Living in Hell - Fanfic Interativa

Capítulo 30 - Nós Somos o que Comemos V


As pessoas que estavam na casa foram pegas de surpresa pelos canibais, ninguém ali imaginava que algo daquele tipo iria acontecer depois de ter passado três dias desde que Mark, James e Dave foram atacados. Eles imaginaram que depois desse tempo ninguém iria surgir para vingar a morte de seus amigos, mas todos eles se engaram.

Todos, com exceção de Wendy e Emily, estavam na sala de estar, ajoelhados e desarmados, porém, eles não estavam amarrados ou amordaçados. Benjamin estava sangrando pois foi atingido na barriga e os canibais não deixaram Nadin ou qualquer outra pessoa socorrê-lo. Ele estava gemendo de dor e sofrendo.

– Quem está no comando aqui? – Perguntou um homem. Ele tinha barba no seu rosto, uma touca cobria a sua cabeça e usava óculos ray-ban.

Harry olhou pra Nadin, e ele percebeu que a muçulmana estava assustada e em estado de choque. Ela nem retribuiu o olhar, ela estava completamente focada e preocupada com o seu namorado, Benjamin. Apesar dele falar o tempo todo que estava bem e que não iria acontecer nada de ruim com ele, Nadin não acreditava nessas palavras e tentava ajudá-lo da melhor maneira possível, já que os canibais não deixaram ela socorrer o Ben.

– Sou eu – Disse Harry. Ele quis assumir a responsabilidade, porque sabia que os canibais não iriam ser nada amigáveis com o líder do grupo, e o ex-professor não queria que Nadin sofresse mais do que já estava sofrendo.

– Você? Ótimo – Disse o homem, e em seguida deu um chute no rosto de Harry com bastante força – Foi você que matou meus amigos?

– Não. As pessoas que mataram seus amigos não estão aqui e não sei quando elas irão voltar – Mentiu Harry. Na verdade, Dave e James estavam ali na casa, mas obviamente ele não iria entregá-los.

– Eles devem estar mortos agora – Voltou a dizer o homem, se abaixando e ficando quase na mesma altura que Harry, que estava deitado no chão apoiado com seu cotovelo para deixar o corpo inclinado – Matt e Zack já devem ter matado todos eles. Eram quantos? Bom, não importa, eles já estão mortos mesmo e logo Matt e Zack voltarão pra cá e aí nós mataremos vocês – Ao terminar de falar, o homem deu mais um golpe no rosto de Harry, dessa vez foi um soco na boca do ex-professor.

– Como? Vocês estavam nos espiando? – Perguntou Dave.

– Isso mesmo, seu gordo – Respondeu o homem barbudo – Espero que aqueles filhos da puta não demorem pra voltar.

– Está tudo certo, Charles – Disse um homem saindo do corredor, ao lado de uma mulher, e chegando a sala de estar – Não tem mais ninguém na casa.

– Tem certeza que vocês dois verificaram todos os cômodos, Andy, Cynthia? – Perguntou Charles, enquanto passava sua mão direita em seu punho esquerdo, que utilizou para dar o soco em Harry.

– Sim, senhor – Respondeu Cynthia.

– Certo. Então vamos nos conhecer melhor – Disse Charles, tirando o seu ray-ban do rosto e se sentando em uma poltrona – Como vocês se chamam?

– Vai se foder, seu filho de uma puta do caralho – Disse Harry ferozmente, limpando a sua boca que estava cheia de sangue. Ele estava um pouco atordoado pelos golpes que recebeu, mas sua consciência estava estável.

– Cuidado com as palavras – Disse Charles, de forma bastante calma – Tenho uma arma e posso usá-la sem problemas – Ele balançava um pouco sua mão esquerda, mostrando a sua pistola – Você, gordo, como se chama? Se não responder eu atiro em você e nesse puto que está sangrando.

– Me chamo Dave Russel.

– Dave, nome legal. Me chamo Charles McMills, prazer em conhecê-lo – Disse Charles, estendendo a sua mão para cumprimentar o texano – Agora que sei o seu nome não irei te chamar de gordo novamente.

– Ele está sofrendo – Disse Nadin, se referindo a Ben – Deixe eu cuidar do ferimento dele, por favor.

