos amigos.- Como se chamam?
—Eu sou Gemma e esse é meu irmão Harry. Moramos bem ali- fala e aponta para a casa de frente a nossa.
—Que legal!-
—Uh, queríamos saber se quer sair para ir com a gente no parquinho- diz Harry pela primeira vez- É bem pertinho daqui.
—Tenho que perguntar para meus pais. Vocês podem entrar, eu já volto!- digo e eles entram.- Só um segundo.
Corro até o andar de cima, bato na porta do quarto e só entro quando escuto um "Pode entrar!".
—O que houve, querida?-
—Os nossos vizinhos me chamaram para ir ao parquinho. Gostaria de saber se posso ir-
—Vizinhos? Quem são?-
—Gemma e Harry, eles moram aqui em frente-
—Ah, os filhos de Anne! Eu vieram aqui semana passada para se apresentar e eu disse que vocês chegariam hoje-
—Então, posso ir?-
—Pode sim, pequena. Não é longe daqui-
—Você tem certeza, Edgard? Não é perigoso?-
—Fica tranquila, Amanda. Sei onde é, não há perigo. Mas quero que volte antes de escurecer, sim?-
—Pode deixar! Obrigada!- os abraço e volto para o andar de baixo.
—Então, você pode ir?- pergunta Gemma
—Sim, eles deixaram! Tenho apenas que voltar antes que escureça-
—Sem problemas- diz Harry- Vamos!
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—Qual a sua idade, Rach?- pergunta Gemma enquanto se senta na grama. Estamos aqui já faz um tempo e logo logo terei que voltar para casa.
—Tenho 7 anos. E vocês?-
—Eu também!- exclama Harry se sentando ao meu lado- Quando é seu aniversário?-
—Dia 28 de Janeiro. E o seu?-
—Dia 01 de Fevereiro-
—Há! Eu sou mais velha- brinco e o menino me dá língua- E você Gem, quantos anos?
—Tenho 9 anos. Sou mais velha que os dois. Há!- dou um sorriso e me deito na grama.
Ficamos conversando um pouco mais até dar a hora de ir embora.
—Foi ótimo conhecer você, Rach! A gente se vê amanhã!- Os dois me abraçam e seguem para casa da frente enquanto eu entro e conto para meus pais um pouco mais sobre os amigos que eu tinha feito.
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