Living in Hell - Fanfic Interativa

Capítulo 11 - Audácia e Covardia IV


Ariel estava no meio da rua, sozinha no meio da chuva. Tinha se perdido dos seus amigos e procurava por eles, ela respirava ofegante e sua visão estava turva. Estava cansada, correu até um beco e sentou no chão, encostando seu corpo em uma parede. Fechou seus olhos por alguns segundo, e quando abriu os olhos viu vários mordedores que apareceram do nada, eles vieram em direção dela rapidamente. Ariel tentou se levantar mas não conseguia, estava cansada demais e seus músculos não respondiam o cérebro, e os mordedores se desbruçaram sobre Ariel, dando mordidas fortes em todo seu corpo. Um dos mordedores segurava seu ombro e a balançava com força.

– Ei! Acorde! – Era Mark que estava balançando o ombro de Ariel. Ela acordou, abriu os olhos e respirou fundo – Teve um pesadelo?

Ariel assentiu. Seu corpo estava todo molhado de suor, sua respiração estava ofegante por causa do pesadelo que acabara de ter. Ela sentou na cama que estava, apoiou os cotovelos em suas coxas e cobriu seu rosto com as mãos. Esse pesadelo parecia ter afetado ela, e Mark a deixou no quarto para ter um pouco de privacidade e tempo para se recuperar.

Dez minutos depois ela saiu do quarto, foi para a sala e lá estava todos seus amigos, ela respirou fundo e aliviada ao ver todos eles. Na mesa de centro tinha vários enlatados e barras de cereais, Ariel sentou-se no sofá e pegou duas barras de cereais para comer.

Ariel viu no relógio de pulso de Michael que era três horas da manhã, o grupo estava se preparando para atacar a base dos Retalhadores. Alguns conversavam entre si, mas a maioria estava em silêncio e comendo, Ariel era parte dos que comiam em silêncio.

Ela sabia que o combate que iria acontecer em poucos minutos poderia ser algo trágico, que todos eles poderiam morrer e perder a batalha para os Retalhadores. Aliás, o que Mark estava planejando fazer era algo que precisa de muita coragem, ou até mesmo audácia. Dave que teve a ideia de resgatar seus amigos e foi ele que incentivou Mark a fazer isso, era algo da personalidade de Dave. Ele não poderia deixar seus amigos para trás sabendo o destino cruel que os aguardava.

Ariel terminou de comer as suas barras de cereais e bebeu uma garrafa d'água, depois da sua refeição ela se aconchegou no sofá e permaneceu quieta, só ouvindo a conversa dos poucos que falavam. Ela olhava para o fogo da lareira enquanto lembrava do seu passado, mais precisamente quando ela estava na faculdade.

Ariel era a terceira melhor aluna da faculdade que ela fazia na cidade de Dothan, Alabama. Os dois melhores eram dois nerds que era da mesma classe dela, ou seja, os três melhores alunos da faculdade estudavam na mesma classe. Ela tinha poucos amigos, mas para ela esses poucos eram o suficiente. Nunca foi popular e na verdade nunca quis ser, ela achava rídiculo as atitudes das pessoas populares da faculdade que frequentava, principalmente as garotas. Por causa de suas boas notas, Ariel chamava a atenção de todos os alunos da faculdade, e alguns alunos queriam fazer amizade com ela para se aproveitar disso, mas Ariel nunca deu atenção para esses aproveitadores, mas nunca foi mal educada e ignorante com eles. A única coisa que Ariel fazia proveito disso era a amizade com os professores, que eram verdadeiras e não tinha nenhum interesse envolvido.

Quando ia se formar em advocacia o caos se instaurou na terra, faltava apenas uma semana para ela se formar e a festa de formatura seria no dia seguinte, mas os mortos-vivos roubaram esse momento de Ariel. Ela se perdeu da sua família nas primeiras horas do apocalipse quando estavam fugindo para um lugar seguro, depois disso ela nunca mais viu seus pais e suas duas irmãs. Depois de aproximadamente uma semana ela encontrou Mark, Dave e Nadin, e foi a quarta integrante desse grupo que atualmente possui treze pessoas.

– Pessoal, temos que ir agora. Estão preparados? – Perguntou Mark, verificando o pente de sua pistola. A maioria do grupo responderam "sim" – Então vamos nessa!

[...]

Bernard e Chris andavam por uma rua que era iluminada por fogueiras em latão que ficava na calçada das casas, que tinha o telhado cobrindo o latão. Os dois caminhavam no meio da rua e estavam totalmente molhados.

– Não acredito que estamos de vigia enquanto os outros comem as garotas – Disse Chris.

– Acho que o motivo disso é porque somos novos no grupo, então temos que ficar de vigia... com a pior parte das tarefas – Disse Bernard.

Bernard era um policial de Las Vegas, Nevada. Nasceu e viveu lá a sua vida toda até que teve uma promoção do seu chefe e teve que mudar de estado. Ele era famoso por ser um ótimo policial, tinha um bom aproveitamento em prender bandidos pela cidade, principalmente nas noites agitadas e movimentadas nos cassinos. Bernard era um policial justo e muito bondoso com a população, e isso era mais um motivo de sua fama no local.

Ele e Chris entraram para o grupo dos Retalhadores juntos, há uma semana atrás. O perfil de Bernard não se encaixa nem um pouco com o seu grupo, mas ele teve que entrar senão iria morrer. Entrou no grupo para sobreviver, ao contrário de Chris, que nem se importa com o que os Retalhadores fazem, e ele faz o mesmo se for necessário.