– Lamento em dizer que isso não irá acontecer, madame. Seus amigos mataram meus amigos, e agora vocês estão pagando por isso.

Harry voltou a se ajoelhar no chão quando não estava mais atordoado, e sua boca não estava mais sangrando também. Olhou para Charles e viu que ele era o único dos canibais que estava sentado e falando alguma coisa, Andy e Cynthia estavam calados e vigiando a sala de estar, os dois tinham uma pistola em cada mão. Além deles, haviam mais dois homens, também calados e vigiando a sala de estar, porém esses homens possuíam um revólver.

O ex-professor pensou em começar o seu plano, mas também pensou que a possibilidade de Charles negar o pedido dele para ir ao banheiro era grande, e por isso ele ficou quieto, imaginando alguma solução para que o líder daquele grupo de canibais autorizasse ele ir ao banheiro. E a solução que ele imaginou seria conversar com o Charles.

– Me chamo Harry. Me desculpe por ter falado aquilo pra você... sabe como é, estava de cabeça quente – Disse Harry, com um tom de voz gentil – Bom, esses aqui são... – Citou os nomes dos seus amigos que estavam na sala de estar.

– Não é melhor assim? Não precisamos ser mal educados. Eu te desculpo, Harry – Disse Charles, colocando a sua pistola, que até o momento estava apontada para o ex-professor, no braço da poltrona.

Harry viu que Charles deixou a pistola no poltrona, mas isso não muda o fato de ter quatro pessoas armadas e prontas para atirar em qualquer um que fizesse algum movimento suspeito. Então Harry começou a falar um pouco sobre o seu passado e as coisas que passou nesse apocalipse, contou sobre o Paul, Abigail, Seward e todas as pessoas que perdeu durante esse tempo. Ele optou por contar até sobre os Retalhadores, como um aviso que eles já venceram uma batalha, mas Harry não deu ênfase para esse fato, ele contou de uma forma simples e sutil, de uma forma que não desafiasse Charles.

– Charles, com todo o respeito, porque os seus amigos atacaram alguns de nossos amigos? – Perguntou Dave – Quero dizer, eles estavam parados sem fazer nada e foram atacados sem nenhum motivo. Eles se defenderam e isso resultou na morte de seus amigos.

– Ah, isso é simples. Somos canibais! – Ao ouvir isso, Dave ficou surpreso e arregalou um pouco os olhos – É, imaginei que teria essa reação... isso não é uma coisa comum, mesmo nesse mundo atual – Ele fez uma pausa para olhar Dave, Harry, Nadin e todo o grupo que estava ali – Deixa eu te contar uma coisa. Sabia que um urso na floresta, se fica sem ter o que comer, ele devora o próprio filhote para sobreviver? É verdade. A lógica é simples, se o urso morrer, o filhote irá morrer também, mas se o urso sobreviver, ele pode ter outro filhote. Entendeu o que quero dizer?

Todos ali ficaram surpresos ao ouvirem as palavras de Charles, até o momento eles não sabiam que estavam lidando com canibais, eles imaginavam que era um grupo de pessoas iguais aos Retalhadores. Mas os canibais eram diferentes dos Retalhadores, eles eram ainda mais insanos, perigosos e doidos.

– Cara, isso é uma merda, não é? Desde que os mortos estão andando por aí e matando as pessoas o mundo mudou completamente – Disse Charles, enquanto procurava por alguma coisa em seus bolsos, até que achou um maço de cigarro. Colocou um em sua boca e ofereceu um cigarro para Harry, que recusou – Será que a Europa está assim também? Me pergunto isso todos os dias... não temos mais como nos comunicar com outro continente, e não conseguimos ir para lá também – Fez uma breve pausa para tragar o cigarro – Mudando de assunto, você não tem namorada ou esposa?

– Nunca me casei. Tive algumas namoradas, mas não me casei com nenhuma delas – Respondeu Harry – Desde que essa merda começou eu não peguei e não transei com nenhuma garota – Mentiu. Ao ouvir isso, Nadin e Dave se olharam e então olharam em volta da sala de estar e não viram a Wendy e Emily ali, e então eles perceberam que Harry estava mentindo e escondendo as duas – Já passou por isso alguma vez? Ficar um tempo sem essas coisas.

