Living in the North

Capítulo 01: Introdução


A recepção dos novos habitantes fora excelente. Os velhos habitantes da cidade cumprimentaram os novos como se fossem amigos enquanto Luck, Wellington e Isabela os levavam para um prédio azul-marinho que tinha um letreiro grande e de cor branca escrito: "Cartório". Os novos habitantes perceberam, antes de entrar pela porta de entrada do cartório, que a pintura do prédio e também a do letreiro tinham a tinta viva e forte, indicando que aquele local fora pintado recentemente.

Eles se sentaram em sofás e poltronas de couro preto enquanto Isabela disse para eles esperarem serem atendidos, e em seguida se retirou do local acompanhada por Luck e Wellington. Dentro do cartório as paredes também eram azul, porém, em um tom mais claro, o chão era um assoalho de madeira envernizada. Os novos habitantes esperaram em silêncio por dez minutos até um homem de aproximadamente sessenta anos, de cabelos e bigode negros com grisalhos, sair de uma porta que ficava atrás de um grande balcão de carvalho.

— Olá – disse o homem, olhando para todos que esperavam sentados. – Novos habitantes, estou certo?

— Sim, senhor – respondeu James.

— Ah, muito bem – o homem se sentava numa poltrona quando seus olhos verdes pousaram em Wendy, que estava com Harry Jr. em seu colo. – Vejo que temos um bebê recém-nascido aqui! Mas isso não será um problema, jovem moça, existem muitas lojas na cidade que vendem fralda, talco, chupeta e outras coisas para o seu filho, e caso precise, temos médicos competentes na cidade! – ele abriu um largo sorriso.

— Ahn... o que vamos fazer aqui nesse cartório, exatamente? – perguntou Stefan.

— Me desculpe pela distração – disse o homem, gentilmente. Ele abriu algumas gavetas do balcão à sua frente e colocou vários papéis e canetas em cima do mesmo. – Vocês terão que preencher esses papéis. É bem simples, neles vocês escreverão seus nomes, idade, tipo sanguíneo, com o que trabalhavam anteriormente, se são fumantes ou não, e coisas desse tipo.

— Senhor, eu não lembro qual é o meu tipo sanguíneo – informou Wendy. – E também não sei qual é o tipo sanguíneo dela – Wendy passava sua mão direita sobre a cabeça de Emily, que estava ao seu lado.

— Não tem problema, jovem moça – disse o homem, abrindo mais um sorriso. – Você pode fazer uma Tipagem Sanguínea em um hospital. Caso não souberem responder alguma questão, é só marcar a opção "não sei/não lembro" que iremos providenciar uma forma de obtermos a resposta para que o formulário de vocês fique completo – completou enquanto ajeitava os óculos de grau em seu rosto. – Muito bem, é por aqui.

O homem se levantou, pediu para que os novos habitantes pegassem os formulários e canetas do balcão, saiu de trás do mesmo e indicou uma porta com a mão. Ele entrou primeiro e depois o restante do pessoal também entrou. Atrás daquela porta havia uma sala com várias cadeiras e carteiras escolares feitas de madeira, muito parecida com uma sala de escola, só faltou um quadro-negro em uma das quatro paredes do cômodo.

— Muito bem, – repetiu o homem – podem começar. Não precisam ter pressa.