Somente as casas mais perto da base dos Retalhadores que tem o telhado até a calçada, fazendo com que a água da chuva não apague as fogueiras. Chris saiu do meio da rua e foi para de baixo de um desses telhados, ficando ao lado de uma fogueira para aquecer e secar o seu corpo. Bernard permaneceu no meio da rua e embaixo de chuva, olhando para os lados.

Onde os dois estavam dava para ouvir os gemidos das mulheres, seus gritos de agonia e os risos maliciosos dos homens. Bernard queria que aquilo acabasse logo, ele não aguentava ouvir e ver cenas como essas. Ele já tinha pensado em fugir da cidade e tentar sobreviver sozinho, mas não fez isso porque sabia que os Retalhadores era um grupo de caçadores e eles o iriam rastrear e encontrar facilmente.

Chris olhava fixamente para sempre, quase não piscava e parecia estar hipnotizado, mas na verdade ele estava olhando para uma casa a frente da que ele estava, a janela estava aberta e ele olhava a cena.

Eric, o líder fumante de voz rouca e grave, e mais quatro homens estupravam três garotas, as duas que estavam na prisão junto com Seward, e mais uma, as três eram morenas. Bernard olhou na direção que Chris olhava, e quando viu a cena desviou o olhar imediatamente, caminhou para se afastar do local.

Vinte minutos depois os seis homens terminaram de estuprar as três garotas, o líder dos Retalhadores foi em direção do pai das duas garotas, olhou para ele e riu ao ver que ele estava chorando. O líder pegou uma pistola e atirou na cabeça do pai das garotas.

– A última cena que esse desgraçado viu foi as queridas filhas sendo estupradas por seis cavalheiros... ou príncipes seria melhor? – Riu novamente, acompanhado dos cinco amigos.

Ele ordenou aos cinco que se livrassem do corpo do homem e que prendessem as meninas na casa mesmo. Saiu da residência e foi até outra, e essa outra residência parecia ser dele. Era grande e espaçosa, tinha um ou outro móvel tombado no local, mas era organizada comparada as outras casas. O motoqueiro foi até seu quarto e lá tinha uma garota vendada e amordaçada, presa em uma cama, a iluminação da sua casa, assim como as outras, era na base de velas.

Ele subiu na sua cama, passando suas mãos grandes e ásperas pelas pernas da garota e foi subindo até seus seios, que os apertou com força e sem nenhum carinho. A garota arfou e soltou um gemido abafado, o homem subiu suas mãos para o pano que cobria os olhos da garota, e ao tirar o pano deu pra ver melhor o rosto dela. Seus cabelos eram loiros e longos, pele branca e olhos verdes, era Sam.

– Adoraria ouvir seus gemidos e gritos, mas não quero dividir você com os outros. Você é minha – Disse o homem, tirando a camiseta e o sutiã da garota.

Ele terminou de despir a Sam, abaixou sua calça junto com a cueca, e então penetrou seu membro em Sam, ela arregalou seus olhos e tentou gritar, mas o som foi abafado pelo pano que cobria sua boca. Os movimentos do homem era rápidos e fortes, ele apertava os seios da garota com força enquanto se movimentava.

– Você é muito gostosa... Sabe de uma coisa? – Disse ele, acariciando o rosto da Sam – Já faz algum tempo que não faço sexo anal.

[...]

Eric saiu da casa que estava com seus amigos e foi até Chris, que permanecia ao lado da fogueira.

– Onde está o outro? – Perguntou Eric, e Chris apenas indicou a direção fazendo um sinal com a cabeça – Vai ver se os dois ainda estão na prisão.

Chris assentiu, aceitando a ordem. Ele foi até a prisão onde estavam Harry e Seward, abriu a porta e os dois resmungaram baixo, porque eles estavam dormindo e foram acordados por Chris. Ele entrou na prisão e fechou a porta, ligou sua lanterna e apontou na cara de Harry, que fechou os olhos e virou o rosto para o lado, depois apontou a lanterna no rosto de Seward, que teve a mesma reação de Harry.

– Espera aí... Você é o Seward? Raymond Seward? – Perguntou Chris, e Seward permaneceu em silêncio.

Chris tinha reconhecido Seward por ser um ex-jogador de basquete, que jogou toda sua carreira nos Denver Nuggets, em Colorado. Seward jogava de ala e de armador, apesar de ter mais de dois metros de altura e ser mais favorável jogar de pivô. Foi tricampeão da NBA, sendo o cestinha duas vezes dos três títulos e mais uma vez em uma temporada que ficou em quarto lugar; foi bicampeão mundial com a seleção estadunidense, sendo o cestinha somente uma vez e foi na campanha do seu primeiro título mundial. Seward era ídolo da torcida dos Denver Nuggets.

Seward nasceu em Englewood, Colorado. Morou na cidade até seus treze anos, foi quando se mudou para a capital Denver. Quando completou dezoito anos começou a jogar profissionalmente para os Denver Nuggets, influenciado pelo seu pai que era um admirador do esporte. Seu pai, Bruce Seward, não conseguiu se tornar um jogador profissional por causa de uma lesão no joelho, mas pôde ver o seu filho se tornar um atleta profissional e ganhar títulos em seu clube e na seleção. Ray perdeu a sua mãe, Jane Seward, quando ele tinha cinco anos de idade, vítima de uma parada cardíaca.

– Cara, você era um ótimo jogador... – Seward permaneceu quieto. Sentiu-se humilhado por ter um fã o fazendo de prisioneiro – Sinto muito por isso – Completou Chris, que saiu da prisão improvisada e fechou a porta.

Harry pensou em falar alguma coisa para confortar Seward, mas sabia que se ele escolhesse as palavras erradas para dizer só iria piorar as coisas, então ele preferiu ficar quieto e voltou a deitar no chão frio e úmido. Mal terminou de deitar e ouviu um barulho de tiro.