– Na verdade, não – Respondeu Charles. Harry olhou para Dave, e o ex-professor percebeu que o texano entendeu o "recado", assim como a paquistanesa também entendeu – Não consigo ficar mais de uma semana sem comer uma buceta, eu fico louco se isso acontecer – Charles riu sozinho – Eu até pediria pra Cynthia te dar uns beijos, mas o problema é que ela é a mulher de todos nós do grupo, então... Ah, quer saber? Foda-se – Charles olhou para Harry e depois para Cynthia, e então abriu um sorriso malicioso – Cynthia, dá um pouco de prazer pra esse rapaz.

Harry pensou em recusar e falar que isso não era necessário, mas se recusasse e falasse isso, Charles poderia ficar bravo e voltar a ser arrogante, então o ex-professor ficou calado e assentiu. Charles riu nasalmente e fez um sinal com a cabeça para a garota ir até Harry.

Cynthia era uma morena de cabelos longos e cacheados, seus olhos eram verdes claros e sua pele pálida, o corpo cheio de belas curvas. Ela empurrou o corpo de Harry para trás e fez com que ele deixasse de ficar ajoelhado e sentasse no chão, logo em seguida ela sentou no colo de Harry e começou a rebolar.

– Isso vai ser interessante – Disse Charles, passando sua mão esquerda sobre o próprio pênis – Ah, você pode cuidar desse cara aí, Harry e Dave foram gentis e acho que fizeram por merecer – Charles olhava para Nadin e Ben enquanto sorria. A ex-advogada olhou um pouco desconfiada para o líder dos canibais, mas se levantou após ele assentir – Roger, acompanhe essa mulher. Ela só vai pegar um kit de primeiros socorros ou algo do tipo.

Logo Harry e Cynthia estavam transando no meio da sala de estar com todo mundo ali presente, alguns olhavam aquela cena enquanto outros preferiam não olhar e tentar ignorar o que estava acontecendo ali. Cynthia gemia alto e por causa disso Wendy ouvia os gemidos, por sorte, a garota não chamava o nome de Harry enquanto gemia. Harry agradecia mentalmente por isso, ele imaginou se Cynthia estivesse gemendo pelo nome dele, iria ter problemas com Wendy e o plano poderia dar errado, pois ele sabia que sua namorada era ciumenta, e também lembrava do que ela havia feito com Chelsea, que o estava beijando, e imaginava o pior que iria acontecer se sua namorava soubesse que ele estava transando com outra.

Aproximadamente vinte minutos depois, ambos haviam chegado ao orgasmo e terminado o sexo. Harry não ejaculou dentro da garota, por motivos óbvios. Ela não iria engravidar de um estranho e ter um filho nesse mundo atual não era uma boa ideia. Charles havia se masturbado enquanto os dois transavam no meio da sala de estar, e ele aproveitou para ejacular no rosto de Cynthia, assim como fez Harry, atendendo o pedido da própria Cynthia.

– É isso aí, cara! Como se sente? Porra, eu não sei como você está se sentindo agora, mas eu imagino isso... – Disse Charles, enquanto levantava a sua calça junto com a cueca – Depois de meses sem foder, ter uma transa dessas... puta que pariu, cara, eu fiquei louco só assistindo vocês, imagina se eu tivesse fodendo ela também? – Ele ria de forma maliciosa.

– É... foi muito bom... bom pra caralho – Disse Harry, suspirando enquanto vestia suas roupas de volta – Obrigado por isso, Charles.

– Não precisa agradecer, Harry. Fico feliz em ter ajudado você a ter uma transa... mas é uma pena que você vai morrer em breve junto com seus amigos, estava começando a gostar de vocês.

– Posso ir ao banheiro? – Perguntou com a voz um pouco alta, o suficiente para que Wendy ouvisse – Só preciso mijar, será rápido – Completou com o mesmo tom de voz.

– Claro, pode ir – Respondeu Charles – Cynthia, vá com ele... e não é pra transarem de novo, hein?!

[...]

– Engole tudo – Disse Matt, levantando sua calça – Isso, boa garota. Cara, a sua namorada faz um boquete muito gostoso! – Ele olhava para o ex-militar, que não retribuía o olhar, mas Matt pôde ver que Mark estava furioso.

Jones continuava desmaiado, enquanto Lizzie, John, Ariel e Mark estavam ajoelhados sobre o chão coberto de neve. Mark sentia uma enorme vontade de avançar em direção de Matt e se possível matá-lo, mas ele sabia que David o estava vigiando e quando ele se movesse iria levar outro tiro. A cena que ele presenciou não saía da cabeça do ex-militar e isso o atrapalhava em pensar em algum plano pra atacar Matt sem problemas.

Stefan permanecia escondido atrás do carro, estava esperando o momento certo para atacar os três canibais e salvar a vida de seus amigos. O tiro precipitado que Jones deu há pouco tempo atrasou o plano de Stefan, por causa do tiro os três canibais ficaram mais atentos e Stefan havia visto uma brecha que poderia ser a salvação do grupo.

– Eu vou matar um de vocês daqui a pouco, mas antes eu preciso pegar os suprimentos que vocês coletaram – Disse Matt, olhando para todos que estavam ajoelhados ali no meio da rua – Eu volto logo.

Matt começou a caminhar em direção a casa que Jones saiu sendo carregado por Jennifer e David, e também pra casa que viu Mark sair. O casal de canibais permaneceram onde estavam e ficaram vigiando o grupo do ex-militar.

Quando Matt estava longe de onde o grupo estava localizado, Stefan viu que era o momento certo para atacar David e Jennifer, porém ele foi surpreendido e viu a garota cair do chão após um barulho de tiro. Stefan viu que havia um homem estranho ali, e esse homem também executou David com facilidade.

Stefan parou de correr no meio do caminho e ficou indeciso se voltava para atrás do carro ou se ia em direção do seu grupo. Stefan não conhecia o homem misterioso, e ele estava usando uma blusa de frio com capuz sobre a cabeça, além de um lenço sobre o seu rosto, e isso impossibilitava de uma pessoa ver o seu rosto.

Mesmo com seu pé direito baleado, Mark se levantou e pegou sua shotgun e pistola, e logo em seguida foi acompanhado pelo seus amigos, que também pegaram suas armas de volta. Stefan viu que o homem misterioso não era um inimigo, pois ele e John estavam levantando o corpo desmaiado de Jones, e então Stefan finalmente decidiu correr em direção de seus amigos.

Mark olhou para Stefan vindo em sua direção e deu um soco forte no rosto do rapaz, o pegando de surpresa e o fazendo cair no chão.

– Aonde você estava esse tempo todo, seu covarde filho da puta?! Isso é culpa sua! Se não tivesse escondido nada disso teria acontecido! – Mark berrava a pleno pulmões, estava nitidamente furioso.

Lizzie chamou Mark e Stefan, ela estava alguns metros de distância dos dois, junto com Jones, John, Ariel e o homem misterioso. Apesar de Mark estar com uma vontade imensa de bater mais em Stefan, ele sabia que Matt com certeza tinha ouvido os tiros e logo ele iria aparecer, então ele assentiu para Lizzie.

Logo após Mark assentir, outro tiro foi ouvido e por pouco centímetros não acertou Mark, era Matt atirando com sua AWP. O ex-militar aproveitou o tempo que Matt iria demorar para preparar sua arma para outro disparo e correu rapidamente em direção de Lizzie, e em seguida se escondeu atrás do furgão junto com a garota, onde estava os outros três homens e Ariel.

Stefan foi deixado para trás por Mark, e ele viu que Matt estava no meio da rua com sua AWP apontada para o furgão. Stefan permaneceu deitado no chão e torceu para que Matt não o tinha visto ser golpeado por Mark e para que Matt pensasse que ele era um morto. Por sorte isso de fato aconteceu, Matt imaginou que Stefan fosse um corpo morto e o canibal não havia visto Stefan levando um soco de Mark.

Matt deu alguns tiros no furgão, torcendo para que o tiro atravessasse a lataria do veículo e acertasse alguém que estivesse escondido ali atrás, porém ninguém mais estava atrás do furgão, os seis haviam trocado de posição. Mas logo em seguida Matthew parou de atirar porque ficou sem munição, Mark imaginou que isso fosse algum truque do canibal e por isso não saiu de onde estava escondido para contra atacar o canibal.

Se passou dois minutos e Stefan que estava de olhos fechados e se fingindo de morto, se levantou e viu que Matt não estava mais no local. Logo Mark e Lizzie saíram de onde estavam escondidos e também viram que Matt havia sumido.

Stefan caminhou em direção de Mark e retribuiu o golpe que havia recebido, o ex-militar virou o rosto com o impacto do golpe e deu dois passos para trás, mas logo Mark se reconstituiu e abriu um sorriso maléfico. Stefan deu mais um golpe em Mark, só que dessa vez o ex-militar conseguiu desviar do golpe e contra atacou com outro soco no rosto de Stefan, que fez sair sangue da boca dele.

– Parem! – Gritou Lizzie, mas os dois não a ouviram e continuaram brigando.

Stefan viu que o pé direito de Mark havia sido baleado e aproveitou isso como benefício para ele. Stefan pisou no pé do ex-militar, e em seguida o empurrou para cair no chão, Mark gemia de dor caído no chão, e Stefan sentou sobre a barriga de Mark para dar alguns socos extremamente fortes no rosto do ex-militar, que não conseguia se defender ou contra atacar.

O rosto de Mark estava todo cheio de hematomas, inchado e sangrando bastante. Stefan percebeu que o ex-militar estava perto de desmaiar ou de morrer por espancamento, e quando ele ia dar o último golpe no rosto de Mark, que seria fatal, Ariel encostou sua arma na cabeça de Stefan e disse:

– Saia de cima dele – E Stefan fez o que ela ordenou – Você tem sorte de eu não explodir a sua cabeça – Completou de forma séria.

Ariel deu um chute forte nos testículos de Stefan, que caiu no chão gemendo alto de dor e se contorcendo no chão coberto de neve. A judia aproveitou a situação do rapaz e tirou a shotgun, revólver e faca que ele tinha, o deixando completamente desarmado.

– Fique de olho nele – Disse para John, com o mesmo tom de voz que havia dito com Stefan.

Ela foi em direção de Mark e viu que seu namorado não havia desmaiado ou morrido por pouco. Ariel ajudou o ex-militar a se levantar, e impediu que ele fosse em direção de Stefan, que ainda estava caído no chão. Mesmo todo machucado e sem força para se manter em pé vizinho, Mark queria continuar a briga, mas a sua namorada o impediu.

– O tanque do furgão foi atingido, está vazando combustível – Disse Lizzie, com o tom de voz preocupado.

– Que merda! – Disse Ariel – Vamos ver se encontramos outro veículo, esses filhos da puta que nos atacaram devem ter um por aqui, eles não podem ter vindo pra cá apé.

Lizzie assentiu e foi procurar, junto com o homem misterioso e John, por algum veículo que pudesse ser utilizado. Ariel permaneceu ao lado de Mark, ele estava sentado no capô de um carro abandonado. Stefan continuou caído sobre o chão, o golpe que recebeu de Ariel foi bastante forte e ele ainda gemia de dor. Jones estava deitado, ainda inconsciente, no compartimento do furgão.

Se passaram cerca de uma hora e os três não tinham encontrado nenhum carro funcionando na cidade toda. Eles voltaram e avisaram que tinha achado o carro dos canibais, porém ele também havia sido atingido no tanque durante o tiroteio e o combustível todo tinha vazado.

– Temos que ir apé – Disse Mark, saindo de cima do capô do carro – Vamos voltar pra casa e ver se alguém de lá sobreviveu.

E então o grupo começou a caminhar. John e o homem misterioso carregava Jones, que ainda estava desmaiado. Ariel ajudava Mark a caminhar, ele estava todo dolorido por causa da briga com Stefan e o seu pé direito não iria aguentar andar muito. E o restante do grupo caminhava normalmente.

O homem misterioso carregava uma mochila em suas costas, e dentro dela ele pegou uma garrafa d'água para beber. Ele teve que tirar o lenço que cobria o seu rosto e o vento que soprava fez o capuz da blusa sair de sua cabeça, e por isso o seu rosto foi revelado. Ele tem a pele parda, olhos cor de mel, cabelos longos até os ombros e bem enrolados de cor castanho escuro, sua barba é volumosa e cobre a maior parte do seu rosto, que tem algumas cicatrizes e rugas.

O homem misterioso era Bernard Senstein, com a aparência completamente diferente.